Notebooks da ASUS ficarão mais caros por causa da escassez de memória RAM e SSD
Por Raphael Giannotti • Editado por Jones Oliveira |
Os preços das memórias RAM, SSDs e HDDs começaram a disparar em todo o mundo por conta da escassez desses componentes, causada pela altíssima demanda por data centers de IA e nuvem. Por causa disso, fabricantes de PCs, como a ASUS, já estão anunciando que os preços de computadores e notebooks vão aumentar.
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Em entrevista ao Liberty Times de Taiwan, Samson Hu, co-CEO da ASUS, confirmou o aumento de preços, que pode muito bem afetar outras fabricantes, já que se uma das maiores do mundo não está isenta ao efeito negativo, quanto mais as menores.
"Para a definição dos preços dos canais de distribuição, a ASUS levará em consideração os custos, os parceiros de distribuição e a demanda dos consumidores, e então ajustará o mix de produtos e os preços dos produtos de acordo com isso", disse Hu.
Efeito em cascata não deixará ninguém de fora
Na prática, esse aumento de DRAM e NAND, repassado pelas fabricantes às marcas, chegará ao consumidor em algum momento. E quanto mais módulos de memória RAM, ou SSDs de tecnologia mais moderna nas máquinas, maiores as chances de um aumento mais acentuado, algo que pode impactar também nas vendas dos aparelhos, uma verdadeira reação em cadeia.
Isso deve acontecer, se a situação atual não mudar, e segundo executivos do ramo, ela não mudará tão cedo. O CEO da Phison, por exemplo, afirmou que a escassez ainda deve piorar no próximo ano, ou seja, não vimos ainda o pico negativo de toda essa situação.
Já o presidente da Adata alerta para uma escassez histórica. Para ele, o motivo seria os pedidos desses componentes em uma escala que as fabricantes de NAND e DRAM não previram. A Samsung, por sua vez, já teve que aumentar os preços dos contratos de forma retroativa por conta disso.
Para o consumidor, os preços já começaram a subir significativamente e algumas lojas já estão até limitando a venda de memória RAM e SSDs por cliente, já que os estoques estão baixos. Está difícil ver uma luz no fim desse túnel.
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Fonte: Liberty Times