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Mercado Livre restringe venda de destilados após casos de metanol

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OurWhisky Foundation/Unsplash
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O Mercado Livre anunciou nesta terça-feira (7) uma restrição temporária à venda de bebidas alcoólicas destiladas na plataforma, em resposta ao avanço dos casos de intoxicação por metanol em diferentes regiões do Brasil.

A medida foi implementada, de acordo com a empresa, para reforçar a segurança dos consumidores, mesmo que não haja casos identificados de intoxicação ligados a produtos vendidos em e-commerces.

A decisão prevê que apenas vendedores oficialmente autorizados pelas fabricantes poderão manter anúncios de destilados, como uísque, vodca, gin, cachaça e rum. Os demais anúncios serão suspensos preventivamente até que as autoridades garantam o controle da situação. 

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A plataforma afirma também que atua na remoção de conteúdos relacionados às bebidas do tipo, por exemplo, de itens como lacres de garrafas e embalagens, que possam facilitar fraudes.

“Estamos solidários com as pessoas afetadas e reforçando a segurança de nossos clientes dentro da categoria de destilados”, afirmou Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil. 

Ele destacou que a companhia vem trabalhando junto a fabricantes e órgãos de fiscalização para mitigar os impactos da crise e garantir “um ambiente cada vez mais seguro”.

Surto de metanol no país

A decisão do Mercado Livre ocorre em meio a uma crise de saúde pública provocada pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol, uma substância altamente tóxica para o ser humano. 

Normalmente, o metanol é utilizado em solventes e combustíveis, e não deveria aparecer em bebidas. 

Até o momento, o Ministério da Saúde contabiliza 17 casos confirmados de intoxicação e mais 200 estão em investigação. O estado de São Paulo é o mais afetado, com 15 casos e 164 análises em andamento.

O governo federal anunciou o reforço da rede de laboratórios para confirmação de casos, e a distribuição emergencial do fomepizol, antídoto importado dos Estados Unidos que bloqueia os efeitos do metanol no organismo. A Fiocruz e a Unicamp foram integradas à estrutura de análise e monitoramento dos casos. 

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