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Dragão é o novo maior supercomputador da América Latina e já está em operação

Por| Editado por Wallace Moté | 22 de Junho de 2021 às 19h10

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Desde o começo de junho está em operação o maior supercomputador da América Latina. O Dragão, que pertence à Petrobras, pesa 20 toneladas, tem 34 metros de comprimento e possui 200 terabytes de memória RAM, além de utilizar uma rede de 100 gigabits por segundo.

Segundo a própria Petrobras, o Dragão é maior que Atlas e Fenix, os outros dois maiores supercomputadores da América Latina, e que também pertencem à estatal. A capacidade de processamento da máquina equivale a quatro milhões de smartphones ou cem mil notebooks contemporâneos. O novo equipamento será utilizado para processar dados geofísicos e operacionais e também dará suporte a projetos estratégicos da companhia.

O diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolás Simone, explicou que o novo supercomputador “reforça nossa estratégia de conferir mais economicidade, agilidade, segurança e resiliência às nossas operações, aumentando a capacidade de processamento de dados para dar suporte ao negócio”. Ele ainda lembrou que este é o nono supercomputador que entra em operação nos últimos dois anos, e a companhia espera atingir cerca de 40 teraflops de capacidade, sem contar uso da nuvem, até o fim de 2021.

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A montagem do Dragão, iniciada em dezembro, levou cerca de três meses para ser concluída, seguida por um período de instalação dos softwares e operação assistida. A empresa alegou ter usado dez caminhões para transportar todas as partes da máquina, instalada em fileiras de oito a nove blocos que totalizam os 34 metros de comprimento.

Auxílio no processamento de dados geofísicos

O Dragão será utilizado principalmente na análise de dados geofísicos da Petrobras, com algoritmos desenvolvidos pelos profissionais da área da companhia em conjunto com os analistas de sistemas da estatal. Segundo a companhia, o supercomputador permitirá a geração de imagens da subsuperfície com maior resolução em áreas de interesse para exploração de petróleo e gás natural. Isso deve otimizar a produção e reduzir o tempo de processamento de maneira significativa.

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O supercomputador também deve atuar em programas estratégicos, e a companhia espera reduzir o prazo para início de produção em um campo ao utilizar 100% de dados técnicos disponíveis nos projetos exploratórios.

“A capacidade de computação no mundo dobra a cada dois anos e a estratégia de investir em aumentá-la, seja por meio dos supercomputadores ou nuvem, tem trazido inúmeros ganhos da companhia”, observou o diretor de exploração e produção da Petrobras, Fernando Borges.

“Com a evolução da capacidade de processamento de dados geofísicos, reduzimos o risco nos projetos de E&P e podemos dimensionar melhor os projetos, o que traz grande economia, e até posicionar melhor os poços, aumentando o índice de sucesso exploratório. Isso é inteligência competitiva”, concluiu.

Fonte: Agência Petrobras