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Review Apple Watch Series 7 | Mesmo design, mas com tela maior

Por| Editado por Léo Müller | 08 de Junho de 2022 às 17h45

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Review Apple Watch Series 7 | Mesmo design, mas com tela maior
Review Apple Watch Series 7 | Mesmo design, mas com tela maior

O Apple Watch Series 7 é, como seu nome indica, a sétima geração dos relógios inteligentes da Maçã. Sem grandes novidades, o destaque fica para a nova tela, que aproveita os tamanhos maiores de caixa e menos bordas para oferecer mais conteúdo no visor.

E as inovações param por aí. Além do novo chip de sétima geração para smartwatches, o Watch Series 7 é, basicamente, uma versão com mais tela de seu antecessor. São os mesmos recursos de monitoramento, incluindo a checagem de oxigênio no sangue.

Mas será que pode ser uma boa opção para quem ainda não tem um smartwatch? Descubra nos parágrafos a seguir, nos quais eu conto minha experiência com o Apple Watch Series 7 e explico mais sobre a proposta e o que ele oferece.

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Design e Construção

O Apple Watch Series 7 traz algumas pequenas mudanças no quesito design, quando comparado às versões anteriores. Agora, o dispositivo traz caixas de 41 mm ou 45 mm, no lugar das opções de 40 mm ou 44 mm.

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Em construção, a mudança é a presença de uma proteção contra poeira, sob a certificação IP6X. Os antecessores são todos à prova d’água, apenas, característica que se mantém inalterada: você pode mergulhar com o Series 7 a até 50 metros de profundidade.

Outra novidade é a tela de “cristal mais resistente a rachaduras”, segundo a Apple. Essa opção só está disponível nos modelos de aço inoxidável e titânio, enquanto o de alumínio mantém a tela de Íon X.

E o resto se mantém igual, com uma caixa quadrada em três materiais de acabamento e até cinco opções de cores para a pulseira. O encaixe é o mesmo, e você deve conseguir aproveitar braceletes extras de outros modelos no novo, apesar da diferença no tamanho da caixa.

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Tela

As mudanças em display são mais na questão física do que em visibilidade. O Apple Watch Series 7 tem tela maior que os antecessores, pois além da caixa ter aumentado, as bordas foram reduzidas. No total, o visor é 20% maior na sétima geração do que era nas três anteriores.

Uma vez que a Apple não divulga o tamanho em polegadas, só podemos confiar na palavra da própria empresa em relação ao aumento. De fato, as bordas são bem menores agora. Mas, para ser sincero, eu não senti nenhuma grande mudança no uso em si.

Claro que com o display maior, cabem mais itens no visor, e fica mais fácil para interagir com a tela sensível ao toque. Mas não achei uma novidade grande o bastante para justificar que você troque seu modelo de quarta, quinta ou sexta geração pelo de sétima.

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A resolução aumentou um pouco. A caixa de 45 mm tem 396 x 484 pixels (são 368 x 448 pixels nos anteriores). Já a de 41 mm ficou com 352 x 430 pixels (os anteriores têm 324 x 394 pixels).

No mais, é um visor excelente para um smartwatch, com qualidade de imagem que nem mesmo os principais concorrentes da Samsung chegam perto, ainda. No mais, a tela Retina Sempre Ativa OLED de LTPO com 1.000 nits de brilho foi mantida da geração seis.

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Configuração e Desempenho

O novo chip S7 SiP embarcado no Watch Series 7 é, segundo a própria Apple, até 20% mais veloz que o processador da quinta geração. Por algum motivo, a companhia só divulgou a diferença do S7 para o S5, presente no Apple Watch SE, e nada sobre o S6.

Seja como for, processamento não é um problema comum em smartwatches. Todos os modelos que testei da Apple apresentam desempenho bem superior ao necessário para lidar com as tarefas do dia a dia, que são apenas processos mais simples.

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Claro que podem existir relógios inteligentes com processamento insuficiente, mas aí vai depender mais da marca, mesmo. Os da Apple são garantidamente rápidos, e duram bastante tempo.

Tanto que o Series 3 só vai deixar de receber atualização de sistema quatro anos depois de chegar ao mercado. E nem tanto porque o desempenho será insuficiente, mas sim porque a Apple prefere garantir uma sobra em seus dispositivos. Então o Series 7 deve ser bom, no mínimo, até 2026.

Usabilidade

Para quem está habituado ao iOS, o watchOS segue uma lógica bastante parecida. Atalhos no topo da tela para voltar ou cancelar ações são comuns no Apple Watch Series 7, que só tem dois botões físicos. Ou seja, boa parte da navegação é pelo display, mesmo.

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No mostrador do relógio, pressionar a coroa digital abre a lista de aplicativos, enquanto a mesma ação em outras telas faz o smartwatch retornar à tela inicial. Você pode girar a coroa para cima ou para baixo para descer ou subir a tela. O outro botão mostra os apps recentes.

Há alguns gestos no mostrador do relógio. Deslizando para baixo, você acessa as notificações. Para cima, abre algumas configurações rápidas, com atalhos tocáveis para ver mais opções. Deslizando para os lados, é possível alternar o estilo do mostrador, desde que você tenha mais de um configurado no app Watch do iPhone.

Acompanhamento Físico

O Watch Series 7 pode ajudar a acompanhar atividades físicas e também um pouco da sua saúde. O relógio possui sensor cardíaco elétrico com ECG, sensor cardíaco óptico e sensor de oxigênio no sangue.

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Além disso, o dispositivo conta seus passos e faz uma estimativa das calorias gastas ao longo do dia. E ainda tem uma série de recursos bacanas para trilha, alpinismo e esportes afins, como bússola, GPS, altímetro e acelerômetro.

Também há um aplicativo para monitorar o seu sono, mas o watchOS só faz uma espécie de contagem do tempo em que você dorme. O app ainda tem notificações para avisar que é hora de se preparar para dormir e tem alarme para ajudar a acordar de maneira suave.

O relógio ainda permite monitorar batimentos cardíacos e outros detalhes de atividades físicas. Entre elas, estão caminhada, corrida, bicicleta, natação, ioga e dança. Há vários outros, mas para que o registro seja feito corretamente, você deve iniciar o monitoramento manualmente no app Exercício.

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Eu fiz uma atividade de bicicleta ao ar livre com o Apple Watch Series 7 no pulso. O relógio reconheceu que havia alguma atividade em curso, mas registrou como caminhada ao ar livre. Ou seja, é necessário informar manualmente o que você vai fazer, além do início e fim do exercício.

A partir da versão do watchOS 9, o acompanhamento do sono será mais completo, com registro dos estágios do seu sono.

Para as mulheres, o Apple Watch Series 7 também oferece um app para acompanhamento do ciclo menstrual.

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Conectividade

Como é comum em smartwatches, o Series 7 da Apple também possui dois modelos de conectividade. Ambos podem se conectar via Wi-Fi, mas apenas um possui suporte às redes móveis, podendo se conectar ao 4G.

No caso do Watch Series 7, o Wi-Fi é dual-band, ou seja, dá para se conectar tanto a redes de 2,4 GHz quanto às mais velozes de 5 GHz.

E ainda tem o Bluetooth, na versão 5.0. Esta é a maneira com a qual o relógio vai parear com o seu iPhone, transmitindo alguns dados e também recebendo notificações. O modelo com 4G pode fazer tudo isso de maneira independente, e inclusive encaminhar as chamadas do telefone para o smartwach.

Bateria e Carregamento

O principal ponto de críticas no Apple Watch é a sua duração de bateria. O relógio tem estimativa de ficar 18 horas longe da tomada, segundo testes da própria empresa.

Eu testei outros modelos aqui pelo Canaltech, e todos conseguiram tempo um pouco maior, podendo ser usados por até dois dias sem grandes problemas. Desde que você não use tanto, ou seja, se ele ficar apenas como um monitor no seu pulso e relógio para checar as horas.

Não foi o que observei com o Watch Series 7. Me pareceu que ele tem duração um pouco menor que seus antecessores. No primeiro dia, que eu mantive a tela sempre ativa ligada, o dispositivo chegou a 50% de carga antes da hora de eu ir dormir (foi tirado com 100% por volta do meio-dia).

Depois de desligar a tela sempre ativa, a duração aumentou um pouco. Mas teve mais de um dia em que o relógio desligou durante a noite, sem carga. Ou seja, as 18 horas parecem ser compatíveis com um uso mais leve, e não com um uso mediano, como acontece com as outras gerações.

Seja como for, é recomendado que você deixe seu smartwatch carregar um pouco pelo menos duas vezes por dia. Dá para deixá-lo no carregador na hora de tomar banho e talvez logo ao levantar (ou pouco antes de dormir, dependendo da sua rotina de higiene).

O ponto positivo é que a recarga é bem rápida. Cronometrei uma hora quase cravada para o preenchimento de 0% até 100% usando o carregador que vem na caixa. Que é uma base magnética com a outra ponta em um conector USB-C. Quem tem um computador da Apple não terá problemas para fazer a recarga.

Concorrentes diretos

Os relógios da Apple só concorrem entre si e com os modelos da Samsung, atualmente. Mas a Maçã é esperta e para de produzir a geração anterior quando lança uma nova, e assim consegue evitar queda de preço muito grande de seus produtos.

Você ainda consegue encontrar o Watch Series 6 à venda. O modelo de 40 mm pode ser encontrado na faixa dos R$ 2.500, enquanto o de 44 mm salta para R$ 3.200. Considerando que os preços da sétima geração costumam ficar acima de R$ 3.000 pelo modelo de 41 mm, vale a pena o antecessor.

Mas se você não tem um iPhone, é melhor partir para uma opção compatível com celulares Android. O Galaxy Watch 4 é uma boa opção, ainda mais agora que a Samsung passou a adotar o Wear OS, com muito mais opção de aplicativos extras para instalar.

O preço dos modelos da Samsung variam dependendo do modelo e tamanho. O mais em conta é o Watch 4 de 40 mm, que fica menos de R$ 1.000. O Watch 4 Classic de 46 mm salta para R$ 1.800.

Apple Watch Series 7: vale a pena?

Não há muita novidade no Apple Watch Series 7, que traz apenas a tela maior, com bordas reduzidas e caixas aumentadas. Não há nenhum grande recurso para destacar nesta geração.

Os smartwatches da Apple seguem na lista dos melhores do mercado atualmente, com recursos bastante completos. E mantêm a limitação de se conectar apenas a iPhones, exigindo que você esteja no mundo da Maçã também com o telefone.

Porém, a pouca inovação dá indícios de que talvez seja melhor parar com os lançamentos anuais e talvez soltar novos relógios inteligentes a cada dois ou até três anos. Assim as equipes de pesquisa e desenvolvimento ganham mais tempo para trazer novidades ao dispositivo.

Dito isso, eu não trocaria nem mesmo um Apple Watch de terceira geração pelo de sétima agora. A gente sabe que vai sair a oitava geração no final de 2022, e dá para esperar isso acontecer para pagar um preço melhor no Series 7. E aí mantê-lo por quatro anos, também.

Agora, se o seu caso é o de quem não tem um Apple Watch ainda, ou perdeu um que já tinha, começar com a sétima geração pode ser uma boa, sim. Mas antes de definir, recomendo uma leitura no comparativo do Apple Watch Series 7 com o Series 6.