A Philips Party Speaker 5000 (TAX5000/78) chega como uma nova alternativa dentro do nicho de “torres de som para festas”. Ela combina potência sonora razoável com visual chamativo e diversos recursos voltados para entretenimento, como karaokê, efeitos de luz e conectividade expandida.
Contudo, pode-se dizer que a parte mais interessante desse conjunto está no preço, que chega por um valor bem competitivo em relação à concorrência. O Canaltech testou a caixa de som e aqui respondemos se vale ou não a pena fazer o investimento:
Graves interessantes, apesar de pecar na definição
Contras
O som se distorce bastante em volume alto
Não se destaca frente à concorrência
Design e construção
A caixa tem um visual robusto, o que já chama atenção por si só. Com dois grandes woofers iluminados por LEDs RGB, podemos afirmar que o speaker tem “presença”, mas ainda não foge tanto do segmento de “torres para festas” que estamos acostumados.
Há 13 modos de luz que podem ser controlados diretamente na caixa ou pelo aplicativo Philips Entertainment. Para efeito de decoração, esses LEDs são sempre bem-vindos, mas é fato que também são grandes inimigos da autonomia da bateria.
Os efeitos são legais, dentro de um limite aceitável. No geral, achei as cores pouco impactantes e a sincronia com as batidas um tanto aleatória. Nesse quesito, o produto fica bem atrás de outros modelos do gênero, como a JBL PartyBox Encore 2.
Embora seja um equipamento grande, a mobilidade não foi deixada de lado: a TAX5000/78 tem rodinhas e uma alça traseira para facilitar o transporte. Vale ressaltar que a caixa também é bem leve de carregar na mão, mas por ser um item grande, acaba sendo meio desconfortável – reforçando o valor desse “design de mala”.
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A estrutura tem certificação IPX4, garantindo resistência a respingos e possibilitando o uso em áreas externas. Contudo, tenha em mente que já é uma resistência “fraca” para os padrões atuais, então não dá para exagerar. O ideal é deixá-la longe de piscinas e da chuva.
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Philips Party Speaks 5000 series
Gabriel Furlan Batista/Canaltech
A caixa é grande, mas é leve e fácil de carregar por aí. Já a iluminação deixa a desejar, especialmente em modo de sincronia com a música.
— Renato Moura Jr.
Qualidade de som
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A Philips aposta nos graves como protagonista, mas ainda traz uma performance limitada em termos de qualidade. Seus 1800 W de potência somados ao recurso Bass+ reforça a presença do baixo de forma agressiva, ideal para gêneros como funk, eletrônica, rap e pop.
Graves são importantíssimos para uma caixa de som nesse estilo, especialmente para garantir impacto nas batidas. Isso a TAX5000/78 até entrega, mas é na definição do som que ela peca. Em seu volume máximo (que não chega a ser muito alto), o áudio não fica limpo, assumindo um aspecto meio “estourado”. Isso acaba pesando muito para quem for mais exigente.
A própria Philips informa até 10% de distorção em volumes muito altos — um indicativo de que o som perde precisão. Em ambientes grandes ou festas, isso até pode passar despercebido no calor do momento, mas como seu volume não é tão alto, seu uso nessas circunstâncias acaba se limitando exclusivamente ao máximo, deixando evidente essas limitações.
Conectividade e funções extras
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O modelo é bastante versátil. Ele conta com Bluetooth 6.0, entrada USB, conexão auxiliar e suporte para microfone e guitarra, permitindo transformar a caixa em palco ou sistema de karaokê. Tudo isso pode ser facilmente acessado na parte superior da torre, trazendo uma usabilidade bem intuitiva.
Há controles dedicados para eco, volume e efeitos de voz, o que pode ser bem útil para quem usar o produto para apresentações ou diversão em grupo. Outro diferencial é a compatibilidade com TWS e Auracast, que permitem emparelhar outra unidade da TAX5000/78 e criar um sistema estéreo ou distribuído pelo ambiente.
Dentro da sua faixa de preço, é um conjunto de recursos bem interessante – especialmente o Auracast, o que possibilita criar um sistema amplo de som por um valor bem abaixo do normal.
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Bateria e autonomia
A bateria integrada rende até 14 horas de reprodução, de acordo com a Philips. Esse número tende a variar conforme o volume, os efeitos de luz e o uso de microfones. O tempo de recarga é de aproximadamente quatro horas e o usuário pode continuar utilizando o produto normalmente mesmo com ele conectado à tomada.
Em nosso teste padronizado (quatro horas de reprodução com volume em 50% e LEDs desligados), a caixa consumiu cerca de 30% da sua bateria; a partir disso, podemos afirmar que a estimativa da Philips está correta e o modelo realmente entrega 14 horas de autonomia nessas circunstâncias. Já em um teste com volume no máximo e LEDs ligados, a bateria aguentou apenas cinco horas.
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Com Auracast e Bluetooth 6.0, a TAX5000/78 traz um conjunto interessante de recursos para sua faixa de preço.
— Renato Moura Jr.
Experiência geral
A TAX5000/78 foi projetada com foco total em diversão. Quem busca um sistema de som sério, discreto e refinado pode não encontrar o que procura neste produto. Para festas, shows improvisados, karaokê entre amigos ou trilha sonora de impacto, ela entrega o que promete: volume razoável, graves fortes e um visual capaz de animar o ambiente.
O aplicativo complementar é útil, mas seria mais interessante ter mais controles físicos na própria caixa. Ainda assim, a combinação de portabilidade, potência, autonomia e recursos faz dela uma opção interessante na sua categoria.
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Principais concorrentes
No mercado brasileiro, a Philips Party Speaker 5000 encara concorrentes fortes. A JBL traz os modelos mais poderosos do segmento, mas não seria justo comparar a TAX5000/78 com alguns dos mais recentes. Pode-se dizer que a JBL PartyBox 310 estaria mais próxima, mas já é um modelo fora de linha.
Sua sucessora, a 320, acaba ganhando em basicamente tudo: qualidade de som, recursos extras, conectividade etc. Contudo, ela faz jus ao segmento premium, custando em média R$ 3.000 – valor muito mais alto que a alternativa da Philips.
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A Sony MHC-V43D é outro nome de peso, com excelente clareza sonora e efeitos direcionais, embora o design seja mais tradicional e menos chamativo. A Sony também é referência em dispositivos de áudio, o que justifica o preço da caixa, que flutua de R$ 3.000 a R$ 4.000 – ainda mais caro que a JBL!
Alternativamente, também temos a Aiwa AWS-T2W-02, um modelo que já é considerado mais acessível. Os recursos são bem semelhantes aos vistos na TAX5000/78, mas o preço praticamente dobra, saindo por cerca de R$ 1.800. Esses exemplos reforçam que, ao menos em termos de preço, o modelo da Philips é imbatível.
Vale a pena?
A Philips Party Speaker TAX5000/78 é uma boa escolha para quem quer transformar qualquer ambiente em uma mini balada. Não é uma caixa minimalista ou discreta — é feita para chamar atenção, tocar música alta e animar a galera.
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Por mais que ela não se destaque em praticamente nenhum recurso que entrega, é fácil dizer que ela ainda tem um preço muito justo para aquilo que oferece. Saindo na faixa dos R$ 700, esse é um modelo para quem não é tão exigente com qualidade de áudio e não quer gastar uma fortuna com alternativas mais potentes.