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Apple x Samsung: quem inova mais?

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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Rafael Damini/Canaltech
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A pauta "Apple x Samsung" rende sempre boas — e calorosas — discussões na internet por conta dos iPhones e Galaxy S da vida, mas, desta vez, o assunto é diferente: qual das duas inova mais? A Maçã ou a Sammy?

Do lado da sul-coreana, temos os smartphones dobráveis, que estão prestes a chegar a sua quinta geração; do outro, a Apple, com seus chipsets proprietários para laptops, desktops e celulares, que está há anos a frente dos concorrentes no segmento. Confira algumas coisas inovadoras que cada uma realizou para o mercado de tecnologia nos últimos anos.

O que a Samsung trouxe de inovação?

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Celular dobrável

O Galaxy Fold, lançado em 2019, não foi o primeiro celular dobrável do mercado — esse título é do desconhecido Royale FlexPai, de 2018 —, mas foi ele que impulsionou o formato de smartphone que vira tablet, mostrando ao público os benefícios de fazer telas dobrarem certo — e não parecido com o iPhone 6s.

Quatro anos depois, a linha Z Fold permanece como o carro-chefe da Samsung no segmento, mas ela não é a mais popular, agora que existe a família Z Flip. Ela estreou em fevereiro de 2020 e conquistou pela nostalgia, já que voltou com aquele design de flip, do popular Motorola V3.

A Samsung, por ser a primeira a impulsionar o segmento, continua líder disparada após quatro anos do primeiro lançamento, em 2019. Segundo dados da agência Canalys, a sul-coreana foi responsável por 12 milhões de unidades vendidas no último ano, mais de cinco vezes acima da Huawei, que vendeu menos de 2 milhões de modelos.

No Brasil, o Galaxy Z Fold 4 e o Z Flip 4 são os únicos smartphones dobráveis à venda oficialmente. Seus preços caíram bastante em relação à época de lançamento, podendo ser encontrados por menos de R$ 8.000 e R$ 4.000, respectivamente.

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Transformar o celular num computador

Poucas pessoas conhecem o modo DeX, mas essa ferramenta, criada pela Samsung em 2017 com o lançamento do Galaxy S8, é uma das coisas mais inovadoras dos últimos anos por “transformar” o celular em uma plataforma desktop para, literalmente, usá-lo como se fosse um computador.

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Quando foi lançado, o modo DeX era compatível apenas com a linha Galaxy S8 e necessitava da DeX Station, um acessório para conectar cabo de rede, teclado, mouse, monitor, carregador e o próprio smartphone. A partir de 2020, no entanto, a ferramenta ganhou o suporte à conexão Wi-Fi, bastando a tela externa (TV ou monitor) estar na mesma rede Wi-Fi do celular.

Meu colega Bruno Bertonzin usou o modo DeX para trabalhar e estudar por um período, e contou numa matéria bem detalhada como foi a experiência. Recomendo a leitura a todos que possuem algum Galaxy S, Note, Fold e Flip compatível.

Primeira tela curva em um smartphone

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Além de popularizar os smartphones dobráveis, outra contribuição muito importante da Samsung no mercado de celulares foi a tela curva. Dessa vez, a sul-coreana foi a pioneira no formato, com o lançamento do Galaxy Note Edge, em 2014, que trazia apenas uma lateral da tela curvada, diferentemente do que vemos atualmente.

O Canaltech, inclusive, esteve no evento de apresentação do aparelho, durante a IFA 2014, para conferir em primeira mão o que seria o início de uma grande mudança visual nos aparelhos. Em termos práticos, o formato curvo esbarra em algumas inconveniências, como toques acidentais e mais fragilidade, mas é certo que o design chama atenção pela elegância.

Muitas empresas tentaram inovar em cima do conceito de tela curva, como a Xiaomi com o Mi Mix Alpha, que estendia seu display curvado até a parte traseira, e a Huawei, que, com o Mate 30 Pro, trouxe o chamado “Watterfall display”, com 94% de aproveitamento da parte frontal.

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A Samsung também continuou apostando no formato nas suas linhas Galaxy S e Note, embora tenha diminuído a curvatura ano a ano. No Galaxy S23 Ultra5G, por exemplo, a tela está menos curvada, o que me agradou bastante nos testes.

Caneta stylus no celular

Se houver fãs da linha Galaxy Note lendo esta matéria, meus pêsames, mas vocês serão lembrados neste tópico com a caneta stylus. Afinal, quem esperaria que uma linha de celular comum, lançada em 2011, daria tão certo por conta de uma caneta?

O Galaxy Note N7000, de 2011, inovou principalmente por combinar uma tela relativamente grande para a época com uma caneta stylus, possibilitando ao usuário escrever anotações e desenhar no smartphone facilmente. Na época, ele vendeu mais de 10 milhões de unidades, o que era excelente.

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A linha da Samsung durou exatamente 9 anos, chegando ao fim com a família Galaxy Note 20, em 2020, mas a alma ainda perdura com os novos Galaxy S e Fold, que trazem suporte à caneta stylus.

Infelizmente, poucas empresas adotaram o conceito da linha Galaxy Note durante todo esse tempo. Atualmente, o modelo “concorrente” mais popular é o Moto G Stylus, da Motorola, mas suas configurações são de celular intermediário básico. Bem que poderia haver um rival à altura dos Galaxy S Ultra com canetinha, não é?

O que a Apple trouxe de inovação?

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Chip proprietário Apple M1 mudou tudo

Sabemos que a Apple gosta de ter controle total sobre seus produtos, tanto que produz o hardware e o software dos seus iPhones praticamente desde o primeiro lançamento. Essa prática não acontecia no segmento de notebooks e desktops até 2020, quando a Maçã anunciou a plataforma M1 com arquitetura ARM para Macbooks e Macs.

De forma bem resumida, existem duas principais arquiteturas atualmente: x86 e ARM. A primeira, presente nos Macbooks e Macs mais antigos, é mais comum, porém lotada de instruções, enquanto a ARM tem menos instruções, desempenho similar ou superior e otimizações para consumir menos energia.

Muitas empresas tentaram usar a arquitetura ARM no PC, como a Microsoft com os chipsets da Qualcomm, mas nunca alcançaram o desempenho ideal. Foi aí que a Apple largou na frente com o M1 baseado em ARM, entregando tudo o que as outras marcas não conseguiram e mais um pouco.

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Segundo dados da própria Apple disponibilizados em 2020, a família M1 chegou com o melhor desempenho de CPU e GPU da categoria, além do menor consumo energético, o que revolucionou toda a indústria e fez com que as concorrentes corressem contra o tempo.

O dia que as marcas rivais se aproximarão da Apple no que diz respeito à arquitetura ARM ainda não chegou, mas há expectativas sobre um novo processador ARM da Qualcomm à altura dos modelos da Apple previsto para 2024.

Tela Mini LED nos iPads

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Se a Apple não costuma inovar nos iPhones, nos iPads a história é outra. Em 2021, a Apple levou o tão aguardado, e tido como tecnologia do futuro, Mini LED às telas da linha iPad Pro. Como seu nome sugere, a solução traz mais de 10.000 pequenos LEDs para aumentar o brilho máximo e o contraste.

Segundo a fabricante, a nova tela entrega desempenho similar ao do Pro Display XDR, com brilho de 1.000 nits e pico de brilho de 1.600 nits. O contraste também é um ponto forte, medido em 1.000.000:1. Essa tecnologia normalmente é mais usada em smart TVs premium, como as Samsung Neo QLED e LGQNED, então imagina como deve ser a qualidade numa tela de tablet.

Como a tecnologia ainda é pouco acessível, só é possível encontrá-la nos iPad Pro de 5ª e 6ª gerações, que não custam menos de R$ 9.000.

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Carregamento MagSafe

Muitos celulares são compatíveis com carregamento sem fio no padrão Qi, o qual basta depositar seu smartphone sobre uma base, que está conectada à tomada, para carregá-lo por indução eletromagnética. Até os iPhones suportam esse padrão de recarga, mas eles também oferecem o MagSafe.

Usado primeiramente nos MacBooks, o MagSafe é um sistema de recarga que também utiliza o padrão Qi para carregar o iPhone, mas ele permite o uso de muitos acessórios, caso sejam compatíveis, por meio de atração magnética.

Na parte traseira do iPhone, há um arranjo circular de ímãs, uma peça para alinhar o acoplamento de acessórios e um magnetômetro, que, segundo a Apple, permite ao acessório detectar a força do magnético e reagir a ele.

Com isso, o iPhone consegue se manter estável em suportes veiculares utilizando apenas o magnetismo, enquanto outros modelos precisam ser devidamente presos para não cair. Além disso, capinhas específicas que ativam o MagSafe podem ser facilmente acopladas, como capas-carteira, powerbanks, dentre outras.

Outra vantagem é que os ímãs do MagSafe alinham perfeitamente as bobinas do carregamento sem fio do celular com as de carregadores compatíveis. Assim, o carregamento é o mais eficiente possível e produz pouquíssimo calor, diferente de bases sem fio tradicionais.

Gravação de cinema no iPhone

Com o lançamento do iPhone 13, a Apple trouxe o inédito modo Cinematográfico, recurso de gravação que muitas pessoas confundiram com o já estabelecido modo Retrato em Vídeo. A diferença primordial da solução da Apple é a adição do efeito de profundidade às gravações — característico de um filme —, não apenas um fundo desfocado.

Além do efeito de profundidade, o modo Cinematográfico do iPhone consegue adicionar transições de foco — como quando o objeto principal não estiver olhando diretamente para a câmera —, sendo possível, ainda, ajustar todas tomadas após a filmagem, como o rastreio de foco e a abertura angular.

Era esperado que o novo Galaxy S23 Ultra, com suas 4 câmeras traseiras, trouxesse um modo semelhante ao recurso do iPhone, mas ganhamos o mesmo modo Retrato em Vídeo da geração anterior. O desfoque de fundo continua ótima, mas os ajustes ainda são muito limitados.

O modo cinema do iPhone está disponível nos modelos iPhone 13 mini, 13, 13 Pro, 13 Pro Max, 14, 14 Plus, 14 Pro e 14 Pro Max.

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Quem inova mais?

Eu poderia escrever mais de 5.000 palavras sobre todas as contribuições da Samsung e da Apple no mercado de tecnologia, por isso limitei apenas às que considerei mais interessantes.

No entanto, o que percebi enquanto pesquisava os tópicos para essa pauta foi que a Apple trouxe muitas novidades em segmentos diversos, como notebooks, tablets e hardware, enquanto a Samsung ajudou a moldar o mercado de celular como vemos atualmente.

Ou seja, assim como não conseguimos cravar qual é o melhor na briga entre Galaxy e iPhone, é muito difícil dizer qual das duas empresas inova mais. Nesse caso, proponho um brinde às duas porque, com suas contribuições e avanços ao mercado, certamente quem sai ganhando somos nós.

E se deixei alguma coisa passar nesse texto, tanto da Samsung quanto da Apple, conte nas nossas redes sociais a inovação que você acha mais interessante!