EUA cobrará tarifa de 245% sobre importados chineses, confirma Casa Branca
Por Vinícius Moschen | •

Por meio de um documento oficial, a Casa Branca apontou que a tarifa de importação sobre produtos vindos da China será de 245%. Trata-se de um aumento considerado repentino, sem anúncio prévio por parte do governo estadunidense.
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Anteriormente, a previsão era de que as taxas chegariam a 145%, após um conflito comercial que causou acréscimos seguidos nas tarifas entre os dois países.
O aumento de 100% não foi explicado de forma detalhada no documento liberado pela Casa Branca. Contudo, as tarifas foram apontadas como uma forma de “igualar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos EUA”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, foi questionado sobre o tema nesta quarta-feira (16). Em posição considerada defensiva, ele apontou que os valores específicos “devem ser solicitados aos EUA”.
O representante ainda acusou os EUA de terem iniciado a escalada das tarifas:
“A guerra tarifária foi iniciada pelos EUA. A China deu as respostas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Conflitos comerciais não têm vencedor. A China não quer travar essas guerras, mas não tem medo delas”, completou Jian.
Tarifas devem retornar em breve
Apesar de ter suspendido as tarifas sobre dispositivos eletrônicos nessa semana, o governo Trump confirmou que se trata apenas de um “adiamento temporário”.
As autoridades confirmaram que os impostos serão colocados em uma “cesta diferente”, e o anúncio das novas políticas deve ocorrer daqui a um ou dois meses.
Grandes empresas de tecnologia, como a Apple, já procuram medidas para amenizar o choque nos custos de produção. A companhia adiantou a importação de celulares em aviões cargueiros, e cogita movimentar a produção para países como a Índia ou o Brasil.
Os EUA também realizaram uma pausa de 90 dias sobre as tarifas retaliatórias sobre quase todos os países do mundo, limitando-as a 10%. A única exceção é a própria China, visto que os países não têm uma linha definida de negociação.
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