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Google Chrome pode ganhar recurso para limitar o rastreamento de usuários na web

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 10 de Maio de 2021 às 16h35

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Gerd Altmann / Pixabay
Gerd Altmann / Pixabay

Após toda polêmica recente envolvendo os FLoCs e a nova política de privacidade do WhatsApp, parece que o Google agora poderá dar um passo atrás para permitir mais confidencialidade aos usuários. Os desenvolvedores do Chrome propuseram adicionar suporte para uma nova tag em HTML que permita a exclusão do rastreamento por cookies de terceiros em códigos iframes.

Embora transportar dados entre sites seja algo comumente aceito, com a mudança para a desativação de cookies de terceiros, os desenvolvedores poderão impedir que um iframe incorporado envie dados de volta ao site original. Trata-se de um recurso chamado Fencer Frame, que deverá isolar o código incorporado para evitar que os dados sejam transmitidos para páginas de terceiros na internet.

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Hoje em dia, a maioria dos grandes navegadores permite que páginas coletem dados sobre o comportamento do usuário e repassem a parceiros. É por isso que quando você pesquisa sobre uma TV em um site de compras, por exemplo, segue vendo anúncios no Facebook, em blogs de notícias e em outras plataformas similares.

Esses dados são usados para afinar a entrega de anúncios online, pois permitem exibir conteúdos para quem potencialmente está mais disposto a comprar. Só que essa prática é bastante incômoda para muita gente, pois revela uma certa invasão de privacidade.

Veto ao rastreamento

Na publicidade online, como no Google Adsense, os anúncios são direcionados para o perfil do usuário. Se você costuma frequentar o Canaltech, provavelmente receberá muitas propagandas sobre produtos de tecnologia. Em muitos casos, aquele produto que pesquisou no Magazine Luiza vai surgir várias e várias vezes na sua tela.

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Isso ocorre porque o código do Google é incorporado ao site como um iframe, um link que muda de usuário para usuário. Os Fenced Frames são uma nova forma de estabelecer limites entre a página de incorporação e o código inserido nos sites. Assim, a página que colocou o iframe não repassará os dados coletados para o Google, como no exemplo acima, e os anúncios poderiam ser mais “genéricos”.

Seria como se você estivesse navegando dentro de uma bolha hermética, na qual as pessoas sabem que você esteve ali, mas não o que fez. Essa nova tag deve blindar o acesso do usuário para ambos os sites (o da navegação atual e o que oferece as propagandas), evitando o rastreamento e abuso de privacidade.

Os desenvolvedores do Chrome oferecerão a possibilidade de limitar ainda mais o acesso se os Fenced Frames não concederem acesso às áreas de armazenamento do navegador, como o cache das páginas e o objeto localStorage, ambos habilitados por padrão.

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Por enquanto, essa nova tag é apenas um protótipo em discussão no GitHub e ainda nem começou a ser desenvolvida ativamente. Até o momento, elas foram apenas adicionadas em compilações de teste para futuramente figurar em alguma versão experimental do Chrome.

O jeito é aguardar para saber como essa inovadora funcionalidade vai rodar e se isso teria impacto no modelo de publicidade online, como tem ocorrido com o Facebook recentemente. Mas é muito pouco provável que o Google dê esse tiro no próprio pé.

Fonte: Bleeping Computer