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Mercado cinza de wearables no Brasil já vende quase o mesmo que o oficial

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Julho de 2021 às 09h20

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Fones de ouvido sem fio, smartwatches e pulseiras com recursos que medem seu desempenho esportivo, entre outros dispositivos, estão fazendo cada vez mais sucesso no país. Conhecidos como wearables, produtos dessa categoria registraram 964.037 unidades vendidas no primeiro trimestre de 2021, segundo dados da IDC Brasil.

Desse número, 615.721 produtos correspondiam aos smartwatches e às fitbands, enquanto 348.316 se trataram de fones de fio com alguma conexão com a internet ou função inteligente. Ao todo, a alta do mercado foi de 24,39% em relação ao ano anterior, representando uma situação positiva para empresas que atuam nesse segmento.

No entanto, a IDC aponta uma tendência preocupante do ponto de vista fiscal: mais da metade dos produtos vendidos no Brasil (397.936 unidades) tiveram sua origem no dito mercado cinza. Apesar do valor mais baixo, vendedores que atuam nesse segmento geralmente deixam de pagar impostos e nem sempre oferecem as mesmas garantias que o comércio tradicional.

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“Principalmente na categoria de fitbands, há muitos produtos falsificados e de qualidade duvidosa, que comprometem a credibilidade da tecnologia e a segurança das informações dos usuários”, explica Renato Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil.

Cenário de otimismo futuro

Segundo Meireles, houve uma desaceleração no número de wearables vendidos no primeiro trimestre de 2021, mas isso já era esperado após um forte aumento no segundo semestre de 2020. Entre os elementos que afetaram o mercado está o prolongamento das restrições impostas pela pandemia do COVID-19 e o fim do auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal.

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O mercado de fones de ouvi foi o mais resistente à tendência, tendo registrado um aumento de 64% nas vendas em relação ao primeiro trimestre de 2020. Para o analista da IDC, a tendência é que o preço dos relógios inteligentes ainda permaneça alto em um primeiro momento, mas deve haver quedas nos valores de pulseiras e fones conforme novos modelos com características mais básicas são lançados.

A expectativa da empresa é de que haverá um crescimento anual de dois dígitos no segmento até 2024. Além de ganharem força entre pessoas que passaram a se exercitar em casa durante a pandemia, dispositivos do tipo também devem passar a ser incorporados pelo mercado corporativo, tanto como consequência de programas de BYOB (traga seu próprio dispositivo) quanto por incentivos das próprias empresas, que compram os acessórios para seus funcionários.

Fonte: Telesíntese