Rastreador de celulares ajuda a localizar soterrados no litoral de SP

O uso de rastreadores de sinal de celular está auxiliando no resgate de vítimas dos deslizamentos ocorridos em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. O equipamento é operado por fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e já serviu para salvar algumas vidas.

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Foram três crianças encontradas em meio aos escombros, após celulares próximos terem sido captados pelo equipamento. O dispositivo ainda serviu para localizar cinco corpos, também por meio do sinal do smartphone.

Chamado de “analisador de espectro”, o rastreador tem um funcionamento relativamente simples. O fiscal aponta para alguma área que possa ter vítimas, e o aparelho capta ondas eletromagnéticas dos celulares que tentam obter sinal de operadoras telefônicas.

Para que o processo possa ocorrer de forma mais eficiente, as autoridades pedem para que todos os presentes coloquem seus aparelhos em modo avião durante essa varredura.

Após a identificação de algum aparelho, o fiscal da Anatel chama as equipes de socorro para intensificar as buscas em determinada área. A operação também conta com o apoio de cães farejadores, e ferramentas para a movimentação de escombros.

O analisador de espectro já é utilizado em tragédias do tipo no Brasil desde o ano de 2019, quando sua primeira aparição aconteceu no desabamento de um prédio em Fortaleza, Ceará. Na época, o equipamento não foi capaz de localizar nenhum aparelho, por conta da condição instável do terreno que impediu uma maior aproximação dos fiscais.

De acordo com informações fornecidas pela Anatel ao portal G1, cada unidade nos estados brasileiros tem cerca de dez analisadores de espectro. O custo do equipamento é de R$ 100 mil, em média.

O principal objetivo da ferramenta pouco tem a ver com tragédias. Na verdade, ele foi projetado para monitorar frequências que possam interferir nos serviços de telecomunicação e/ou transmissões de rádio ou TV.

Fonte: G1