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Epson quer desenvolver soluções para óculos de realidade aumentada no Brasil

Por| 13 de Maio de 2015 às 11h24

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Rafael Romer/Canaltech
Rafael Romer/Canaltech
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A companhia japonesa do setor de impressão, projeção e imagem digital, Epson, está empenhada em expandir o ecossistema brasileiro de aplicações do seus próprios óculos de realidade aumentada, o Moverio.

Apresentado pela primeira vez no ano passado, o gadget já está em sua segunda geração e está exposto pela empresa na feira do setor de áudio, vídeo e iluminação, Infocomm 2015, que acontece nesta semana em São Paulo.

No evento, a empresa busca demonstrar as capacidades do gadget para mais profissionais e empresas do setor audiovisual, na busca de desenvolvedores que possam criar novas aplicações para os óculos de realidade virtual. A estratégia já está sendo aplicada pela companhia desde meados de 2014, quando ela apontou um executivo para ficar responsável por estimular a presença do produto na América Latina.

"A Epson está colocando o produto na mão de softhouses e integradores para que ele comece a ganhar corpo e siga um direcionamento", explicou o gerente de produtos da Epson para a América Latina, Gabriel Gonçalves. "A vantagem disso é trazer a realidade aumentada para estar presente em cada vez mais segmentos".

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Diferente de outros dispositivos do tipo, o foco do Moverio é no setor B2B (Business to business), não no usuário final. Apesar do hardware do sistema estar completo e ser funcional como um gadget por si só - equipado com câmera, giroscópio, GPS, sensores e rodando a versão 4.0 do Android - o Moverio hoje não vem embarcado com aplicações, o que o torna pouco atrativo para o consumidor final.

Óculos de realidade aumentada utiliza smartphone acoplado ao sistema para fazer processamento de imagens, que aparecem nos visores do gadget (foto: Rafael Romer/Canaltech)

Por outro lado, a estratégia da Epson em fornecer o equipamento para diversos desenvolvedores já está abrindo diversas oportunidades de uso comercial do Moverio em áreas como entretenimento, educação, saúde, centros de pesquisa, segurança e até varejo.

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"A Epson não tem expectativas de bombar e ser uma lovemark, ela quer encontrar segmentos profissionais nos quais os óculos possam ter alto valor agregado para que ela possa seguir desenvolvendo a tecnologia para atender esses segmentos", afirmou Gonçalvez.

E as parcerias da empresa já começaram a dar os primeiros resultados. No evento, a Epson está demonstrando o uso dos óculos em conjunto com a aplicação MovieReding, desenvolvida para auxiliar pessoas com deficiência auditiva dentro do cinema. Desenvolvido pela companhia paulista Iguale, o aplicativo utiliza os displays do Moverio para exibir legendas com audiodescrição do filme, sincronizadas em tempo real com o conteúdo exibido na telona.

Ainda não há, no entanto, uma expectativa de que os óculos com o app sejam implantados em salas comerciais de cinema.