Consultas de dinheiro "esquecido" em bancos voltarão em 14 de fevereiro
Por Márcio Padrão | Editado por Claudio Yuge | 28 de Janeiro de 2022 às 20h00
O Banco Central informou que o acesso ao dinheiro do Sistema de Informações de Valores a Receber (SVR) — serviço que permite descobrir possíveis valores "esquecidos" em contas de banco e que saiu do ar um dia após a estreia, no começo da semana — voltará a funcionar no dia 14 de fevereiro. A informação é do jornal O Globo.
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A ferramenta saiu do ar por conta do excesso de acessos ao site do BC. Segundo a instituição, a quantidade de visitas foi 20 vezes maior do que em um dia de alto volume e 50 vezes maior do que num dia normal. Isso provocou instabilidade não só na página do SVR, mas também nos sites do Banco Central, do Registrato e Minha Vida Financeira.
Em seu primeiro dia no ar, o sistema permitiu o resgate de R$ 900 mil por 8.500 pessoas. A estimativa é que o total nos bancos some R$ 8 bilhões. "Para que o SVR possa voltar a atender a todos os cidadãos com estabilidade e segurança, o BC está investindo fortemente na ampliação de sua capacidade de atendimento", diz a nota do Bacen.
"A solicitação de resgate no SVR será feita por meio de usuário e senha e os recursos serão transferidos diretamente das instituições financeiras para os cidadãos, que não devem fazer qualquer depósito prévio a qualquer pessoa ou instituição", afirma a nota.
No dia 14 de fevereiro, o sistema volta ao ar e os cidadãos poderão verificar se tem algum valor a receber. Em caso positivo, o cidadão será informado sobre a data em que poderá solicitar a transferência dos valores. Em 7 de março, as solicitações poderão ser agendadas na data informada pelo sistema.
Onde o SVR recupera dinheiro?
No SVR, valores diversos poderão ser resgatados nas seguintes situações:
- Contas-correntes ou poupança encerradas, mas que ainda tinham saldo disponível;
- Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de
- Compromisso assinado pelo banco com o BC;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio finalizados.
Mais detalhes sobre o funcionamento da ferramenta antes de sair do ar podem ser vistos aqui. O BC afirmou no lançamento que as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições.
Fonte: O Globo