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Retrospectiva 2018 | Os 10 maiores fracassos do mercado tecnológico em 2018

Por| 28 de Dezembro de 2018 às 18h30

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Retrospectiva 2018 | Os 10 maiores fracassos do mercado tecnológico em 2018
Retrospectiva 2018 | Os 10 maiores fracassos do mercado tecnológico em 2018

Não se pode acertar sempre. Mesmo empresas líderes de mercado estão sujeitas a cometer deslizes e investir em produtos que não dão retorno, lançar redesigns dignos de dó, prometer coisas que não consegue cumprir ou mesmo perder o controle na hora de garantir a proteção de dados de seus usuários. Dizem que é errando que se aprende a acertar, então vamos torcer que esses flops fiquem no ano que termina e acreditar que em 2019 tudo vai ser melhor.

Confira a lista abaixo com os dez maiores fiascos tecnológicos de 2018 e sinta vergonha alheia:

Faraday Future

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A Faraday Future despontou como uma das empresas mais promissoras ao apresentar o conceito de seus veículos ainda não fabricados na CES 2016, obtendo sucesso na tentativa de chamar a atenção de investidores. Apontada como possível concorrência para a Tesla de Elon Musk, a FF abriu sua primeira fábrica em abril de 2016 e apresentou o SUV FF 91 na CES 2017, que teve 64.100 reservas.

O problema foi que logo depois algumas fontes revelaram que esse número fora completamente inventado, sendo que o FF 91 só recebeu 60 encomendas, com depósitos de US$ 5 mil, cada. Sem grana para fabricar os carros conectados e cheios de inovações, a Faraday Future se enrolou em dívidas e ficou quieta até julho de 2018, quando prometeu que o primeiro lote do SUV seria feito ainda neste ano, chegando a apresentar um protótipo.

Em novembro de 2018, a bomba caiu: dois executivos decidiram abandonar seus cargos e todos os funcionários contratados após maio foram mandados para casa sem remuneração até segunda ordem. De frente para o abismo da insolvência, a Faraday Future devia US$ 59 milhões aos seus fornecedores, mas tinha apenas US$ 18 milhões em caixa. Com dificuldade de prover os salários de centenas de profissionais afastados, a FF até tentou pedir um adiantamento a um de seus antigos investidores, o Evergrande Group. O acordo foi negado e acabou virando briga no Tribunal do Distrito Central da Califórnia, nos EUA, sob alegação que o Evergrande estaria agindo ativamente para causar a falência da antes promissora Faraday Future. A ação ainda está em apuração.

Google+

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A rede social da Google nunca conseguiu atrair muitos usuários, mas nada indicava que ela teria um fim tão trágico. O fato é que o Wall Street Journal revelou que os dados de mais de meio milhão de usuários do Google+ foram expostos, entre 2015 e 2018. A empresa decidiu ocultar o vazamento até outubro, com "medo de que isso atraísse o escrutínio regulatório e causasse danos à reputação" da empresa. Segundo a companhia, a vulnerabilidade responsável pela exposição já foi corrigida em março de 2018.

Os dados vazados incluiam nomes completos, endereços, datas de nascimento, gênero, fotos de perfil, informações sobre emprego e estado civil, mas não foram utiizados, segundo pronunciamento da Google, para prática de cibercrimes, uma vez que apenas desenvolvedores tiveram acesso às informações. “Nosso Escritório de Privacidade e Proteção de Dados analisou esse problema, averiguando o tipo de dados envolvidos, se poderíamos identificar com precisão os usuários para informar se havia alguma evidência de uso indevido e se havia alguma ação que um desenvolvedor ou usuário pudesse realizar em resposta. Nenhum desses limites foram atendidos neste caso”, escreveu a Google em uma nota à imprensa.

Segundo o que foi reportado pelo Wall Street Journal, "Como parte de sua resposta ao incidente, a Alphabet Inc. planeja anunciar um amplo conjunto de medidas de privacidade de dados que incluem o desligamento permanente de todas as funcionalidades do consumidor do Google+". A rede social deixará de ser acessível para consumidores a partir de agosto de 2019 e, provavelmente, pouca gente sentirá saudades, uma vez que a Google revelou que o tempo médio gasto por sessão no Google+ é de apenas 5 segundos.

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Fallout 76

Inovar nem sempre dá certo. E a Bethesda, desenvolvedora da franquia Fallout, que o diga. Apresentado na E3 2018, o Fallout 76 parecia uma confusão em mundo aberto. Com o lançamento do jogo, tudo ficou claro: a tentativa de inovar passou longe de acertar e as falhas destruíram a experiência do game. Ele foi desenvolvido para que até 32 jogadores pudessem entrar num servidor e autonomamente criassem grupos da forma que melhor desejassem.

O problema é que isso tornou a West Virginia um deserto tedioso, o que piorou com a decisão de retirar do título os personagens não jogáveis (NPCs), fazendo com que o gamer interaja com robôs sem personalidade. Isso foi uma supresa, já que a Bethesda sempre foi conhecida por criar autômatos incríveis, como a sarcástica gL4Dos, de Portal. Para piorar tudo, apesar de Fallout 76 trazer a novidade do jogo online multiplayer, a característica se perdeu no acesso truncado às informações disponíveis nos totens robóticos inexpressivos: o jogo não pode ser pausado para que você leia os dados do seu personagem, fazendo com que os jogadores possam ser atacados enquanto tentam se virar no confuso sistema de inventário.

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O Creation Engine, motor gráfico que tem ao menos 7 anos de existência e foi utilizado no desenvolvimento de Fallout 76, também trouxe limitações pra a jogabilidade. Voltado para exploração de NPCs, o Creation Engine perdeu o propósito e ficou datado, se resumindo apenas a um motor gráfico ineficiente e ultrapassado.

Com poucos atalhos para desburocratizar a busca por itens, confusão na hora de equipar cartas aos personagens, inúmeros bugs, a Bethesda até tentou corrigir algumas das falhas num patch de mais de 50 GB. Mas não adiantou muito e logo surgiram aplicativos feitos pelos próprios gamers para tornar Fallout 76 menos falho. A desenvolvedora, então, baniu as contas que utilizavam esses corretores feitos por fãs, alegando que eles estariam usando cheats para obter vantagens indevidas no jogo. A cereja no topo do bolo ficou com a forma que a Bethesda resolveu lidar com os diversos jogadores injustamente bloqueados: uma comunicação foi enviada aos e-mails dos gamers pedindo que eles façam uma redação explicando porque é negativo utilizar cheats para obter vantagens nos jogos, em troca do desbloqueio das contas. Surreal!

SimSimi

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Tudo parecia amigável e divertido no aplicativo sul-coreano SimSimi, que permitia interação com uma Inteligência Artificial de conversação, atraindo o público infantil. O problema é que o Brasil não é para amadores e usuários ensinaram o simpático personagem do app a fazer coisas que robôs bem comportados não deveriam fazer, como ameaças de morte e palavrões.

Em abril de 2018, o SimSimi foi banido do país por "causar impacto social negativo". Num comunicado da empresa responsável pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial, os programadores afirmaram que o tipo de abuso era inédito e tirou o produto de circulação até que os problemas fossem resolvidos. Internautas brasileiros não podiam mais acessar a versão web da IA e os apps foram retirados das versões nacionais da Google Play e da App Store.

Direção autônoma

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Até março de 2018, os testes de direção autônoma eram uma promessa de inovação tecnológica que empolgava a humanidade. Entretanto, um acidente com um carro teste da Uber levou ao óbito uma cidadã de Temple, no Arizona (EUA), após atropelamento. Embora a pedestre tenha atrevassado, em um local desprovido de iluminação adequada, na frente do carro, que estava em modo de navegação autônoma e contava com um operador humano no interior do veículo, especialistas afirmaram que os sensores do carro deveriam ter detectado a presença da mulher e parado a tempo de evitar a colisão.

Investigadores criminais chegaram à conclusão que o acidente fatal poderia ter sido evitado se o operador de segurança presente no veículo estivesse prestando atenção à pista. A acusação pesou e a Uber precisou suspender todos os testes de sua frota autônoma. Mais tarde, o site estrangeiro The Information divulgou que um ex-gerente da Uber, apenas alguns dias antes do acidente fatal no Arizona, enviou um extenso e-mail para executivos da empresa, detalhando algumas preocupações que carregava quanto à segurança dos testes de veículos autônomos.

Foi apenas em dezembro de 2018 que a Uber obteve o aval das autoridades do Departamento de Transporte estado da Pensilvânia para retomar os testes de direção autônoma nas vias públicas de Pittsburgh, onde o Grupo de Tecnologias Avançadas da empresa é sediado. Mas a retomada dos testes será gradual e deve passar, inicialmente, por uma reformulação geral. Um Relatório de Segurança da Uber foi entregue à Administração Nacional de Segurança nas Estradas e Rodovias estadunidense de forma voluntária, a fim de demonstrar que os riscos ficaram para trás. No relatório, a Uber se responsabiliza por colocar dois monitores humanos nos carros em teste, que serão monitorados durante todo o tempo, estabelecendo limites de tempo de trabalho e ofertando melhorias no treinamento, além de possibilitar a frenagem automática dos carros autônomos.

Redesign do Snapchat

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Em fevereiro de 2018, o Snapchat passou a exibir uma nova interface, que desagradou bastante os usuários do fantasminha. Uma petição online foi criada e mais de 1,2 milhão de internautas pediram que a Snap tirasse a atualização do ar, irritados com o que definiram como recursos inúteis que vão contra o que a plataforma pregou nos últimos anos.

Principal alvo de críticas, a página de Amigos sofreu mudanças que dificultavam a visualização de novas mensagens. O processo foi feito automaticamente, o que também enfureceu os usuários, principalmente porque algumas fotos e mensagens se perderam para sempre no redesign.

A revolta foi tão grande que uma avalanche de avaliações negativas foi registrada na App Store, com milhares de usuários prometendo abandonar a rede social.

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Reconhecendo que as novidades no layout foram "desconfortáveis para muitos" de seus usuários, o Snap voltou atrás e liberou a versão antiga, redesign do redesign. Inicialmente relutante em admitir a falha, o CEO Evan Spiegel concordou com o descontentamento do público e foi divulgado que o novo visual teve seu lançamento apressado, não passando por testes com pequenos grupos antes da atualização chegar a todos os usuários sem aviso.

O impacto também foi sentido no número de acessos e na venda das ações da empresa: em agosto de 2018, as ações da rede social já haviam caído impressionantes 24%. A empresa vinha conquistando bons resultados financeiros até então.

Baterias da Apple

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A Apple acerta em fornecer suporte para seus lançamentos vintage por um bom período de tempo. Vemos atualizações do iOS serem disponibilizadas para iPhones que estrearam no mercado há quatro ou cinco anos, disponibilizando inovações e novidades para os clientes. Foi o que aconteceu com os usuários dos iPhone 6, 6s, 6s Plus e SE, que foram lançados de 2014 para cá e receberam atualizações para o iOS 11.4.1 no início de julho de 2018. Não demorou nem uma semana para que o suporte técnico da Apple estivesse abarrotado de reclamações, relatando que a duração das baterias dos dispositivos estava se esgotando muito rapidamente após o update, o que acontecia mesmo com iPhones com baterias novas.

Em dezembro de 2017, a Maçã já tinha admitido que introduzia um recurso nos sistemas operacionais móveis que vieram após o iOS 10.2.1 que é capaz de reduzir o desempenho dos modelos antigos, a fim de evitar que picos de processamento causassem problemas como desligamentos súbitos e superaquecimento da bateria, forçando os dispositivos a um downgrade não declarado. Tal ação, que foi encarada por muitos consumidores como tentativa de forçar a obsolescência dos aparelhos, só foi necessária devido às limitações das baterias de íons de lítio usadas pela Apple, que não envelhecem bem e acabam ficando com problemas para segurar a carga com o passar do tempo. Foi assim que a Apple decidiu dar subsídio à aquisição de baterias novas para os modelos mais antigos, programa que vai até o final de 2018.

A chegada dos iPhone XS, Xs Max e Xr ao mercado, em setembro de 2018, acabou demonstrando que carregamento era um problema. Os novos aparelhos têm dificuldade de segurar a carga, fazendo com que os usuários tenham a inconveniência de precisar alimentar as baterias mais de uma vez por dia. Com carregadores de 5W que levavam muito tempo para fornecer uma carga completa, clientes da Maçã até chegaram a adquirir os novos iPads da marca apenas para obter o carregador de 18 W, que possibilita cargas mais rápidas também aos iPhones. Apenas em dezembro a Apple disponibilizou o carregador de 18 W para a compra avulsa: lá fora ele custa US$ 29, o que equivaleria a cerca de R$ 115 em conversão direta, os carregadores rápidos chegaram às lojas do Brasil custando inflacionados R$ 219. Apesar do preço salgado, o inconveniente: eles vinham sem os cabos, deixando sobre os ombros dos usuários o ônus de adquirir cabos capazes de converter USB-C para o Lightning, que na loja oficial da Maçã saem por R$ 149 com um metro de comprimento e R$ 299 com dois metros.

HTC Mobile

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A parceira da Google com a taiwanesa HTC virou um caos completo em 2018. Desde o Nexus One, lançado em janeiro de 2010, a HTC não está financeiramente bem e os dispositivos Pixel não estão ajudando em nada. No início de julho de 2018, a fabricante oriental precisou demitir 22% de seus funcionários. A notícia da demissão dos 1.500 trabalhadores chegou logo após a HTC obter sucesso com as vendas do HTC U12 Plus, mas isso não foi o suficiente para tirar a empresa do vermelho.

Parte da crise foi causada ainda em 2017, quando a taiwanesa vendeu a divisão Pixel para a Google, entregando também 2.000 de seus talentos, incluindo aí nomes de peso. Os investidores não gostaram nada da decisão e as ações sentiram o impacto da represália, despencando a ponto de o US$ 1 bilhão conseguido na venda não ser suficiente para segurar a receita. De novembro de 2017 até novembro de 2018, a HTC apresentou queda de impressionantes 70%. Este será o primeiro ano, no período de uma década, que a empresa fechará com faturamento anual menor que US$ 1 bilhão.

Apesar dos problemas enfrentados na divisão de smartphones, a HTC tenta se equilibrar se apoiando em outros produtos, como é o caso do smart hub móvel 5G que a taiwanesa está desenvolvendo em parceria com a Sprint, a ser lançado ao mercado de nove cidades estadunidenses já no primeiro semestre de 2019. Darren Chen, CEO da HTC, revelou que os planos para 2019 incluem focar na produção de celulares intermediários e premium, como é o caso dos HTC U12 e U12 Life, que vêm encontrando sucesso nas vendas. O recém lançado Exodus 1, smartphone capaz de operar com blockchain, e aparelhos de realidade virtual como o Vive Pro e o Vive Focus mostram que a empresa decidiu mudar de rumo após o perrengue financeiro, investindo em tecnologias inovadoras. Será que ela consegue sair do vermelho em 2019?

Bitcoin

O ano passado foi marcado pela ascensão do Bitcoin, que chamou a atenção do mundo para as criptomoedas após saltar para quase US$ 20 mil em dezembro de 2017. Nesta época, importantes bolsas de valores de todo o mundo, como a bolsa de Chicago, demonstravam interesse em negociar o ativo, de olho na possibilidade de lançar contratos futuros de Bitcoin. Inúmeros casos de pessoas que largavam seus empregos para investir em criptomoedas inundaram a mídia e os governos e instituições financeiras pareciam temer o poder das moedas digitais descentralizadas que permitiam transações rápidas, seguras e totalmente anônimas.

Em novembro de 2018, o Bitcoin atingiu sua menor cotação, US$ 3.520, desde setembro de 2017, quando começou sua escalada. A queda de valor foi de 80% ao longo do ano e esse foi o pior resultado obtido pela rainha das criptomoedas desde 2013.

A desvalorização, segundo a opinião de analistas, se deve pela própria renovação do setor, uma vez que o surgimento de novas moedas e a ausência de um controle centralizado podem impactar a variação de valores. Mas, na prática, ercebemos que o clima de desconfiança e insegurança gerados pela extrema flutuação de valor do Bitcoin também puxou a cotação de outras criptomoedas para baixo.

Tumblr SFW

Em dezembro de 2018, o Tumblr retomou o lugar de destaque nas manchetes de jornais de todo o mundo por tomar uma decisão para lá de polêmica: enfrentando pressões pela retirada do aplicativo da App Store, a rede social anunciou que baniria todos os conteúdos adultos da plataforma. Nem mesmo nus artísiticos seriam permitidos após a data de 17 de dezembro.

A rede social nunca conseguiu competir com grandes nomes como Facebook, Twitter, Instagram e Snapchat, sendo que uma parcela importante de seu público ativo utilizava a plataforma para acessar conteúdos sexualmente explícitos. Por esse motivo, internautas de todo o mundo apostam que a medida foi um tiro no pé para o Tumblr, além de uma inconveniência imensa para quem gostava de acessar pornografia por lá:

Mas é claro que a confusão não para por aí. Ainda na semana de anúncio do banimento de conteúdo adulto do Tumblr, começaram a pipocar relatos de imagens totalmente inocentes que os algoritmos proativos e confusos da rede social apontavam como sendo pornográficas, enquanto imagens que não eram tão santinhas assim passavam despercebidas pelo código da moral e bons-costumes. É que os algoritmos de detecção de imagens eram originalmente usados no Modo de Segurança da plataforma e foram implementados de forma inadequada para todos os conteúdos, na pressa pelo banimento da pornografia. Daí foi um festival de imagens de pessoas com roupas justas sendo marcadas como nudez, enquanto próteses penianas realistas passaram totalmente por baixo dos radares. O problema não pegou os executivos do Tumblr desprevinidos, uma vez que o próprio CEO, Jeff D'Onofrio, havia escrito "estamos contando com ferramentas automatizadas para identificar conteúdo adulto e humanos para ajudar a treinar e manter nossos sistemas sob controle; sabemos que haverá erros" num comunicado oficial por meio do blog da empresa.

Até que o processo esteja totalmente evoluído e operando de forma adequada, pérolas como essa ilustração totalmente inofensiva de uma bruxa com duas focas nadando tranquilamente entre algas sendo apontadas como pornografia pelos, como chamou a usuária, "bots puritanos do Tumblr", que continuarão a nos dar vergonha alheia:

E o que você acha? O Tumblr conseguirá prosperar em 2019 sem o conteúdo sexualmente explícito e com tantas falhas nos bots de detecção de pornografia?