Review Mi Band 9 | Será que vale a pena comprar a smartband da Xiaomi?
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller
As Mi Bands — Xiaomi Smart Band, como são chamadas agora — são bem populares pelo custo-benefício: elas prometem uma ótima funcionalidade e são ótimas companhias para atividades físicas. Mas será que o novo modelo vale a pena? Nós testamos a Xiaomi Smart Band 9 pelos últimos dias e, agora, contamos os detalhes positivos e negativos da pulseira inteligente da chinesa.
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Prós
- Design discreto
- Bem confortável
- Vários modos de atividades físicas
- Monitoramento de saúde eficiente
Contras
- Sem NFC
- Opções de watchfaces limitadas
- Sem evoluções significativas
Design, construção e tela
A Xiaomi Smart Band 9 segue a mesma identidade visual de toda a série de pulseiras inteligentes da Xiaomi desde o lançamento. Naturalmente, é claro, houve várias mudanças cosméticas e de construção, mas ela segue com o formato de “pílula” que a tornou tão popular.
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Visualmente, ela é discreta e, no pulso, é bem confortável. Ela é bem leve e você mal a sente no braço. Assim, dá para usá-la tranquilamente durante a noite para monitorar seu sono, por exemplo. Isso é um ponto extremamente positivo, já que muitas pessoas se incomodam com o peso de smartwatches mais tradicionais para dormir.
O acabamento é em metal, assim como a geração passada, e outra coisa que ela herdou do modelo anterior é a trava para a pulseira, que tanto facilita a troca quanto mantém mais segura no pulso quando está presa. Assim, ela é compatível com os mesmos braceletes extras da antecessora — que são vendidos separadamente.
De qualquer forma, a Xiaomi Smart Band 9 já é vendida com uma pulseira de silicone no kit, do modelo padrão, que oferece bastante conforto mesmo em atividades físicas mais intensas.
A tela tem apenas 1,62 polegada, com tecnologia AMOLED que oferece uma excelente visualização. Ela tem o formato de pílula com resolução de 192 x 490 pixels, com brilho de até 1200 nits. Na prática, é um display que oferece um ótimo nível de exibição e te permite visualizar tudo com clareza mesmo sob um sol bem forte.
O design da Xiaomi Smart Band 9 é bem discreto e confortável, permitindo o uso a todo momento, até mesmo durante a noite, sem causar incômodo.
— Bruno Bertonzin
Acompanhamento físico e saúde
A Xiaomi Smart Band 8 tem recursos tanto para rastrear suas atividades físicas quanto para monitorar dados da sua saúde, inclusive durante o sono. Assim, você pode usá-la durante caminhadas, corridas, pedaladas e muitos outros exercícios físicos.
A pulseira consegue identificar automaticamente quando o usuário começa alguma atividade, mas também é possível iniciar manualmente nas configurações e escolher entre várias modalidades, tanto terrestres quanto aquáticas, já que ela tem resistência à água de até 5 ATM.
A capacidade de monitoramento da smartband é ótima e ela consegue identificar com precisão cada atividade, mesmo as que são iniciadas automaticamente. É importante destacar que ela não tem GPS, então é necessário sempre andar com o celular que está pareado à Mi Band para manter salvo os dados de trajeto no aplicativo.
Para acompanhamento de saúde, ela tem oxímetro, monitor cardíaco, medidor de pressão arterial e nível de estresse. Para o monitoramento noturno, ele consegue identificar cada etapa do sono, como sono leve, profundo, REM e tempo acordado. Achei o monitoramento um pouco diferente do que estou acostumado com o Galaxy Watch, mas pode ser que nas noites que usei, de fato, meu sono foi fora do normal.
Sistema e aplicativo
O app oficial da Xiaomi Smart Band 9 é o Mi Fitness e, nele, é possível configurar tudo do relógio, desde iniciar uma atividade até escolher watchfaces. Por falar nisso, as opções de design para a tela são limitadas, apesar de ter bastante opção.
Em gerações passadas, era possível customizar com mais facilidade o “papel de parede” ou o estilo do relógio, mas agora o usuário fica mais “preso” às opções que o aplicativo oferece. Não que isso seja um grande problema, afinal há inúmeras watchfaces disponíveis para uso, mas é importante destacar este ponto.
A Mi Band também não permite tocar músicas direto no pulso, como acontece com smartwatches mais completos, mas é possível usá-la para controlar uma reprodução do smartphone. Assim, se você quiser aumentar o volume ou trocar de faixa, não precisa tirar o telefone do bolso.
Outro ponto que pode ser um fator decisivo na hora comprar (ou não) esta smartband é a ausência de NFC. Assim, ela não pode ser para realizar pagamentos por aproximação.
A Xiaomi Smart Band 9 é uma pulsera inteligente completa e bem funcional: uma ótima companheira para suas atividades físicas ou até mesmo para monitorar seus dados de sono e saúde.
— Bruno Bertonzin
Bateria e carregamento
A Xiaomi Smart Band 9 tem uma bateria que permite um uso por vários dias. A marca promete que ele chega a 21 dias de autonomia, com tempo de carregamento de aproximadamente uma hora, com carregador magnético proprietário.
Estou usando a pulseira direto por oito dias e ainda restam 56% da primeira carga que fiz assim que a peguei. É importante considerar que uso o vestível o tempo todo e tiro apenas para tomar banho.
Assim, estou sempre usando seus recursos de monitoramento cardíaco e, principalmente, de sono. Quanto às notificações, ativei apenas para o app de e-mail, então não há tanto consumo em relação a esta função.
Dessa forma, é seguro esperar que ela chegue a pelo menos duas semanas de uso — ou 14 dias, aproximadamente. No entanto, para quem usa menos a pulseira, é possível ter uma autonomia maior.
Concorrentes diretos
A principal alternativa à Xiaomi Mi Band 9 no Brasil é o Galaxy Fit 3. Há alguns pontos que diferenciam bastante às duas, então é preciso entender quais são as suas prioridades na hora de comprar sua próxima pulseira inteligente.
A Samsung, por exemplo, tem uma tela maior — bem parecida com a Mi Band 8 Pro, por exemplo — e consegue exibir mais informações no display. O formato dela também agrada quem procura um relógio mais “clássico”, em vez de algo tão discreto quanto à Mi Band.
O modelo da Xiaomi, por outro lado, prioriza a duração bateria, já que a pulseira Galaxy promete “apenas” 13 dias de duração — contra 21 da chinesa.
Outra alternativa, principalmente se seu celular não for da Samsung, é a Huawei Band 9. Com um visual bem parecido com a Galaxy Fit 3, ela oferece bateria para até 14 dias de uso e também entrega uma ótima funcionalidade para monitoramento de saúde.
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Quanto ao preço, a Xiaomi Smart Band 9 custa entre R$ 300 e R$ 400 e o preço pode variar bastante por ser um modelo importado. Já a Galaxy Fit 3 é vendida, em média, entre R$ 300 e R$ 350 e tem garantia local. A Huawei Band, por sua vez, fica em torno de R$ 250 e R$ 300, mas o preço oficial no mercado brasileiro é em torno de R$ 310, com garantia nacional.
É importante destacar que a Mi Band 9 é vendida no mercado brasileiro de forma oficial, mas seu preço com a Xiaomi é R$ 460 — bem acima do preço da Galaxy Fit 3 ou Huawei Band 9.
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Vale a pena comprar a Xiaomi Smart Band 9?
No momento, não vale a pena comprar a Xiaomi Smart Band 9 pelo valor cobrado atualmente por ela. Ela até oferece um bom funcionamento e desempenho geral, mas seu preço está muito acima dos concorrentes, que oferecem mais versatilidade com uma tela maior.
Ainda assim, é importante destacar, a Xiaomi Smart Band 9 é uma ótima pulseira e, se seu preço cair para cerca de R$ 250, ela começará a fazer mais sentido.
Também é importante frisar que, se você já tem uma Mi Band 8 que funciona bem, o upgrade não faz sentido, já que as evoluções de uma para outra são quase imperceptíveis.