Quincy Jones: famosos lamentam a morte do lendário produtor de Michael Jackson
Por Daniel Vila Nova |
O produtor musical Quincy Jones, um dos principais colaboradores de Michael Jackson e Frank Sinatra, morreu na noite deste domingo (03) em Los Angeles, aos 91 anos. A informação foi divulgada por seu agente, Arnold Robinson, que afirmou que o músico “faleceu pacificamente”.
Ao longo de sua carreira, Jones se tornou um nome lendário da música norte-americana, quebrando recordes e barreiras raciais para se tornar um dos produtores musicais mais importantes do mercado.
A sua grande obra foi feita ao lado do Rei do Pop. Em Thriller, Jackson e Jones produziram um álbum que redefiniu a música pop e estabeleceu um novo parâmetro de sucesso no mundo da música.
Ele, que também atuou ao lado de nomes como Frank Sinatra, Miles Davis e até mesmo Milton Nascimento, era conhecido por saber lidar com os egos inflados de artistas. Talvez a maior prova disso seja o We Are The World.
Jones foi o principal responsável pela gravação da música que reuniu os principais cantores e cantoras dos Estados Unidos em um único estúdio. Ao todo, foram 46 estrelas — Bob Dylan, Michael Jackson, Bruce Springsteen, Tina Turner, Cyndi Lauper, entre outros.
O produtor recebeu 80 indicações ao Grammy, vencendo 27 estatuetas. Em 1991, recebeu a premiação especial Grammy Legends Award para nomes notáveis da indústria musical. Por fim, foi o primeiro homem negro a assumir o comando de uma grande gravadora, a Mercury.
Família e celebridades lembram Quincy Jones
A família de Jones foi a primeira a lembrar do lendário músico, em uma nota tocante: “Hoje à noite, com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele. Ele é realmente único e sentiremos muito a sua falta; nos confortamos e temos imenso orgulho em saber que o amor e a alegria, que eram a essência de seu ser, foram compartilhados com o mundo por tudo o que ele criou. Por meio de sua música e seu amor sem limites, o coração de Quincy Jones baterá pela eternidade”.
Vários outros artistas seguiram lamentando a morte de Jones e homenageando sua carreira em Hollywood. Michael Caine, que estrelou em 1969 “The Italian Job”, cuja trilha sonora foi de Jones, juntou-se à lista. “Meu gêmeo celestial Quincy era um titã no mundo musical”, Caine escreveu no X. “Ele era um ser humano maravilhoso e único, tive sorte de tê-lo conhecido.”
O ator Colman Domingo, que estrelou o remake de A Cor Púrpura de 2023, também lembrou de Jones. “Ele perguntou, de onde você é? Philly, eu respondi, seus olhos brilharam e ele falou sobre o Uptown Theater. Fiquei tão emocionado em conhecer o próprio Sr. American Music. Eu literalmente me ajoelhei porque ele era um rei. Obrigado, Sr. Quincy Jones, por nos dar todo o som.”
Em uma postagem no Instagram, o rapper LL Cool J disse que Jones era “um pai e exemplo em um momento em que eu realmente precisava de um pai e exemplo”. “Mentor. Modelo. Rei. Você me deu oportunidades e compartilhou sabedoria. A música não seria música sem você. Minhas condolências a toda a família. Eu te amo. Descanse na música mais doce eternamente.”
O dramaturgo Jeremy O Harris escreveu no X, “O que ele não conseguiu fazer? Quincy Jones, literalmente nascido quando os limites de quão grande um garoto negro poderia sonhar eram incomensuravelmente altos, nos ensinou que o limite não existe. Suas contribuições para a cultura americana foram ilimitadas. Primeira pessoa negra indicada ao Oscar de melhor trilha sonora. Primeira pessoa negra indicada duas vezes no mesmo ano. O produtor dos indiscutíveis maiores álbuns do século XX. Um EGOT. Pai de algumas crianças incrivelmente talentosas também e padrinho de músicos ao redor do mundo. RIP QUINCY.”
O DJ e produtor David Guetta compartilhou uma foto dele e de Jones no X e disse “é difícil encontrar palavras para expressar o impacto que @QuincyDJones teve em mim, assim como na música e na cultura como um todo.”
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*Colaborou Claudio Yuge