Grilo: O que é o “Tuk-tuk” brasileiro que tem chamado atenção nas ruas?
Por Paulo Amaral | •
O segmento de delivery, um dos que mais movimentam a economia brasileira desde que a pandemia da Covid-19 implodiu, em meados de 2020, pode ter ido buscar na Ásia uma solução que, se der certo, tem tudo para ajudar a reduzir o caos que é o trânsito nas principais metrópoles do país: o Tuk-tuk.
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A reportagem do CT Auto esteve recentemente em Shanghai e em Wuhu, a convite da Omoda & Jaecoo, e viu o quanto a adoção maciça desse inusitado meio de transporte contribui para desafogar o trânsito nas principais vias das cidades. E o que isso tem a ver com o Brasil? Calma, que nós já vamos explicar.
Os Tuk-tuks têm ganhado espaço em duas das principais capitais brasileiras, São Paulo e Porto Alegre, graças à iniciativa da Grilo Mobilidade, startup de mobilidade urbana que nasceu em Porto Alegre, há 5 anos, e desde 2023 passou a operar também em solo paulistano.
A ideia da empresa com o “Grilo”, nome dado ao simpático meio de transporte similar aos Tuk-tuks chineses, é, como a própria empresa diz em seu site oficial, "reimaginar a mobilidade urbana, facilitando o dia a dia das pessoas com pequenos deslocamentos de forma sustentável".
Como são os “Grilos”, Tuk-tuks brasileiros?
Os Grilos, ou Tuk-tuks, como são conhecidos na Ásia, especialmente na China, na Tailândia e na Índia, são enquadrados pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) como veículos automotores pertencentes à categoria Triciclo.
No caso dos modelos utilizados pela empresa gaúcha, todos são homologados pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), possuem cabines fechadas e cintos de segurança de três pontos, para garantir uma proteção maior aos ocupantes.
Os Tuk-tuks da Grilo têm capacidade para transportar até 200 kg de carga ou 750 litros. Segundo a startup, o volume equivale a 12 vezes o que um baú utilizado em veículos de duas rodas consegue carregar.
A motorização dos Grilos é totalmente elétrica e, de acordo com a startup, cada Tuk-tuk tem baterias prontas para rodar até 80 quilômetros por carga, em velocidades máximas de até 50 km/h. Essa limitação, aliás, é proposital, pois “diminui em 90% o risco de mortes, promovendo a segurança de seus usuários”.
Precisa de CNH para dirigir um Tuk-tuk?
De acordo com o que rege a lei, independentemente de terem ou não cabine (como no caso dos modelos da Grilo Mobilidade), os Tuk-tuks precisam possuir registro nos órgãos de trânsito e, consequentemente, passar pelo processo de emplacamento. Assim, os condutores também necessitam estar devidamente habilitados para rodar por aí.
A CNH necessária para poder dirigir um Grilo (ou qualquer outro tipo de Tuk-tuk) no Brasil é a da categoria “A”, a mesma exigida para pilotar motos. A diferença é que, no caso dos triciclos que tenham cabine fechada e cinto de segurança, não é preciso utilizar capacete.
E aí, o que acharam da moda que já está tomando conta de São Paulo e Porto Alegre? Os Tuk-tuks são mesmo uma alternativa viável às motos para quem trabalha com serviço de delivery no Brasil? Comente conosco em nossas redes sociais.