Comparativo Sony WH-1000XM5 x XM4: qual o melhor headphone Sony?
Por Diego Sousa • Editado por Léo Müller |

O Sony WH-1000XM5 chegou ao mercado com muitas mudanças em relação à geração anterior, o WH-1000XM4, principalmente no visual e no cancelamento ativo de ruído. Mas, se tratando de uma das melhores linhas de headphones do mundo, qual é o melhor fone de ouvido Sony? Confira neste comparativo!
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Para esta matéria, destaquei os principais pontos positivos e negativos de cada para, no final, responder se é uma boa ideia apostar no headphone mais recente ou o antigo ainda é uma opção mais interessante. Vamos nessa?
Antes de começarmos, vale lembrar que o Sony WH-1000XM5 não é vendido oficialmente no Brasil. Nós tivemos acesso ao produto graças a nossa parceria com a USCloser.
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Construção e design
Uma das principais mudanças entre o Sony WH-1000XM4 e o 1000XM5 ocorreu no design. Após alguns anos mantendo uma aparência mais comum, a linha adotou um visual mais minimalista, com um quê de AirPods Max.
Eu sou sempre a favor da mudança, mas acho que, aqui, foi pior. Está mais limpo em relação ao XM4, com um novo tipo de material sintético mais macio que o modelo anterior, mas que acumula algumas marcas de gordura por conta do contato com as mãos.
Além disso, esse material me pareceu ser mais frágil que o fosco “emborrachado” do WH-1000XM4. Ah, e vale lembrar que ele também não tem nenhuma certificação contra líquidos ou partículas, portanto cuidado para não derrubá-lo no chão e ande sempre com um paninho para limpá-lo regularmente.
Outro ponto negativo do novo design do WH-1000XM5 é a praticidade. Na atual geração, você consegue ajustar apenas a alça e a almofada de espuma, que gira apenas para um sentido, enquanto o headphone antigo praticamente dobrava para caber num estojo de transporte relativamente compacto.
Não deve ser um problema muito grave para a maioria dos usuários, pois o headphone continua entregando certa praticidade, mas considero um retrocesso em relação aos ótimos XM3 e XM4.
O design do novo headphone não é totalmente negativo. Gostei muito da mudança nas conchas, agora mais “cheinhas” e compactas. A parte externa está um pouco mais pontuda, facilitando a navegação por toque e gestos.
E o fone, integralmente, está mais confortável. As novas almofadas são maiores e mais ajustáveis às orelhas, o que achei ótimo para viagens. O WH-1000XM4 ainda é bastante confortável, mas o novo consegue ser ainda mais macio e agradável em longos períodos.
Interação e conectividade
As entradas permanecem as mesmas nas duas gerações, ou seja, USB-C e P2 3,5 mm, caso não queira ouvir músicas via Bluetooth. Os botões também não mudaram, mas o acesso aos modos de cancelamento de ruído e ambiente está melhor descrito.
Outra coisa inalterada foram os controles por toque e gestos. Em ambas as conchas, há combinações que realizam diversas ações, como trocar faixa ou aumentar volume. Todos os comandos podem ser alterados no aplicativo Headphone Connect, compatível com os dois headphones e suportado por todas as plataformas.
O que mudou, e faz sentido por estarmos falando de um produto mais recente, foi a versão do Bluetooth: 5.2 no WH-1000XM5 e 5.0 no XM4. Há melhorias pequenas entre as versões com relação à segurança e estabilidade de conexão, mas, para o usuário comum, basta saber que os dois ainda funcionam perfeitamente no dia a dia nos mais variados dispositivos Bluetooth, sendo iPhones, smartphones Android e notebooks.
Os dois modelos de headphone também são compatíveis com assistente de voz, basta configurar no aplicativo Headphone Connect.
Qualidade de som e microfone
Aqui, houve menos melhorias do que eu gostaria. Segundo a Sony, o WH-1000XM5 suporta os mesmos codecs de áudio que o XM4, ou seja, AAC, SBC e LDAC, proprietária da empresa. Infelizmente, não houve o retorno do aptX ou aptX HD, da Qualcomm, que estava presente no XM3.
Com relação ao som, apesar dos drivers menores, o WH-1000XM5 é melhor que o XM4, principalmente nos graves e subgraves. Particularmente, acho excelente esse ganho extra nas frequências mais baixas, mas pode soar exagerado para muitos usuários, mas basta uma equalização para contornar isso.
Os médios e agudos na nova geração também são mais cristalinos, embora a diferença não fique muito perceptível na maioria das músicas. Em “Levitating”, da Dua Lipa, por exemplo, ambos são muito próximos; já “Oxytocin”, da Billie Eilish, notei uma diferença a favor do XM5.
Resumindo, houve uma mudança na qualidade do áudio ano a ano, mas, sinceramente, não acho que seja um motivo para você comprar o WH-1000XM5 ou fazer o upgrade, caso já tenha o XM4.
O microfone, por outro lado, melhorou significativamente se comparado com a geração anterior. Graças aos oito microfones do XM5, os ruídos são bastante rejeitados tanto na rua como no escritório.
Cancelamento de ruído
Ano a ano, a Sony melhora a tecnologia de cancelamento de ruído (Active Noise Cancelling ou ANC) da linha WH-1000 e o XM5 representa o melhor que a empresa pôde colocar em um headphone. É difícil de explicar, mas ruídos baixos, médios e agudos, do motor de metrô até os miados do seu gato, são mais abafados no novo modelo.
Isso não quer dizer que o XM4 seja ruim, pelo contrário. Ele é uma grande melhoria em relação ao XM3 e ainda um dos headphones com o melhor cancelamento de ruído que já ouvi, mas não supera o novo modelo.
Duração da bateria
Em ambos os headphones, a Sony promete até 30 horas de autonomia de bateria com cancelamento de ruído ativado. Para o meu uso, os dois foram muito bem, mas somente o XM4 não superou a estimativa da empresa, com cerca de 24 horas de uso. Já o XM5 superou as expectativas, durando mais de 30 horas.
É claro que a autonomia do headphone depende de vários fatores, como volume da música, recursos ativados e até o ambiente, mas os dois são muito bons no departamento.
Vale a pena fazer o upgrade?
Se você tiver um WH-1000XM3 ou inferior, talvez o WH-1000XM5 seja uma opção interessante pelo melhor som e cancelamento de ruído. Mas, ainda assim, recomendaria considerar se o design menos prático e frágil será um empecilho para você. Particularmente, não achei muito atrativo.
O preço também é importante, pois o novo headphone sem fio está cerca de R$ 600 mais caro que o WH-1000XM4 no Brasil. Ou seja, vale considerar se as melhorias da nova geração valem mesmo o valor adicional.
Agora, caso você já tenha o XM4 e esteja pensando se vale fazer o upgrade, a resposta mais sincera é não. Ele ainda é um excelente headphone para 2022 e possui ótimo design, som de alta qualidade, bateria agradável e excelente cancelamento de ruído.