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Notebook com USB-C ou Thunderbolt? Entenda a diferença

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Eric Mockaitis
Eric Mockaitis
Tudo sobre Intel

Existem atualmente duas principais conexões nos computadores: USB e Thunderbolt, mas qual a diferença entre elas? Neste texto vamos te explicar exatamente como funcionam essas entradas, para que você não fique mais confuso em relação às nomenclaturas.

E mais importante do que isso! Ao comprar um novo notebook, você poderá tomar sua decisão de compra com mais informação sobre o que cada produto oferece. Afinal de contas, nem toda conexão que parece uma USB-C tem as mesmas capacidades.

A conexão USB existe há quase tanto tempo quanto o computador pessoal. Ele facilita nosso dia-a-dia, seja para carregar o celular ou então conectar dispositivos ao computador.

Já o Thunderbolt foi resultado de uma parceria entre a Intel (fabricante de chips e processadores) com a Apple já em 2009. Ele surgiu com a proposta de trazer um diferencial para os lançamentos da Maçã na época.

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Porém, para entender qual a diferença entre USB e Thunderbolt, primeiro vamos contar um pouco sobre o surgimento de ambos e, a partir disso, mostrar como, atualmente, estão cada vez mais parecidos.

Começando em 1996

O USB surgiu, em 1996, quando algumas fabricantes de computador e dispositivos eletrônicos decidiram se unir para criar uma conexão mais prática, de modo a substituir aquelas entradas gigantes, conhecidas como portas paralelas, seriais e PS2.

Elas ocupavam muito espaço e não eram nada práticas para encaixar nos moldes e carcaças da época. Assim, surgiu o USB: Universal Serial Bus, traduzindo seria algo próximo de “Barramento Serial Universal''.

Isso significava, basicamente, uma conexão padrão que servisse para conectar dispositivos ou aparelhos de modo universal. Ou seja, não seria necessário desenvolver novas entradas e cabos complexos para cada novo tipo eletrônico.

Assim, USB não necessariamente é apenas a entrada ou mesmo o cabo, mas de fato um protocolo. De forma que é o conjunto dessas coisas que caracterizam o padrão USB. (Isso vai ser importante quando apresentarmos o Thunderbolt, então guardem essa informação).

Outro ponto que precisamos entender é a “Interface”. Ela é o formato que a ponta do cabo tem para se conectar. Assim, quando o USB surgiu, tínhamos basicamente o USB-A e o USB-B.

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O tipo A é o mais comum, usado até hoje, já o tipo B foi utilizado principalmente para ligar impressoras, scanners e outros aparelhos semelhantes. Contudo, foi caindo em desuso, de forma que dificilmente vemos esse tipo hoje em dia.

A evolução do USB: 1.0/ 2.0/ 3.0

Após entendermos o que é o USB, agora precisamos ver como sua evolução ocorreu ao longo dos anos. Pois, foi a partir disso que as próximas nomenclaturas surgiram.

Começando pelo 1.0. Obviamente foi o primeiro que surgiu e, para categorizá-lo, usou-se a sua capacidade de transferência de dados. No caso, essa primeira versão alcançava “incríveis” 1,5 Mbits/s, em baixas velocidades e 12 Mbits/s, em altas velocidades.

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Para a época, esse USB conseguia dar conta, já que o volume de dados que existiam, e eram transferidos, era, de certa forma, baixo. Contudo, conforme mais pessoas conseguiam ter acesso aos computadores e novas informações estavam sendo geradas, viu-se a necessidade de ampliar essa capacidade de transferência.

De forma que surgiu, já no ano 2000, o USB 2.0, que conseguia oferecer uma capacidade de 480 Mbits/s. Isso foi revolucionário, visto que, em apenas 3 anos, foi possível aumentar em até 40 vezes a velocidade de transmissão.

Passados oito anos, agora em 2008, surgiu o USB 3.0 e, mais uma vez, teve um ganho exponencial de velocidade. Este padrão conseguia entregar até 5 Gbits/s (preste atenção, porque agora estamos falando em Giga, e não mais em Mega).

Para diferenciar as entradas, algumas medidas foram tomadas. A começar que, alguns fabricantes diferenciavam a conexão USB 3.0 com a cor azul, outros com a cor vermelha e até amarelo.

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Isso acabou não ajudando muito, sendo que, eventualmente, essa prática foi abolida. Hoje utilizamos ícones ao lado da entrada para identificá-las.

Uma pequena evolução com os USB 3.1 e 3.2

Atualmente, não existe mais o USB 3.0, isso porque ele foi substituído pelo 3.1. Na verdade, foi uma atualização de nomes, implementada para facilitar a identificação.

Contudo, ainda nessa versão temos uma diferenciação. Já que houve uma evolução de gerações, ou seja, existiam agora o USB 3.1 Gen 1 (primeira geração) e, futuramente, o USB 3.1 Gen 2.

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Na prática, foi apenas uma nomenclatura que explicitava qual tipo estava sendo empregado no computador. De forma que apenas na Gen 2 é que tivemos uma evolução na velocidade, chegando a 10 Gbits/s, conhecida também como SuperSpeed+.

Já a adoção do USB 3.2, em 2017, foi semelhante, sendo que existiu a separação entre a Gen 1 e a Gen 2. Mais uma vez, somente na segunda geração é que, de fato, houve um incremento no protocolo, atingindo 20 Gbits/s.

Finalmente o USB tipo C

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Antes de comentarmos sobre o USB 4.0, é importante voltarmos à história das interfaces. Já que, até agora, estávamos falando apenas do protocolo em si, e não da parte física.

Lembram-se das portas tipo A e tipo B? Elas foram evoluindo concomitantemente aos padrões, de forma que foram surgindo algumas variações como o Micro USB, Mini, Micro USB AB, entre outros.

Isso aconteceu porque era inviável plugar conectores grandes em aparelhos cada vez mais compactos, como celulares, mouses ou controles de videogames.

A partir dessa lógica, surgiu o USB tipo C, que hoje é quase padrão em diversos dispositivos, por conta do seu tamanho prático e também da versatilidade.

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Afinal, chegamos ao USB 4.0, que utiliza o padrão tipo C e é o mais moderno em termos de conexão para transferência de dados e carregar aparelhos, correto? Sinto-lhes dizer que não.

Isso porque temos um outro concorrente na jogada, esse sim é o mais rápido e completo conector, mas que nasceu há bem menos tempo. Então vamos falar sobre ele agora.

Surgimento do Thunderbolt

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Pois bem, lembram-se que, lá no começo do texto, eu comentei brevemente sobre dois tipos de conectores? O mais antigo, e talvez mais conhecido, é o USB. Contudo, no início da década de 2010, a Intel, juntamente com a Apple, trouxe um novo padrão, o Thunderbolt.

Ele surgiu como uma estratégia da Apple para se diferenciar dos concorrentes, de forma que trazia uma velocidade semelhante ou até superior aos USB da época. E, para reforçar essa diferenciação, ele vinha com a conexão — ou interface —Mini DisplayPort.

Por conta desse formato, ele tinha também outra exclusividade, que era a capacidade de transmitir vídeos pelo cabo. E, assim como nosso querido USB, o Thunderbolt foi evoluindo com o passar dos anos.

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Os nomes adotados eram semelhantes: Thunderbolt 1, Thunderbolt 2, Thunderbolt 3 e por fim, o mais recente, Thunderbolt 4.

Essencialmente, a diferença era a capacidade de transmissão, que foi aumentando conforme as atualizações.

Juntando USB tipo C ao Thunderbolt

Agora, a partir da 3ª geração do Thunderbolt, ele abandonou o formato Mini DisplayPort. Passando a adotar o famoso USB tipo C.

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Chegando, enfim, ao conector mais rápido que é o Thunderbolt 3, já que ele consegue oferecer uma transmissão de dados de até 40 Gbits/s. Isso tudo com conexão tipo C.

Por fim, ficou faltando comentar sobre o USB 4.0. Isso porque eu precisava explicar sobre o protocolo Thunderbolt, já que esse USB tem compatibilidade com esse outro protocolo. Contudo, apenas até o Thunderbolt 3.0, sendo capaz de chegar aos 40 Gbits/s também.

Assim, espero que tenha ficado clara a diferença. Entretanto, para resumir: temos as interfaces, que podem variar entre A, B e C, atualmente a mais utilizada é do tipo C.

Além disso, temos diferentes protocolos: o USB e o Thunderbolt, sendo que o primeiro surgiu em 1996 e vem evoluindo desde então com USB 2.0/ 3.0/ 3.1 e 3.2 até o 4.0.

Enquanto o Thunderbolt estreou em 2010 nos Macbooks Pro, e também foi se atualizando como Thunderbolt 1/ 2/ 3 e atualmente 4.

De forma que ambos os protocolos de transmissão de dados podem ser encontrados com interfaces de conexões do tipo C. Por isso, ao comprar um novo notebook, confira as especificações das portas para ver se aquelas USB-C também são Thunderbolt, que possuem mais capacidades para conectar monitores mais modernos.

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