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Uber faz acordo com sindicato do Reino Unido para garantir direitos a motoristas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 26 de Maio de 2021 às 22h40

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Divulgação/Uber
Divulgação/Uber
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Após ser forçada pela Suprema Corte do Reino Unido a reconhecer que motoristas trabalham como seus funcionários, a Uber realizou uma nova ação que deve garantir mais proteção aos trabalhadores. Nesta quarta-feira (26), a empresa anunciou um acordo “histórico” com o sindicato GMB, que vai representar mais de 70 mil profissionais.

Em um comunicado, o GMB afirmou que o acordo coletivo mostra que a “economia do bico” (Gig Economy, em inglês) não precisa ser o equivalente ao Velho Oeste no que diz respeito aos direitos dos empregados. O representante Mick Rix afirmou que quando companhias de tecnologia e sindicatos trabalham de forma unificada, todos se beneficiam e garantem condições de trabalho dignas e seguras.

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A relação entre a Uber e o GMB nem sempre foi pacífica: antes de a empresa reconhecer o sindicato, ela travou uma longa batalha nos tribunais para não reconhecer motoristas como seus funcionários diretos. A decisão a favor dos funcionários, proferida pela Suprema Corte do Reino Unido no início deste ano, teve origem na ação aberta por dois ex-motoristas (número que depois foi ampliado para 25) em 2016.

Sindicato poderá participar de reuniões

Com o reconhecimento da companhia de que o GMB é o representante oficial dos motoristas, o sindicato ganha acesso a todas as reuniões entre eles e a Uber. A organização também passa a poder oferecer auxílio aos motoristas, bem como passa a falar em seus nomes caso eles percam acesso ao aplicativo do serviço de caronas.

O acordo entre as partes não significa que os funcionários vão fazer parte do sindicato automaticamente — eles ainda precisam se inscrever nele por vontade própria. A decisão afeta somente os cerca de 70 mil motoristas que trabalham para a companhia no Reino Unido, deixando de fora os aproximadamente 30 mil entregadores que prestam serviços ao Uber Eats.

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Ao The Guardian, membros da App Drivers & Couriers Union (ADCU), cujos membros fundadores participaram da batalha legal contra o Uber, afirmaram que o acordo é positivo. No entanto, o grupo afirmou que não vai atuar de forma semelhante enquanto a empresa “continuar a violar as leis básicas como o direito a um salário mínimo e feriados para todo o tempo trabalhado”.

Vale destacar que, embora esse caso esteja sendo discutido no Reino Unido, a questão é debatida em todo o mundo e as decisões sobre o assunto podem abrir precedentes para resoluções em outros países, inclusive o Brasil.

Fonte: TechExplore, The Guardian