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Mercado Livre alcança maior valor de mercado que empresa-mãe da rival Shopee

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Abril de 2022 às 16h20

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Reprodução/Mercado Livre
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O Mercado Livre já tem mais valor de mercado que a Sea Limited, empresa de Cingapura que controla o e-commerce Shopee e a desenvolvedora de jogos Garena, responsável pelo game Free Fire. De acordo com o Valor Econômico, a mudança ocorreu por conta da variação do valor das ações das duas empresas nos últimos meses.

A empresa asiática perdeu quase 63% de seu valor desde janeiro, enquanto o Mercado Livre, mesmo passando por instabilidades e um ambiente global mais difícil para negócios, recuou "só" 23% no mesmo período. Só na terça-feira ao preço da ação da Sea caiu 6,93% na bolsa norte-americana Nyse. A companhia fechou o pregão valendo US$ 46,6 bilhões (R$ 232 bilhões), e o Mercado Livre, US$ 51,4 bilhões (R$ 256,9 bilhões) na Nasdaq.

As possíveis causas para a perda de valor da Sea seriam o crescimento mais lento que o esperado e a rejeição de alguns mercados a produtos da empresa. No final de março, a Sea se retirou do varejo na Índia após o país ter banido o app Free Fire. Semanas antes, o Shopee também deixou de operar na França. Em seu balanço trimestral, a empresa disse que o crescimento da receita de e-commerce deveria cair entre 50% e 76% este ano.

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As ações da empresa já haviam caído 11% em janeiro, após a gigante chinesa de tecnologia Tencent ter vendido 14,5 milhões de ações do grupo. Mas a empresa ainda mantém 18,7% de participação na Sea.

Em seu mais recente balanço trimestral, o Mercado Livre apresentou redução no ritmo de expansão em vendas transacionadas em alguns países. Mas no caso da varejista argentina, o motivo seria a base de comparação muito forte com regiões onde cresceu muito em 2021, como no Brasil. Por isso, o modelo de negócio da empresa continua bem visto pelos investidores. Como prova da boa fase, a companhia aplicará R$ 17 bilhões este ano no Brasil, com direito até a uma parceria de logística com a Gol.

Fonte: Valor Econômico, Reuters, CNBC