Meta pode seguir Apple e entrar no mercado de eletricidade, diz jornal
Por Marcelo Fischer Salvatico |

A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, planeja negociar eletricidade no mercado de atacado dos Estados Unidos. O movimento estratégico tem como objetivo acelerar a construção de novas usinas de energia, que são essenciais para alimentar a demanda crescente de seus data centers focados em inteligência artificial (IA).
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De acordo com reportagem da Bloomberg, a dona do Facebook busca aprovação federal para atuar diretamente na compra e venda de energia.
A iniciativa visa solucionar um gargalo no setor: a dificuldade de desenvolvedores de usinas em obter financiamento sem compromissos de compra de longo prazo por parte dos clientes.
A chefe global de Energia da Meta, Urvi Parekh, explicou que a entrada no comércio de eletricidade dará à companhia a flexibilidade necessária para firmar esses contratos extensos.
Segundo a executiva, os desenvolvedores de usinas precisam saber que os consumidores estão dispostos a investir e assumir riscos para que a expansão da rede aconteça na velocidade desejada pela Big Tech.
Caso consiga permissão para atuar como trader de energia, a Meta poderia comprar grandes volumes de eletricidade de uma nova usina – viabilizando sua construção – e revender o excedente no mercado caso seus data centers não utilizem toda a capacidade contratada.
O pedido foi feito à Comissão Federal Reguladora de Energia (FERC) por meio de uma subsidiária chamada Atem Energy.
Energia para IA
A corrida pela liderança no setor de IA transformou o consumo de energia em um desafio urgente para as gigantes de tecnologia, como Google, Microsoft, Apple e Meta.
Para treinar e operar modelos cada vez mais avançados de IA, é necessário uma infraestrutura que consome quantidades massivas de eletricidade.
Analistas da BloombergNEF projetam que a demanda de energia por data centers deve quadruplicar nos próximos 10 anos. Só o novo campus de data center da Meta na Louisiana exigirá que a concessionária local construa pelo menos três novas usinas movidas a gás natural.
Big Techs no setor elétrico
A Meta não foi a única empresa a buscar maior controle na cadeia de suprimentos de energia. A Apple, por exemplo, buscou e conseguiu aprovação para comercializar energia como forma de gerenciar os custos e a entrega de energia limpa para suas instalações
Já a Microsoft também segue a tendência da companhia de Zuckerberg, e solicitou aprovação federal para negociar eletricidade.
A criadora do Windows afirmou que precisa dessa capacidade para vender o fornecimento excedente em algumas regiões, além de firmar compromissos de longo prazo para o desenvolvimento de energia limpa.
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