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Internet Explorer "morre" e ganha lápide de verdade

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Junho de 2022 às 12h20

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Christiaan Colen/VisualHunt
Christiaan Colen/VisualHunt

O Internet Explorer teve finalmente a morte decretada na semana passada, quase 27 anos após o seu lançamento, mas faltou um funeral convincente. O engenheiro de informática Jung Ki-young, da Coreia do Sul, deu um enterro de verdade para o navegador com direito a lápide e tudo.

Ele gastou 430 mil won (cerca de R$ 1.720) para criar um túmulo para o extinto programa. Na lápide, é possível ler a frase: “Era uma boa ferramenta para descarregar outros browsers”. A brincadeira é parte das várias ações que usuários no mundo inteiro fizeram para homenagear o saudoso navegador — apontado por muitos como lento e problemático.

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O túmulo foi colocado no terraço de um café administrado pelo irmão de Jung Ki-young na cidade de Gyeongju, na Coreia do Sul. É óbvio que o memorial viralizou e tornou o local um ponto turístico da região.

Em entrevista à Reuters, o engenheiro disse que a piada era para aficionados por tecnologia, mas não esperava a repercussão mundial. "É outra razão para agradecer ao Explorer. Agora permitiu-me fazer uma piada de classe mundial”, disse Jung, ao classificar a “morte” do programa como algo positivo.

O homem explicou que o software teve um importante papel na sua vida profissional e marcou uma geração inteira. Jung Ki-young ressaltou que o programa era usado pelo governo sul-coreano e por bancos do país até pouco tempo. O memorial foi uma forma de ressaltar a dificuldade que tinha em criar conteúdos para o software da Microsoft, já que o sistema não era aberto como os navegadores modernos.

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O fim do IE

Embora o fim do navegador fosse sabido, muita gente ainda utilizava o programa por questões de trabalho. Há sistemas online e softwares criados especificamente para rodar do Internet Explorer, por isso a Microsoft tentou postegar ao máximo o enterro.

Para muita gente, ficará o sentimento de saudosismo de uma época em que a web era muito mais lenta e simples. Não havia redes sociais, aplicativos da web, redes sociais com suporte a voz e vídeo nem streaming. O Internet Explorer foi substituído pelo Microsoft Edge, que também sofreu rejeição quando foi criado sobre uma linguagem da própria companhia. A revolução só ocorreu quando a empresa decidiu adotar o Chromium como base.

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O Edge tem um modo Internet Explorer — com ferramentas avançadas para desenvolvedores — para facilitar a execução de sites ou aplicações que dependem do extinto programa. A experiência obviamente não é a mesma de antigamente, mas é a solução eficaz para quem ainda se mantém preso ao passado.

Para o IE, só cabe o desejo de um bom descanso eterno e o saudosismo de lembrar de um programa presente na vida de quem acessava a web nos anos 2000. R.I.P, Internet Explorer!

Fonte: Reuters