Startup Lastlink movimenta mais de R$ 31 milhões com monetização de conteúdos
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 14 de Outubro de 2021 às 21h30
Fundada em agosto de 2020, a Lastlink tem a proposta de facilitar o gerenciamento de assinaturas e pagamentos em ferramentas como Instagram, WhatsApp e Telegram. A startup já ajudou mais de 2,1 mil criadores, segundo seus próprios números. “Já alcançamos mais de 550 mil clientes e o valor transacionado já ultrapassou R$ 31 milhões”, declara Ank.
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A proposta da empresa é permitir que produtores de materiais autorais, cursos, vídeos, fotos e outros obtenham receita com esses conteúdos. “Queremos que qualquer empreendedor ou entusiasta nas redes sociais saiba que é possível profissionalizar sua atuação online e convertê-la em dinheiro”, explica Michel Ank, CEO da Lastlink.
Um estudo recente do Influencer Marketing Hub estima que dos mais de 50 milhões de criadores de conteúdo em todo mundo, 96% não se consideram profissionalizados. O objetivo da companhia é possibilitar que os autores se preocupem apenas com a elaboração de material e a captação de clientes.
Um dos formatos de monetização mais utilizados pelos criadores é o acesso a perfil privado no Instagram. Nesse modelo, a ferramenta dá permissão ao seguidor após o pagamento pela plataforma da startup. O mesmo ocorre com o Close Friends (Melhores Amigos): o perfil é público, mas produtos exclusivos são apresentados apenas a assinantes.
Outra opção são os grupos fechados em aplicativos de mensagens como o Telegram e o WhatsApp — muito comum em cursos, treinamentos e mentorias. Para ingressar na comunidade, o participante efetua o pagamento e recebe um link de acesso exclusivo.
O preço pode ser definido pelo autor, a partir de R$ 5. A plataforma cobra taxa de 9,99% sobre o que é transacionado. Em todas as modalidades, a inclusão e a exclusão de participantes são automáticas de acordo com a entrada (ou não) dos pagamentos.
Entrega de conteúdo
Um dos recursos da solução é o Lastlink Feed, uma área exclusiva para clientes, que permite o compartilhamento de conteúdos em diversos formatos, sem limitação de tempo. Além disso, possibilita o upload de posts já publicados em redes sociais.
A ferramenta ajuda a facilitar a entrega de conteúdo. “Com o Lastlink Feed, os criadores podem compartilhar vídeos, fotos, textos e links com seus assinantes sem qualquer interferência de algoritmos. E ele ainda proporciona uma experiência mais imersiva para o usuário, sem anúncios e outros conteúdos”, explica Ank.
A Lastlink recebeu, em maio de 2021, US$ 1,4 milhão (R$ 7,7 milhões) de investimento em uma rodada liderada pela venture capital Canary. A estimativa é triplicar os resultados nos próximos 12 meses.