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OnlyFans já pagou US$ 25 bilhões para criadores desde sua fundação, revela CEO

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Marcelo Salvatico/Canaltech
Marcelo Salvatico/Canaltech

O OnlyFans pagou US$ 25 bilhões (cerca de R$ 134 bilhões) para criadores de conteúdo desde sua fundação em 2016, segundo a CEO Keily Blair. 

A executiva esteve no Bloomberg Tech, evento realizado na última semana em Londres, no Reino Unido, e destacou que a empresa se diferencia no mercado justamente por distribuir valor diretamente aos produtores de conteúdo.

“Não existem muitas empresas que podem falar sobre criar riqueza para os outros, em vez de apenas lucrar para si mesma”, afirmou Blair.

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A plataforma, que em sua maioria conta com produtores de conteúdo adulto, registrou números expressivos em 2024. Ao todo, atingiu 377,5 milhões de usuários cadastrados, crescendo 24% em relação ao ano anterior.

E o número de criadores também cresceu, 13% no período, chegando aos 4,6 milhões.

O modelo de negócio da empresa londrina é baseado em assinaturas mensais. Os criadores vendem conteúdo diretamente para seus fãs, e a companhia fica com uma taxa de 20% sobre todas as transações realizadas na plataforma.

Mas, segundo Blair, a plataforma não é apenas de conteúdo adulto, é também de “conteúdo para adultos”, citando produtos de comédia, culinária e esportes.

OnlyFans supera Apple e Nvidia

Em termos de eficiência, o OnlyFans ultrapassou algumas das maiores e mais valiosas empresas do mundo. 

Em 2024, a plataforma registrou US$ 37,6 milhões em receita por funcionário, superando a Apple (US$ 2,4 milhões) e Nvidia (3,6 milhões) – reconhecidas por serem altamente focadas em produtividade. 

No ranking geral, o OnlyFans ficou apenas atrás da Tether, empresa do setor de criptoativos. 

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Entre os concorrentes diretos que dependem de conteúdo gerado por usuários, a empresa londrina lidera com folga. O YouTube (Alphabet) aparece em segundo lugar, com US$ 7,6 milhões de receita por funcionário, seguido do Instagram (Meta), com US$ 2,5 milhões.

Possível venda

Apesar dos números impressionantes, o proprietário da plataforma, o bilionário ucraniano Leonid Radvinsky, tem interesse em vendê-la. 

Desde que adquiriu a participação majoritária do OnlyFans, em 2018, o empresário já retirou aproximadamente US$ 1,8 bilhão em dividendos. Em 2024, recebeu quase US$ 2 milhões por dia

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A Fenix International, empresa controladora da plataforma, estaria em negociações para vender o OnlyFans por cerca de US$ 8 bilhões, mas, obstáculos como a associação com conteúdo adulto geram resistência de bancos e investidores. 

No passado, a empresa já teve problemas com Mastercard e Visa, além de não conseguir lançar aplicativos oficiais nas lojas da Apple e do Google devido ao conteúdo explícito. 

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