Uber vira a única dona da startup de delivery de supermercado Cornershop
Por Felipe Gugelmin • Editado por Claudio Yuge | •
Acionista majoritária da Cornershop desde 2019, a Uber anunciou investimentos para se tornar a única dona da startup especializada em delivery de compras de supermercado. Na última sexta-feira (18), a empresa entrou em um acordo para adquirir os 47% restantes das ações que não pertenciam a ela, decisão anunciada oficialmente na última segunda-feira (21).
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A expectativa é que a transação seja finalizada em julho deste ano, transformando a Cornershop oficialmente em uma subsidiária da Uber. A decisão deve aprimorar as capacidades de entrega da companhia, que viu um grande crescimento nesse segmento especialmente durante a pandemia do COVID-19.
Além de investir nas operações da Cornershop na América Latina, a companhia adquiriu recentemente a Postmates nos Estados Unidos, pelo valor divulgado de US$ 2,65 bilhões (R$ 13,25 bilhões). Em um comunicado compartilhado pelo TechCrunch, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, afirmou que as novas verticais de alimentação da empresa movimentaram US$ 3 bilhões somente este ano.
“É por isso que estamos entusiasmados em aprofundar nosso compromisso com a equipe da Cornershop e em apoiar sua visão à medida que se expandem globalmente”, continuou o executivo. “Juntos, vamos aprofundar a estratégia de trazer a entrega de compras no mesmo dia para a plataforma Uber em todo o mundo”.
Oskar Hjertonsson, fundador da Cornershop, comemorou a aquisição em sua conta pessoal no Twitter, na qual declarou que esse é um passo natural da parceria entre as empresas. “Temos muitos sonhos e muito trabalho pela frente e muito desse trabalho vai ser liderado por nosso time em Santiago”, escreveu.
Criada em 2015, a startup de entregas atualmente possui operações no Chile, México, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Peru, Estados Unidos e Canadá. Com a aquisição, o Uber expande sua participação em segmentos que vão além das corridas pagas — segmento que, embora tenha ajudado a organização a se tornar conhecida, ainda não resultou em lucros que a tornem sustentável no longo prazo.
Fonte: TechCrunch, CNBC