5 aviões icônicos da Embraer
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |
A Embraer é uma das empresas mais respeitadas do Brasil e conhecida mundialmente por suas aeronaves, que trabalham em diversas empresas, organizações, governos e exércitos pelo mundo. Atualmente, a fabricante é a terceira maior do mundo no mercado de aviação, ficando atrás somente de Boeing e Airbus.
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Além de um modelo de negócio altamente competente, com joint ventures espalhadas pelo mundo e forte participação em projetos de mobilidade, a empresa ganhou essa notoriedade por causa de seus produtos: os aviões.
Há mais de cinco décadas a Embraer projeta e constrói o que há de melhor em aviação comercial e militar, com aeronaves extremamente tecnológicas e eficientes, que convivem bem com os concorrentes de maior porte e investimento, como a Boeing, que há alguns anos tentou fazer uma fusão com a companhia brasileira, mas recuou devido à crise causada pelo Boeing 737 MAX.
Para entender melhor esse sucesso da Embraer, que tal relembrarmos cinco aviões icônicos da fabricante brasileira? Será que você reconhecerá algum?
5. Embraer Legacy 600
Feito com base no avião regional ERJ-145, o Legacy 600 foi um dos primeiros jatos executivos da Embraer, fazendo seu voo inaugural em 2001. Por ser um projeto derivativo, ele já nasceu, digamos, maduro, o que ajudou a conquistar muitos clientes pelo mundo, sobretudo nos Estados Unidos e Canadá.
O Legacy 600 é certificado para abrigar até 15 passageiros no maior luxo e conforto. Por seu corpo mais esguio e pontudo, é sempre destaque em eventos de aviação executiva, como a LABACE, que acontece anualmente em São Paulo, atraindo não apenas entusiastas, como também compradores.
Um triste episódio na história do Legacy foi seu envolvimento no acidente com o voo 1907 da Gol, em setembro de 2006, quando os responsáveis por pilotar um exemplar do jato da Embraer estavam desatentos e rasparam parte da asa no Boeing 737 da companhia aérea, que acabou caindo e matando todos os ocupantes.
Sua velocidade máxima é de 987 km/h e a autonomia ultrapassa os 7 mil quilômetros. Há, atualmente, mais variantes dessa aeronave, mais eficientes e econômicas, como o Legacy 650E.
4. Embraer C-390 Millennium
O mais novo desta lista, o Embraer C-390 Millennium é o maior avião produzido pela fabricante e também o maior fabricado na América Latina. Especialmente encomendado por nossas Forças Armadas, o C-390 vem em substituição ao já antigo (mas ainda eficiente) C-130 Hércules, com seu desenvolvimento custando algo na casa dos US$ 2 bilhões.
Sua funcionalidade é voltada para uso militar, sendo especialmente projetado para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo. Uma de suas principais tecnologias é o sistema de voo fly-by-wire, que torna a direção da aeronave mais precisa e "na mão" do piloto. Além disso, ele é capaz de levar mais de 23 toneladas de carga.
Sua velocidade máxima é de 988 km/h e a autonomia com peso máximo de decolagem é de 2.820 quilômetros.
3 - Embraer E-Jets
Os E-Jets são as aeronaves da Embraer pensadas para a aviação comercial. Atualmente, a maioria dos modelos é operada pela Azul Linhas Aéreas, sobretudo em trechos mais curtos como a ponte aérea Rio-São Paulo e voos regionais pelo Brasil.
Essa linha é composta por modelos que abrigam de 80 a 144 passageiros, sendo o E-195 E2 o mais recente deles, lançado em 2013 e que já está em operação pelo mundo desde 2018. Essa variante com a nomenclatura E2, aliás, é mais silenciosa e econômica, independentemente do modelo, que se subdivide em E-175, E-190 e E-195.
Sua velocidade máxima é de 870 km/h e a autonomia é de 5.186 quilômetros (E-190 E2).
2. Embraer EMB-312 "Tucano"
Você certamente já deve ter visto um show de aeronaves fazendo cambalhotas, girando e voando em alta velocidade, sempre soltando uma fumaça branca que torna tudo ainda mais interessante. Essa apresentação, feita pela Esquadrilha da Fumaça, é possível graças ao Embraer EMB-312, mais conhecido como Tucano.
O Tucano é um avião militar turboélice para ataques leves e treinamento de tripulação de guerra, sendo um projeto relativamente moderno criado pelo engenheiro Joseph Kóvacs, em 1980. Já aposentado, o EMB-312 foi substituído em 1996 pelo Super Tucano, o EMB-314, utilizado até hoje para apresentações e exercícios e, posteriormente, pelo Super Tucano 2017.
Sua velocidade máxima é de 448 km/h e a autonomia é de 2.055 quilômetros.
1. Embraer EMB-110 "Bandeirante"
Lançado em 1971, o EMB-110 Bandeirante é um dos aviões mais importantes de todos os tempos e, sem dúvidas, um marco na história aeroespacial brasileira. Com produção iniciada em 1971, o avião foi pensado para levar até 21 passageiros quando configurado para uso civil, mas, devido a sua grande versatilidade, também há a opção para operações militares de diversas variantes.
Com produção interrompida em 1991, o Bandeirante segue, até hoje, como um dos aviões mais equilibrados já desenvolvidos pela Embraer, tendo feito parte de frotas importantes, como a do início da TAM, antigamente chamada de Táxi Aéreo Marília. Sua versatilidade era tamanha que a fabricante chegou a produzir 18 variantes de uso civil e militar.
Segundo registros da ANAC, ainda existem Bandeirantes em operação pelo país.
Sua velocidade máxima é de 426 km/h e a autonomia é de 1.900 quilômetros.