Navegador Google Chrome completa 10 anos desde a sua primeira versão beta

No dia 2 de setembro de 2008 a Google lançou a primeira versão do beta público do Google Chrome. E eis que neste último domingo o navegador completou seus 10 anos de existência.

Com o lançamento da versão de testes para o Windows, o Chrome só ganhou versões para os sistemas Linux e macOS após mais de um ano, em 2009. Nesta época o browser teve que desafiar a liderança do Internet Explorer, que era disponibilizado junto com o sistema operacional da Microsoft, além de competir com o Mozilla Firefox, que também já contava uma base de usuários considerável.

Em seus passos iniciais, a Google utilizou os mecanismos de renderização da Apple e do Firefox para oferecer uma experiência de navegação mais sólida, mais limpa e intuitiva. Além disso, a gigante das buscas optou por fornecer o código-fonte do browser com o projeto Chromium. Aos poucos, o navegador passou a entrar nos padrões web mais avançados e nos requisitos do HTML5.

Todos os esforços da Google fizeram com que o navegador se popularizasse cada vez mais. No entanto, foi somente em 2016 que o Chrome assumiu a liderança no número de usuários, ultrapassando tanto o Internet Explorer quanto o Firefox. Segundo dados da NetMarketShare, o Chrome detém atualmente cerca de 62% do mercado de navegadores, seguido do IE com aproximadamente 12% e o Firefox, em terceira colocação, com quase 11%.

Base para o Chrome OS

À medida em que o Chrome se tornou o principal navegador desktop da grande maioria dos usuários no mundo, a Google começou a apostar na criação de um sistema operacional que utiliza como base diversos recursos e características do browser. Essa foi a base para o surgimento do Chrome OS: um sistema operacional leve e direcionado a notebooks e, mais recentemente, para tablets.

Atualmente o Chrome OS vem apresentando cada vez mais recursos e empresas parceiras para a produção de produtos projetados especificamente para receber o sistema operacional da gigante das buscas, a exemplo dos computadores portáteis das linhas Chromebook e Pixelbook — e a tendência é que o sistema ganhe cada vez mais espaço nos próximos anos.

Embora o conceito de navegadores que evoluem o suficiente para se tornarem sistemas operacionais completos ainda esteja um pouco fora da nossa realidade atual, se considerarmos a importância crescente de aplicativos e serviços web, é provável que nos próximos 10 anos estaremos diante desse cenário, seja em inciativas da Google ou até mesmo com propostas de outras empresas como a Microsoft, a Mozilla ou a Apple.

Outra questão pertinente é se o Chrome continuará com a sua mesma força atual nos anos seguintes, tendo em vista que, da mesma forma que ocorreu com a Microsoft quando o IE dominava o mercado, a atual liderança do navegador possa ser o suficiente para que a Google dite as regras do desenvolvimento web em vez de trabalhar em inovações e em melhorias realmente interessantes para os usuários.