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Entenda como o iPhone foi concebido

Por| Editado por Léo Müller | 16 de Agosto de 2022 às 15h22

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Entenda como o iPhone foi concebido
Entenda como o iPhone foi concebido

É fácil olhar para a Apple Inc. e entender que ela é uma empresa de grande sucesso, principalmente no ramo de smartphones. E o iPhone foi responsável por grandes mudanças na indústria de tecnologia. Entretanto, como uma marca, à época, especializada em computadores pessoais conseguiu lançar um produto tão revolucionário? Como foi, afinal, concebido o iPhone?

Com essas questões em mente, pretendo apresentar as principais características que fizeram do iPhone o carro chefe da empresa de Cupertino, além de salvá-la de uma “quase falência”.

Dessa forma, espero que você compreenda, ao fim deste texto, como o iPhone moldou um mercado e criou tendências em seu lançamento, apesar das controvérsias (que também serão discutidas).

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O mercado de smartphones era muito diferente há 15 anos

O mundo há 15 anos era bastante diferente e, por isso, alguns pontos podem não parecer grande coisa para os dias atuais. Todavia, é importante salientar que estamos falando de um momento em que o ápice de tecnologia eram os smartphones da BlackBerry e da Nokia.

Principalmente aqueles modelos com teclados físicos gigantes e que tinham a proposta de trazer a experiência de um computador para as mãos dos usuários.

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A Apple sequer trabalhava no mercado mobile. Seu produto principal eram os computadores Macintosh. Porém, Steve Jobs sempre teve uma visão de tornar os celulares ferramentas mais completas.

Assim, ele, junto com sua equipe de designers e engenheiros, concebeu um aparelho que iria quebrar paradigmas e mostrar outras possibilidades para os smartphones.

A Apple sempre buscou facilitar a vida do usuário

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É importante lembrar um pouco do histórico da empresa de Cupertino. Seu grande foco sempre foi criar produtos mais amigáveis e intuitivos. Tal qual vimos no Mac II, um personal computer (PC) que buscava facilitar os comandos para os iniciantes no mundo da tecnologia.

Isso não era comum nessa época, já que para dar comandos e fazer tarefas, você precisava conhecer um pouco de lógica de programação e linguagens. No Mac II, nós tínhamos uma interface prática e rápida para comandar.

Já em 2001, o iPod conseguiu mudar a indústria da música e também o modo como poderíamos consumi-la. Junto desse produto, a marca lançou o iTunes, que criou um novo jeito de adquirir faixas dos artistas ou mesmo álbuns inteiros.

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Se antes era preciso comprar CDs ou DVDs para escutar seu cantor favorito, agora isso poderia ser feito em um aparelho que cabia na mão. A Apple entendeu que levar a música em um dispositivo portátil, permitiria ouvir em qualquer lugar.

Não só isso, mas o iPod conseguia rodar filmes e vídeos, também disponíveis no iTunes. Essa loja conseguiu revolucionar o mercado, já que agora tínhamos um novo jeito de consumir esse produto.

Inclusive, vale lembrar que, nesse momento, para se ouvir músicas, era preciso ter um MP4 ou MP3. O iPod conseguiu subverter o conceito de produto portátil para música, além de trazer uma facilidade de comprar faixas diretamente do dispositivo.

A concepção do iPhone

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Com isso, chegamos em 2007. Um ano em que a Apple Computer Inc. deixou de existir para dar lugar à Apple Inc. Ou seja, os passos aconteciam para um grande lançamento.

O mercado nessa época era dominado pelas grandes fabricantes de “smartphones”. Cuja definição era “ser um dispositivo mobile que consegue executar várias funções de um computador, como ler e-mails, acessar à internet e rodar aplicativos”.

Isso a Nokia e a Blackberry faziam. Entre os principais concorrentes, tínhamos o Moto Q, Palm Treo, Nokia E62 e o BlackBerry.

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Basta olhar as imagens que podemos ver como, apesar de serem voltados à produtividade, eles não ofereciam praticidade. E foi nisso que o Steve Jobs enxergou uma brecha e oportunidade para alavancar sua visão de marca e produto.

Ele juntou três características que definiriam o novo aparelho: “um iPod com tela touchscreen, possibilidade de fazer chamadas e acesso à internet”. Assim, nasceu o conceito de celular da Apple, o iPhone.

Por que escolher o iPhone?

Assim sendo, porque a Apple decidiu apostar nesses três aspectos fundamentais que definiam o iPhone?

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Era perceptível que os usuários queriam mais praticidade e precisão na hora de navegar nos celulares. Inclusive, no computador, esse problema foi resolvido com a chegada dos mouses.

Mas no mundo dos smartphones, utilizamos cursores nada precisos e as telas não tinham espaço.

Por isso, o primeiro iPhone apostou em não usar botões físicos, apenas o “home” para voltar à tela inicial. De resto, era tudo na base da tela touchscreen que a Apple desenvolveu por conta e soube implementar diferentemente de todos concorrentes.

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Ela quis criar uma tela que não dependesse de canetas Stylus também, já que a proposta da marca era ser amigável e prática. E por que não ter um teclado físico?

Para Jobs, isso limitava, não apenas o display, mas as funcionalidades do aparelho. Caso a empresa quisesse implementar uma nova forma de navegar ou acessar um aplicativo, não conseguiria no mesmo modelo, pois o hardware não poderia ser mudado.

Em contrapartida, um teclado digital permitia uma versatilidade muito maior e mais espaço para melhorias futuras ou adição de novos recursos, sem comprometer a experiência.

Outro destaque do iPhone era a integralidade de software e hardware. A Apple focou em desenvolver ambos de forma a proporcionar uma experiência muito mais fluida e contínua. Isso podemos ver até hoje, com o ecossistema da Apple sendo um dos mais bem-executados, mas também mais fechados.

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Ou seja, a visão que a marca criou nos primeiros computadores, depois no iPod e em seguida no iPhone, perdura até os produtos que ela lança em 2022.

Por fim, Steve Jobs queria que a navegação na internet fosse mais genuína e fiel, não apenas sites mal feitos e sem qualquer aplicabilidade para o usuário.

O iPhone conseguiu fazer isso ao utilizar o HTML para rodar suas páginas de internet (na época, era limitado apenas ao navegador Safari). Isso permitia explorar as páginas da web de forma completa, tal qual tínhamos nos computadores.

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Afinal, um smartphone deve ser capaz de reproduzir as ferramentas de um PC. Foi nisso que a Apple enxergou a oportunidade de entregar um produto diferente dos concorrentes, sempre seguindo a tendência de ter aparelhos cada vez mais conectados.

O iPhone também cometeu erros

Sendo um dispositivo bastante único à época, era de se esperar que nem tudo agradasse ao público. Basta procurar reviews para ver que os especialistas não eram muito fãs da primeira geração do iPhone.

Ele tinha um hardware considerado inferior aos concorrentes, uma câmera fraca, falta de acessibilidade ao 3G e também não permitia grandes personalizações. Você não podia nem mudar o plano de fundo da tela inicial.

Outro ponto muito criticado foi o preço, considerado exagerado, quando comparado a outras opções do mercado. Tanto que diversas páginas especializadas e empresas já consolidadas afirmavam que o iPhone não seguiria no jogo.

Entretanto, Jobs mostrou uma boa leitura do que os consumidores queriam, além de ter apostado em status e inovação. Isso significou um alto número de vendas e um sucesso da marca.

A Apple entendeu como conquistar os usuários, apenas procurando dar o que eles de fato procuravam. Um celular prático e fácil de usar, já que você poderia ver desde especialistas à leigos conseguindo usufruir de todas funções do aparelho.