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Oi pede por prorrogação do prazo de recuperação judicial

Por| 09 de Dezembro de 2019 às 15h00

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Oi pede por prorrogação do prazo de recuperação judicial
Oi pede por prorrogação do prazo de recuperação judicial
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A operadora Oi, que fornece serviços de telefonia móvel, fibra ótica residencial e aparelhamento de conectividade para o setor corporativo, requereu junto à 7° Vara Empresarial do RJ uma extensão do vencimento do prazo de recuperação judicial da empresa. Ainda sem resposta quanto ao pedido, atualmente o prazo da Oi vence em 4 de fevereiro de 2020.

Segundo a empresa, o motivo para a requisição está no seu planejamento estratégico para o ano de 2020, o qual já começa, segundo ela, a mostrar resultados positivos. A Oi defende que o pedido é algo normal e defende que sua aceitação não trará nem benefícios, nem prejuízos e não causará qualquer alteração no quadro da companhia: "A continuidade de supervisão judicial ao fim do período de dois anos é uma medida natural que tem sido aplicada na maior parte dos processos de recuperação judicial", disse a empresa.

Parte desse plano envolve adoção de uma nova prática para seus clientes corporativos: no último dia 5, a Oi anunciou um reposicionamento de marca para o setor, efetivamente criando um guarda-chuva que abraçasse todo o seu portfólio de produtos no segmento B2B (business 2 business, ou, no bom português, “de empresa para empresa”), chamado apenas de “Oi Soluções”. A diretora dessa nova área, Adriana Coutinho Viali, disse ao Canaltech e outros jornalistas presentes na ocasião que “o fantasma da recuperação judicial” já havia passado.

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O pedido vem nos calcanhares do último balanço divulgado pela Oi no último dia 2, que mostrou um prejuízo notável da companhia no terceiro trimestre de 2019: conforme o Canaltech mostrou, a Oi postou receita de R$ 1,7 bilhão (2,2% menor do que no mesmo período de 2018) para o setor de telefonia móvel, enquanto os serviços residenciais revelaram receita de R$ 1,8 bilhão, o que significou uma queda de 13,5% em relação ao ano passado. A empresa também sofreu com a queda do número de clientes dessas categorias, perdendo 12,8% da carteira de telefonia fixa e 9,7% da de banda larga em relação ao mesmo período de 2018. Já no serviço de TV paga, a companhia não divulgou números exatos, mas revelou que houve uma queda de 3% nas receitas e de 3,6% no número de clientes em comparação com o mesmo período do ano passado.

No mercado afora, fala-se na possibilidade de venda da divisão de produtos mobile da empresa. Embora a Oi não confirme essa intenção diretamente, o atual presidente da operadora,. Rodrigo Abreu, disse em outubro que considera a ideia caso as ofertas ofereçam condições de consolidar os números da companhia de forma positiva. Desde então, o assunto foi tema de especulação, com as concorrentes Vivo, TIM e Claro manifestando interesse na aquisição dos ativos da Oi.

Fonte: G1; EXAME