Review Samsung Odyssey OLED G8 | O monitor gamer 2K com Tizen
Por Jucyber • Editado por Léo Müller |
O monitor gamer Samsung Odyssey OLED G8 recebeu um dos maiores upgrades já visto em um periférico de uma geração para a outra. Ele tem entre seus destaques físicos a tela OLED com taxa de atualização de 175 Hz.
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Além disso, o produto se destaca por ser um aparelho que permite o uso em PC, mas também funciona de forma independente. E isso é graças ao sistema Tizen embutido nele, o que proporciona a experiência de um smart monitor premium.
Entretanto, será que todos esses diferenciais fazem do Odyssey OLED G8 a melhor opção de monitor gamer presente no mercado brasileiro? Confira a minha opinião na análise completa.
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Design e construção
Fisicamente, ele é muito bem estruturado. Seu suporte é em formato de “L”, com a base em metal e a haste em plástico reforçado. Nesse espaço, existe um buraco em formato de pílula para a passagem dos cabos, e isso ajuda na organização dos fios.
É importante ressaltar que o ajuste presente na base só altera a altura do campo de visão do monitor, e não faz movimentos para deixar a tela na vertical. Isso é compreensível, dado o tamanho do display.
No verso do monitor, tem um círculo parecido com o já utilizado em outros modelos da linha Odyssey, que serve para dar um detalhe a mais com iluminação RGB. Essa luz pode ser ajustada conforme a cor que você deseja, ou se adaptar ao conteúdo presente na tela.
Algo que me incomodou bastante foi o tamanho da fonte de energia. Sei que um monitor desse porte precisa de bastante carga para funcionar corretamente, mas a Samsung poderia ter pensado em uma solução para acoplar essas peças elétricas internamente no G8.
Processo de montagem e conexões
A montagem do Odyssey OLED G8 é mais simples do que parece. Na embalagem, a sul-coreana disponibiliza a tela, a haste e a base. Para juntar as partes do suporte, é preciso apenas parafusar os dois acessórios. Após, basta encaixar no verso do monitor, pois tem a alavanca de encaixe e remoção com apenas um clique.
Outra opção é utilizar o adaptador VESA incluso na caixa para acoplar o monitor em suportes de parede ou braços articulados. Isso ajuda a manter o espaço na mesa utilizável para outros fins, ou até mesmo para manter a sensação de minimalismo no setup.
Dentre as conexões, tenho um alerta: seus cabos usados no monitor anterior não servirão para o OLED G8. Isso se deve ao fato da Samsung ter reduzido as entradas para formatos compactos e mais modernos. Felizmente, a empresa fornece um cabo mini DisplayPort na caixa. Mas, no total, o monitor gamer tem essas conexões:
- 1x Mini DisplayPort;
- 1x Micro HDMI;
- 2x entradas USB-C;
- 1x adaptador de energia.
Tela curva OLED de 175 Hz: um exagero bem-vindo
O Odyssey OLED G8 tem tela curva, e isso ajuda na ergonomia, pois possibilita a um conforto maior na visibilidade do conteúdo presente no display sem dificuldades. Porém, o grande destaque deste produto está alicerçado em suas características gerais.
Ele tem display com painel OLED de 34 polegadas, em resolução 2K e taxa de atualização de 175 Hz. Esse conjunto precisa de um computador robusto para conseguir ter toda a potência explorada. O brilho é alto, mas sinto um pouco mais de saturação do que o necessário no display.
Para testar o Odyssey OLED G8, utilizei uma máquina que tem entre os seus componentes o processador Intel Core i9 13900K e a placa de vídeo Nvidia RTX 4070 ti. Pode ser algo exagerado, mas cria a “zona de conforto” que garante a fluidez total do monitor gamer.
Por se tratar de um produto focado em jogadores, para esse uso, ele é excelente. Seja em jogos de estratégia, ou até mesmo similares, como “Euro Truck Simulator 2”, a experiência de uso é fora do comum.
Os games se adaptam à proporção da tela, mas diversos programas, como o Google Chrome, ainda precisam de otimização para seguirem a mesma dinâmica. Isso é ruim, pois deixa as laterais da tela sem utilidade.
Algo que senti certa dificuldade foi na reprodução do som do computador pelos alto-falantes do monitor. Provavelmente é alguma incompatibilidade de drivers que não consegui corrigir, mas, usando o sistema embutido no aparelho, ficou notória a qualidade do som.
Os graves são envolventes, mas sem tanto exagero que abafe as outras frequências, mas senti falta de um pouco mais de agudos em alguns momentos. O volume é alto, e não há distorção no máximo.
É monitor ou smart TV?
Além da robustez física, o Odyssey OLED G8 se destaca por ter o sistema Tizen. Assim como o das smart TVs mais recentes da Samsung, a interface é completa, com diversas funcionalidades, incluindo o Gaming Hub.
A presença dessa plataforma garante a opção de usar o monitor sem a necessidade de um PC, pois é possível aproveitá-lo com jogos na nuvem, via Xbox XCloud. Para poder utilizar as opções presentes no sistema operacional com facilmente, a sul-coreana fornece na caixa do periférico um controle remoto.
Concorrente direto
No mercado brasileiro, não existem muitos modelos que batem de frente com o Odyssey OLED G8. Porém, o Alienware AW3423DW é a melhor alternativa de monitor gamer com painel OLED presente aqui no país e que compete diretamente com o periférico da sul-coreana.
A estrutura tem um aspecto mais futurista, seguindo o formato adotado pela marca gamer da Dell. Em relação às tecnologias embutidas, eles são equivalentes, pois possuem tela OLED curva de 34 polegadas e 175 Hz, mas o modelo da Alienware garante mais opções de conexão e as entradas são no formato padrão.
Um elemento que pode impactar fortemente na decisão de compra é o preço, pois o Alienware AW3423DW pode ser adquirido por R$ 10.300. Isso representa uma economia de quase R$ 1.700 em relação ao OLED G8.
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O Samsung Odyssey OLED G8 é o monitor gamer perfeito?
Definir o Samsung Odyssey OLED G8 como o monitor gamer perfeito seria um erro, mas ele é o que chega mais próximo desse adjetivo. Sua tela é fidedigna, seu formato curvo favorece a visibilidade de todo o ambiente dos jogos, mas o preço ainda pode ser um fator negativo.
Muita gente pode até pensar que a escolha mais inteligente seria comprar uma smart TV OLED, como a LG C2, para jogar e ainda ter uma plataforma de entretenimento. Porém, é preciso ter em mente que a construção de um monitor é toda pensada para garantir que o produto suportará a robustez dos PCs mais avançados.
Até porque, mesmo sabendo dos avanços tecnológicos embutidos em televisores com esse tipo de painel, não dá para inferiorizar um periférico desenvolvido para ser complemento em um setup gamer. Entretanto, é preciso ter em mente que o seu espaço precisa estar preparado para a grandeza desse monitor.
Mesmo instalando o OLED G8 na parede, é uma tela de 34 polegadas na sua frente. Por isso, toda a parte ergonômica do espaço precisa estar adaptada para o periférico. Entretanto, na minha opinião, quem pode investir R$ 12 mil em um monitor gamer, não terá problemas em fazer reajustes na estrutura que demandam um investimento muito menor.
Sabe-se que esse valor não é acessível a todos, e, considerando o crescente mercado de painéis OLED no Brasil, tenho a expectativa de que o preço do G8 caia. Então, caso o encontre na faixa dos R$ 8 mil ou, preferivelmente, menos, vale muito a pena.
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