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Venda da Oi pode elevar preço a consumidores em 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Dezembro de 2021 às 19h03

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(Imagem: Oi, Claro, Tim e Vivo/Montagem: Kris Gaiato)
(Imagem: Oi, Claro, Tim e Vivo/Montagem: Kris Gaiato)
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Os 41 milhões de clientes de telefonia móvel da Oi, que representam cerca de 16% dos usuários do país, passarão a ser clientes da Claro, da TIM ou da Vivo em 2022. Isso porque a operadora está em recuperação judicial e espera finalizar a venda para as concorrentes no primeiro trimestre do ano que vem.

A operação ainda está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência, e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Oi é a companhia que, tradicionalmente, pratica os menores preços do mercado.

De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), conduzido entre 10 e 17 de novembro, o preço da Oi por gigabyte chega a custar até um quinto do valor das concorrentes em São Paulo em planos pré-pagos. Sua saída do segmento aumenta a concentração e, segundo especialistas, pode levar a alta de preços de pacotes pré e pós-pagos.

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Um pedido do Idec foi encaminhado pelo Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (Cdust) ao Conselho Diretor da Anatel. O documento solicita que a diferença de preços entre nas condicionantes de venda da Oi Móvel.

A agência diz que o conselho vai deliberar sobre o tema. "Há uma grande preocupação que o serviço de telefonia móvel, reconhecido como essencial durante a pandemia, deixe de ser acessível”, destaca Diogo Moyses, coordenador de telecom do Idec. “Achamos que deve haver um período razoável de garantia de preço."

Termos da negociação

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Ricardo Morishita, conselheiro do Cdust e professor de direito do consumidor, lembra que já está garantido pela Anatel que clientes da Oi insatisfeitos com a troca da operadora podem levar seus números para outra empresa, sem ônus. "Esse processo terá de ser monitorado de perto pela Anatel para garantir a todos os clientes da Oi Móvel uma informação clara sobre a negociação", aponta.

Para Moyses, do Idec, a situação é mais preocupante nas cidades em que a Oi é a única operadora. Dados da consultoria Teleco, especializada no setor, indicam que a Oi opera sozinha em 49 municípios: 38 em Estados do Centro-Oeste e o restante no Nordeste. Pela Anatel, são 43 cidades.

Claro, TIM e Vivo não comentam o tema, mas Eduardo Tude, presidente da Teleco, lembra que os planos atuais da Oi devem ser mantidos ainda por um período após a conclusão da negociação. “A médio prazo, porém, o mercado fixará os preços, como acontece no resto do Brasil", diz.