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Review Lenovo Legion Slim 7 | Um excelente e caro notebook

Por| Editado por Léo Müller | 11 de Fevereiro de 2022 às 09h06

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Review Lenovo Legion Slim 7 | Um excelente e caro notebook
Review Lenovo Legion Slim 7 | Um excelente e caro notebook

O legion slim 7 é um dos notebooks gamer da Lenovo lançado no final de 2021. Com muitas versões disponíveis, essa linha se destaca por utilizar os processadores da AMD em sua construção, além de prezar bastante pela performance e desempenho.

Tive a oportunidade de testar o dispositivo topo de linha e já adianto: ele é excelente. Porém, como nem tudo é perfeito, seu preço pode estar muito acima da expectativa dos usuários, já que existem outros concorrentes mais baratos disponíveis.

Mas afinal de contas, o legion slim 7 vale a pena? Pude testá-lo por três dias seguidos e venho trazer a minha experiência de uso. Confira na nossa análise.

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Design, Construção e Conectividade

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O Legion Slim 7 é um notebook construído com materiais premium, e isso fica evidente quando o vemos pela primeira vez.

Feito em alumínio, o dispositivo foge do plástico comumente utilizado na maioria das máquinas dessa categoria. Ele também foi o modelo mais leve que testei recentemente, algo que me agrada bastante.

  • Dimensões: 18,9 x 356 x 252 mm;
  • Peso: A partir de 1,9 kg.

Por ser um pouco mais fino que outros produtos semelhantes a ele, achei prático transportá-lo na mochila, mesmo que a fonte acabe sendo item obrigatório quando falamos sobre notebooks para jogos. Seu preço gira em torno dos R$ 18.000, o que considero um pouco alto se levarmos em conta sua configuração.

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Sei que estamos falando de um produto topo de linha, mas, ainda assim, acredito que essa questão deveria ser melhor pensada pela fabricante.

Logo quando abrimos o S7, notamos a presença de uma webcam simples, com resolução de 720p. A tela tem 15,6 polegadas, e o teclado é do tipo ABNT com retro iluminação.

Na parte traseira, ficam as entradas e saídas do fluxo de ar, garantindo que ele fique dentro do limite de temperatura correto. Na parte das conexões, temos a disponibilidade do Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.1.

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Por fim, temos os seguintes conectores e entradas:

  • Botão de liga/desliga com leitor de digitais;
  • 2 portas USB-C 3.2 Gen 2 (transferência de dados, Power Delivery 100 W e DisplayPort 1.4);
  • Entrada para fone de ouvido e microfone do tipo P2;
  • Leitor de cartão;
  • 2 portas USB-A 3.2 Gen 2;
  • Entrada de energia.

Tela

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A tela do Slim 7 é do tipo IPS e tem 300 nits de brilho, dos quais considerei suficientes mesmo usando no máximo.

Sou o tipo de usuária que gosta que a imagem esteja clara o suficiente para que eu consiga enxergar tudo adequadamente e não, eu não tenho nenhum problema de visão, sendo essa somente uma preferência pessoal minha.

Também não percebi nenhum vazamento de luz nos testes que fiz, mesmo quando coloquei alguma imagem bem escura em um ambiente com baixa iluminação. Os fãs de jogos de terror agradecem.

As 15,6 polegadas com resolução full HD (1920 x 1080) entregam boa qualidade de imagem e tonalidade das cores, além de contar com a presença da tecnologia “Dolby Vision”. Joguei bastante nele enquanto estava comigo e posso dizer que a imersão foi excelente.

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A taxa de atualização é de 165 Hz, ideal para quem procura um dispositivo voltado para os games, já que quanto maior o número, mais rápida a imagem é atualizada, e o usuário não corre o risco de perder o inimigo antes da hora.

Lembrando que, para aproveitar 100% do potencial dessa parte, é necessário que a GPU também consiga gerar essa mesma quantidade de quadros.

Por fim, há a disponibilidade das tecnologias Freesync (AMD) e G-Sync (Nvidia), responsáveis por sincronizar o monitor com a placa de vídeo, evitando qualquer tipo de rasgo ou quebra das imagens enviadas.

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Teclado e Touchpad

O teclado utilizado no Legion S7 tem boa qualidade no geral. Apesar das teclas serem baixas, ele é bastante confortável para o uso do dia a dia. Preciso ser honesta que, quando o assunto é jogar, eu costumo utilizar um teclado mecânico para isso, já que o considero mais apropriado para essa situação.

Porém, preciso dizer que não notei quaisquer dificuldades durante as partidas ou desconforto ao usar o teclado do dispositivo. Ele também é padrão ABNT, algo que considero imprescindível no quesito praticidade. Acho muito desagradável ter que me adaptar a outro padrão enquanto digito, logo, ponto positivo para o S7.

O touchpad também é confortável, mas precisamos ser honestos: não foi feito para jogar. Todavia, isso não quer dizer nada, já que ele é excelente para a navegação, é sensível ao toque e traz conforto quando o mouse não está por perto.

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Assim como o teclado, eu também utilizo um mouse específico para jogos e aconselho que, mesmo com a compra do dispositivo, o usuário também considere utilizar esses acessórios separadamente. Ele também é retroiluminado, ficando a cargo do usuário decidir de que forma ele será personalizado durante o uso.

Configuração e Desempenho

Antes de começarmos esse tópico, vale ressaltar que a linha Lenovo Slim 7 conta com quatro configurações distintas. A que falaremos nessa análise possui as seguintes características:

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  • CPU: Ryzen 5900HX;
  • GPU: GeForce RTX 3060 6 GB;
  • Memória RAM: 32 GB (2 módulos de 16 GB cada, 3200 MHz);
  • SSD de 1 TB M.2 (2280) PCIe NVME.

O restante delas — bateria, fonte, tamanho de tela, áudio, webcam, etc — são exatamente as mesmas em todas as outras versões. Dito isso, vamos ao que interessa.

Processador

O 5900HX é um dos processadores mais potentes da atualidade. Ele faz parte dos chips de notebook oferecidos pela fabricante — com a disponibilidade do AMD Radeon Graphics —, sendo a Zen 3 (mais recente) a arquitetura utilizada na construção desse modelo.

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Com 8 núcleos e 16 threads, essa CPU consegue rodar boa parte dos jogos da atualidade, sem nenhum problema. Mesmo em games que utilizam mais o processador, ele ainda se mostrou suficiente e equilibrado nessas situações. Sua velocidade vai de 3,3 a 4,6 GHz, números bastante consideráveis para esse tipo de componente.

GPU

A GPU — uma RTX 3060 de 6 GB — também tem desempenho de sobra para as atividades, além de fazer parte da linha mais recente lançada pela Nvidia, com a tecnologia Ray Tracing.

Explicando de forma resumida, o Ray Tracing é um método de renderização que simula, em tempo real, efeitos mais reais de sombreamento e luz, entregando maior imersão, naturalidade e qualidade visual aos jogos.

Nos testes que realizei no Call of Duty: Warzone, por exemplo, obtivemos uma média de 162 FPS na configuração de qualidade ultra, resolução full HD (1920 x 1080) com e sem o DLSS ativado.

Já no Resident Evil: Village, mantive a média de 90 a 140 FPS, seguindo as mesmas características do teste anterior, o que claramente mostra o nível de performance da 3060.

Controle de temperatura

Indo para a parte de temperatura, preciso dizer que me impressionei com os números que o Lenovo apresentou. Normalmente, os notebooks gamer costumam sofrer bastante com esse problema, já que os componentes são instalados em um espaço pequeno e, naturalmente, muito quente.

Porém, mesmo nas situações descritas acima, a temperatura máxima atingida pelo processador e placa de vídeo foi de 65 e 70 graus, respectivamente. Números mais que favoráveis quando falamos desse tipo de produto, mostrando a eficiência do sistema de refrigeração do produto.

Lembrando sempre que só utilizo esse tipo de dispositivo em superfícies em que a entrada e saída de ar não sejam bloqueadas.

Memória RAM

Os 32 GB de memória RAM é outro ponto alto do dispositivo, já que está acima do necessário mesmo para tarefas mais pesadas. Para se ter noção, a maioria dos games da atualidade exigem, em média, que a máquina tenha em torno de 16 GB de RAM para “rodar” tudo adequadamente.

Logo, o total disponibilizado no S7 é mais que suficiente e entrega um excelente espaço para trabalho no dia a dia, independente do que estiver sendo executado.

Por fim, posso dizer que a fabricante acertou na construção do Legion, já que desempenho e performance são, além de percebidos, comprovados na usabilidade do dia a dia.

Sistema de Som

O sistema de som do Lenovo Slim 7 é modesto, mas entrega qualidade razoável para ouvir músicas e jogar alguns títulos mais assustadores. Digo isso, pois essas duas questões costumam ser pontos-chave quando falamos sobre áudio e sobre como eles se comportam nessas situações.

Existem alguns dispositivos que são muito bom para músicas, mas costumam não ser tão legais em jogos, principalmente na parte da imersão durante a experiência do game.

E o contrário também é válido. Recentemente testei o G15, da Dell, e tive exatamente essa sensação: o som nos jogos era excelente, mas as músicas acabavam devendo em vários quesitos.

São disponibilizados dois alto-falantes de 2 W cada, com bom nível de volume. Classifico como algo dentro da média, já que ele não é nem alto e nem baixo demais.

Reparei também que, mesmo quando estava no máximo, ele não perdia a “potência” dos graves, das batidas e dos sons de alta frequência, mas precisamos ser transparentes: notebook não é um dispositivo voltado para essa questão, apesar de cumprir bem com o seu propósito.

Bateria e Carregamento

Primeiramente, é importante salientarmos que, quando falamos desse tipo de dispositivo, precisamos considerar que ele não foi feito para ser utilizado fora da tomada, já que sua performance é drasticamente diminuída.

Por ser construído focado no desempenho, as partes precisam, obrigatoriamente, de bastante energia para conseguir entregar 100% do potencial.

É claro que existe a possibilidade do usuário transportar a máquina sempre que precisar, afinal de contas, uma das maiores praticidades que o notebook entrega é essa: ter um computador suficientemente potente para jogar em qualquer lugar, mas isso não exime a necessidade de que ele esteja ligado à tomada.

Logo, entendendo todas essas questões, posso afirmar que a tarefa de levar o notebook e a fonte juntos não é tão incômodo assim. Eles, dentre outros modelos de produtos semelhantes que já testei, foram o conjunto mais leve de todos.

Autonomia fora da tomada

Entretanto, conhecimento a mais nunca é demais, não é mesmo? Logo, eu testei quanto tempo o S7 funcionaria em uso intenso sem estar conectado à energia.

Ao todo, foi somente 01h30 de autonomia para que a bateria se esgotasse, reforçando o que dissemos anteriormente: notebooks gamer são verdadeiros computadores de mesa, sem exceção.

Concorrentes Diretos

Como eu disse mais acima, recentemente testei o G15, da Dell, e posso considerá-lo como um dos concorrentes diretos do Slim 7, existindo poucas diferenças entre os modelos. Nele, temos um Ryzen 7 5800H, processador com performance um pouco abaixo do disponibilizado no modelo da Lenovo.

Há também menos memória RAM e espaço de armazenamento na versão entregue pela marca americana, já que são 16 GB / 512 GB contra os 32 GB / 1 TB oferecidos pela fabricante chinesa. Mas existem também muitas coincidências entre os dispositivos, começando pela placa de vídeo.

A RTX 3060 de 6 GB é a GPU usada nas duas versões. O tamanho, tipo e taxa de atualização da tela também são os mesmos: 15,6 polegadas, painel do tipo IPS e 165 Hz, respectivamente.

Porém, apesar da diferença entre as CPUs, posso afirmar que o desempenho entregue pelas máquinas é bastante semelhante, já que atingem taxas de FPS muito parecidas entre si.

Preços do Lenovo Slim 7 e Dell G15

A única questão que me agrada mais no G15 do que no Slim 7 é o preço. Enquanto encontramos o primeiro por R$ 9.400, aproximadamente, o Lenovo fica na casa dos R$ 18.000. Algo que, na minha opinião, não está dentro do seu real valor de mercado.

Entendo que houve empenho da fabricante no desenvolvimento, construção e acabamento — além da performance ser um ponto-chave da máquina —, mas quando encontramos notebooks com desempenho parecidos pela metade do preço, acho que valeria a pena reconsiderar esse ponto.

Conclusão

Encerro essa análise com a mesma opinião do início do texto: o Legion S7 é um notebook excelente, com ótima configuração, design e construção, mas seu preço é um dos pontos que mais “desanimam” na hora da compra.

Entendo que a crise de chips afeta toda a cadeia de produção do dispositivo, bem como a disponibilidade das partes e peças no mercado, mas quando encontramos concorrentes com produtos de performance parecida pela metade do preço, fica a dúvida do porquê o Lenovo seria (ou não) a melhor opção.

Apesar de a proposta do notebook ser muito interessante, principalmente por ser uma máquina mais fina e confortável de transportar, o usuário precisa estar preparado para desembolsar um bom dinheiro nesse produto.

Concluindo, considero o Legion um excelente notebook, mas o preço pode ser um ponto a se considerar antes de adquiri-lo.