MovilePay | Fintech que oferece crédito a restaurantes capta R$ 100 milhões
Por Giovana Pignati | Editado por Claudio Yuge | 29 de Agosto de 2022 às 22h20
Na última quinta-feira (25) a MovilePay anunciou a captação de R$ 100 milhões através de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), complementando o valor de R$ 200 milhões arrecadados em agosto de 2021. A MovilePay é uma fintech investida pela Movile, empresa dona do iFood, que viu no mercado a oportunidade para oferecer crédito a restaurantes parceiros do aplicativo.
- Como agendar pedidos no iFood
- iFood tem 33,3% vendidos e agora é 100% controlado pela gigante holandesa Prosus
O montante será utilizado para oferecer crédito a cadeia de restaurantes a partir da Conta Digital iFood – que já possui 300 mil contas abertas. Até o momento, mais de R$ 500 milhões já foram viabilizados para cerca de 20 mil restaurantes no Brasil. A linha de crédito é oferecida pela MOVA, empresa de empréstimos da Movile.
Thomas Barth, COO da MovilePay, diz que o segmento é constituído, em sua maioria, por micro e pequenos negócios. Segundo Barth, o objetivo da fintech é ser o principal parceiro financeiros desses estabelecimentos, onde o capital de giro "é tão importante para a operação". Dessa maneira, a empresa Visa auxiliar na obtenção de crédito de forma "segura, rápida e menos burocrática".
Os planos do iFood para novos mercados
O CEO do iFood, Fabricio Bloisi, disse em uma entrevista exclusiva para a NeoFeed sobre os planos do iFood para novos mercados. Com a sua aquisição pela Prosus, a empresa prevê uma aceleração em duas direções: mercado e fintech.
No mercado, o iFood quer aumentar o número de categorias de produtos e a abertura de dark stores – minicentros de distribuição e armazenamento de produtos. Já sobre fintech, o iFood planeja aumentar sua carta de crédito e expandir sua atuação na área de benefícios, em que seu vale-refeição já conta com 650 mil usuários.
Ainda segundo Bloisi, sua ambição é de transformar o iFood em um grande ecossistema, como os chineses Alibaba e Tencent. "Aqui no Brasil, espero que tenha dois ecossistemas: o Mercado Livre e o iFood. A minha estratégia é oferecer e fazer mais coisas", afirma.