Mira Murati | CTO da OpenAI, dona do ChatGPT, deixa empresa
Por André Lourenti Magalhães | •

A Diretora de Tecnologia (CTO) da OpenAI Mira Murati anunciou na última quarta-feira (25) que vai deixar a empresa após seis anos e meio. Em post no X (visualizado por repórter do Canaltech que reside fora do Brasil), ela explicou que a decisão foi difícil e a saída ocorreu para “criar tempo e espaço” para fazer as próprias explorações.
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Murati ganhou destaque como uma das principais vozes da empresa desde o ano passado e chegou a ser nomeada como CEO interina por alguns dias após o episódio da demissão e recontratação de Sam Altman. Em maio deste ano, ela conduziu o evento de lançamento do modelo GPT-4o, que contou com o anúncio da ferramenta de conversa de voz com o chatbot.
A Diretora de Tecnologia também foi responsável por liderar o desenvolvimento de alguns dos principais produtos da OpenAI, como o ChatGPT e o gerador de imagens do DALL-E. Na carta de despedida, reforçou algumas conquistas na companhia, como o modelo o1, focado em raciocínios complexos, e a tecnologia de conversa por voz avançada.
“Nós não construímos apenas modelos mais inteligentes, nós fundamentalmente mudamos como os sistemas de IA aprendem e raciocinam a partir de problemas complexos”, comentou.
Em resposta, o CEO da OpenAI, Sam Altman, agradeceu a passagem da diretora e comentou que “é difícil mencionar o quanto Mira significou para a OpenAI, nossa missão, e todos nós pessoalmente”. Altman ainda compartilhou um e-mail enviado aos funcionários da empresa após a saída, no qual detalha mudanças nos cargos de liderança e diz que tais movimentos “são uma parte natural de empresas, especialmente aquelas que crescem tão rápido e demandam tanto”.
OpenAI deve mudar para ter fins lucrativos
As saídas de Mira Murati e de outros executivos de longa data da empresa, como o Diretor-chefe de Pesquisas, Bob McGrew, ocorrem num contexto em que a OpenAI se prepara para mudar a estrutura da companhia e passar a ter fins lucrativos, seguindo o padrão de outras Big Techs do mercado.
Atualmente, a desenvolvedora do ChatGPT funciona como uma empresa de capital limitado, mas o controle é feito por um conselho de diretores sem fins lucrativos. De acordo com a agência de notícias Reuters, a OpenAI já trabalha com os trâmites legais para se tornar uma lucrativa no modelo de uma “empresa B”, que tem alguns compromissos para o desenvolvimento social.
Além de mudar a estrutura, a empresa tem a intenção de acumular mais US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões em conversão direta) em investimentos e continuar na briga pelo topo da corrida da IA no mercado.
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