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Banco Central libera compartilhamento de dados do Open Finance; entenda

Por| Editado por Claudio Yuge | 02 de Junho de 2022 às 20h00

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Reprodução/jcomp/Freepik
Reprodução/jcomp/Freepik

A segunda e última etapa da Fase 4 do open banking, iniciada na terça-feira (31), permitirá que bancos compartilhem entre si os dados transacionais de seguros, investimentos, previdência complementar aberta, contas-salário e câmbio de seus clientes, com o devido consentimento deles. Na prática, é o conceito de open finance finalmente posto em prática.

A Fase 4 começou a valer em 15 de dezembro do ano passado. Na ocasião, foi liberado entre os bancos a troca de dados padronizados de seus produtos e serviços, incluindo investimentos diversos como CDB, LCI, LCA, títulos do Tesouro Direto, ações e outros. Agora o que muda é que esses mesmos bancos poderão também compartilhar dados das transações do histórico de cada um de seus clientes, caso eles deem a autorização.

Esta fase levou mais tempo para ser implementada porque os bancos e financeiras precisaram se adaptar aos requisitos de segurança e operação do Banco Central (BC) para o open finance.

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Para que serve o open finance?

O intuito do open finance — um ecossistema aberto de dados para diferentes empresas bancárias e fintechs trocarem dados de seus produtos financeiros entre si — é facilitar, para o cliente, a visualização das melhores propostas em uma mesma plataforma online. Será algo parecido com procurar um produto para comprar em um site com diferentes lojas online, mas em vez de um celular ou sapato, você buscará pela melhor proposta de crédito, por exemplo.

Também é esperada uma melhor experiência nos serviços financeiros, com bancos e fintechs oferecendo soluções que facilitem nossas vidas financeiras. Segundo o Banco Central, quem tiver mais de uma conta bancária — ou conta em um banco e empréstimo em outro — poderá ver todas as suas informações em uma única plataforma.

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O cliente deve solicitar o compartilhamento de dados e serviços ao banco, financeira ou fintech de destino, isto é, que vai receber os dados ou iniciar a transação de pagamento. A empresa deve prestar aos clientes informações claras, objetivas e adequadas sobre o compartilhamento. Além disso, a solicitação de autorização de compartilhamento de dados deve deixar clara qual é a sua finalidade, ou seja, para qual produto ou serviço ela se refere.

O open finance já está funcionando?

Neste exato momento ainda não, porque apesar da conclusão da Fase 4 do open banking, o Banco Central ainda aguarda que as empresas apresentem suas soluções para o ecossistema. A expectativa do mercado é que no segundo semestre as instituições financeiras começarão a usar as primeiras plataformas de open finance.

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Essa espera também é necessária para apresentar o conceito ao público gradativamente, conhecendo seus benefícios, mas que deve funcionar como uma infraestrutura tecnológica "invisível" a seus olhos. Ou seja, caberá aos funcionários de bancos o manuseio desses serviços.

Fonte: Infomoney, CNN, Banco Central