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Adobe compra startup de design Figma por US$ 20 bilhões

Por| 15 de Setembro de 2022 às 18h55

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A gigante Adobe, conhecida pelos softwares de edição e tratamento de imagens, como o Photoshop, já vinha flertando com a startup de design online Figma há alguns meses. Nesta semana, a negociação para aquisição esquentou e, segundo a própria Adobe, um acordo de compra foi fechado no valor de US$ 20 bilhões (R$ 105 bilhões).

“A Adobe e a Figma compartilham a paixão por ajudar indivíduos e equipes a serem mais criativos e produtivos. Com o amplo portfólio de produtos da Adobe e da Figma, a empresa combinada terá uma rara oportunidade de impulsionar o futuro do trabalho, reunindo recursos para brainstorming, compartilhamento, criatividade e colaboração; e entregando essas inovações a centenas de milhões de clientes”, diz o comunicado da Adobe nesta quinta-feira (15).

A Figma foi fundada em 2012, por Dylan Field e Evan Wallace, e, desde sua primeira captação, já vinha impressionando os investidores, com uma rodada inicial de US$ 330 milhões (R$ 1,73 bilhão na cotação atual). Em junho do ano passado, já com grandes clientes (como Netflix, Airbnb, Google, Netflix, Twitter, entre outros) e uma base forte de acionistas, a companhia levantou mais US$ 200 milhões (R$ 1,05 bilhão), chegando à avaliação de mercado de US$ 10 bilhões (R$ 52,4 bilhões).

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Mas por que a Adobe quer tanto a Figma?

A Adobe já tinha alterado seu modelo de negócios há alguns anos, usando uma nuvem mais poderosa para oferecer serviços sem apps dedicados, e até mesmo no navegador, com diferentes planos de assinaturas e produtos para uma ampla variedade de usuários. Com a pandemia de covid, e o aumento de consumo de conteúdo; e a transformação digital combinada com a alta de trabalho híbrido, a companhia começou a olhar a Figma mais de perto.

A Figma tem uma plataforma online que pode ser usada de forma colaborativa por meio do browser, com uma interface intuitiva, leve e bastante popular entre os profissionais mais jovens. Com o tempo, a companhia refinou suas capacidades e serviços, e, segundo a empresa estadunidense de análise de mercado, a Figma se tornou a ferramenta de design online em ambiente compartilhado mais utilizado em todo o mundo, com 31% de usuários desse segmento — o Premiere Pro CC, da Adobe, por exemplo, ficou em segundo lugar, com 18,6% nessa pesquisa.

Some a isso ao fato de os funcionários da Microsoft, parceira veterana da Adobe, terem tornado a Figma a plataforma favorita de trabalho. Então, a aquisição da Adobe vem para a empresa retomar fatias de mercado que antes eram dela.

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Ainda não há detalhes sobre os planos após essa aquisição, mas a ideia da Adobe é tornar seu poderoso ecossistema mais flexível, diversificado e adequado e para as atuais necessidades dos trabalhadores em ambiente colaborativo, híbrido e remoto. Resta, a partir de agora, o tradicional caminho de análise e aprovação dos reguladores do mercado — vale lembrar a vindoura avaliação antitruste, pois essa manobra envolve uma gigante comprando uma startup que disputa o mesmo setor.

Fonte: Adobe