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Meta pode ter que mudar modelo de negócios com novas regras da União Europeia

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Dezembro de 2022 às 13h48

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Unsplash/Dima Solomin
Unsplash/Dima Solomin

Nesta segunda-feira (5), o Conselho Europeu de Proteção de Dados teria decidido que a Meta não pode continuar segmentando anúncios com base na atividade on-line de seus próprios usuários. Esta informação é do site Reuters, que teve contato com uma pessoa familiarizada com o assunto. Essa medida pode atrapalhar ainda mais a vida da Big Tech, que vêm sofrendo com a queda na receita publicitária.

Conforme informou o portal de notícias, caso a medida do órgão de fiscalização da União Europeia seja confirmada, a Meta poderá enfrentar "multas pesadas". Isso porque a empresa se baseia em seus termos de serviço para obter o consentimento do usuário para veicular anúncios personalizados. A decisão impediria que a companhia utilizasse informações como, quais reels os usuários do Instagram viram ou quais perfis do Facebook clicaram, para direcionar a publicidade.

Segundo o The Wall Street Journal, porém, a decisão não foi divulgada publicamente e não será finalizada até que a Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda emita ordens públicas — o que pode levar um mês. Nenhum dos Conselhos ou a Meta podem comentar sobre quaisquer planos até que a DPC anuncie as decisões.

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Restrições de privacidade e a Meta

O receita de anúncios da Meta sofreu grande impacto com as novas configurações de privacidade da Apple, que deu aos clientes a chance de escolher participar do rastreamento de dados de terceiros ou não. No último mês, a empresa precisou diminuir o quadro de funcionários, devido a cortes de orçamento.

As plataformas da Meta, como Facebook e Instagram, já dão essa opção dos usuários escolherem compartilhar informações sobre sites externos, mas ao se inscreverem nas redes sociais, eles concordam que a companhia pode rastrear seus cliques e toques dentro das plataformas.

Caso a DPC concorde com o Conselho da União Europeia, a decisão reduziria ainda mais o acesso da Big Tech a dados comportamentais — o que já era motivo de perda de anunciantes, visto que a empresa está perdendo a habilidade de segmentar anúncios de forma eficaz.

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Em resposta ao portal Ars Technica, um porta-voz da Meta disse que esta não é a decisão final do grupo de vigilância da União Europeia e que está muito cedo para especular. O representante ainda disse que, de acordo com a visão a empresa, nenhuma base legal para o processamento de dados "deve ser considerada melhor do que qualquer outra".

Ele ressalta que o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE "permite uma série de bases legais sob as quais os dados podem ser processados, além do consentimento ou da execução de um contrato" e não fornece "hierarquia entre essas bases legais". Por fim, reforça que a Meta "se envolveu totalmente com o DPC em suas investigações e continuará a se envolver com eles à medida que finalizam sua decisão".

Fonte: ArsTechnica