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Kickstarter é a primeira grande empresa de tecnologia a se sindicalizar

Por| 18 de Fevereiro de 2020 às 23h40

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DailyDot
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Sindicato de trabalhadores e empresa de tecnologia normalmente não costumam combinar bem na mesma frase e, na verdade, gigantes como Google e Amazon enfrentam grandes conflitos internos por causa disso. Agora, uma decisão do Kickstarter pode abrir um precedente para que os colaboradores e as companhias finalmente cheguem a um acordo a respeito disso.

Na manhã desta terça-feira (18), a Kickstarter United, associação de funcionários da firma de financiamento coletivo, anunciou o resultado positivo na votação para formação do Sindicato Internacional dos Empregados e Profissionais (OPEIU, na sigla em inglês) do setor. Com isso, o Kickstarter se tornou uma das primeiras grandes dessa indústria fazer aderir a um sindicato.

“O setor de tecnologia representa uma nova fronteira para a organização sindical, e a OPEIU está animada por representar um dos primeiros grupos de tecnologia a obter com sucesso os direitos de negociação coletiva e a fazer parte dos esforços do movimento trabalhista para melhorar os meios de subsistência dos funcionários de tecnologia em todos os lugares”, disse Richard Lanigan, presidente da OPEIU, em comunicado. O feito também foi comemorado no Twitter:

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A contagem final dos pleitos foi de 46 a favor e 37 contra. E o que isso significa? Bem, a partir de agora, a OPEIU vai trabalhar com a Kickstarter United para negociar os contratos do Kickstarter. Entre as exigências, estão remuneração mais equilibrada, diversidade na contratação e transparência nas medidas disciplinares para os funcionários.

O que dizem os executivos do Kickstarter?

Após o resultado, o CEO Aziz Hasan apoiou a sindicalização. "Apoiamos e respeitamos essa decisão e estamos orgulhosos do processo justo e democrático que nos trouxe até aqui. Trabalhamos duro na última década para construir um tipo diferente de empresa, que avalie seu sucesso com o cumprimento de sua missão: ajudar a dar vida a projetos criativos. Nossa missão tem sido um ponto comum para todos aqui durante esse processo e continuará a nos guiar como entramos nessa nova fase juntos”, afirmou.

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Contudo, esse é um tom diferente das declarações nos meses que antecederam o pleito. Embora a empresa tenha apoiado os votos de funcionários para decidir o assunto, a liderança no ano passado disse que um sindicato não era "a ferramenta certa" para corrigir os problemas do Kickstarter. Além disso, nessa mesma época, a companhia demitiu dois funcionários que lideraram os esforços organizacionais.

Vale destacar que trabalhadores terceirizados do Google na HLC America conseguiram se sindicalizar com a United Steel Workers em 2019. Entretanto, o Kickstarter é de longe a empresa de tecnologia de maior perfil nos Estados Unidos a se unir até esse ponto. A expectativa agora é observar como essa notícia será tratada nos corredores do Google e da Amazon.

Fonte: Mashable