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Justiça dos EUA ainda pressiona Google a vender o Chrome

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Charles Deluvio/Unsplash
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) ainda quer que o Google venda o navegador Chrome como proposta de resolução final do caso antitruste em que a empresa foi acusada de ferir as premissas de concorrência justa no setor. A recomendação do DOJ foi protocolada na última sexta-feira (7) e pede que a empresa faça a venda imediata do navegador juntamente com outros ativos ou serviços necessários.

Outra medida proposta pelo órgão é que o Google suspenda qualquer pagamento de parceiros para que façam um tratamento preferencial de seu mecanismo de busca — o julgamento do caso revelou acordos para privilegiar o buscador em produtos da Apple e celulares da Samsung. As solicitações feitas pelo DOJ são provenientes do maior caso de antitrustre em tecnologia desde o embate entre a pasta e a Microsoft nos anos 90. 

O caso está sob análise do juiz Amit Mehta, que já havia assinado um documento que recomendava a venda de divisões da empresa, como Chrome e Android, e o fim de acordos da Big Tech com fabricantes para priorizar o buscador como opção padrão.

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A ação foi levada a julgamento em 2023 e o juiz Amit Mehta decidiu em agosto de 2024 que o Google manteve um monopólio ilegal, tanto no mercado de pesquisas gerais quanto no de anúncios de texto relacionados a essas pesquisas.

Por que o Google teria que vender o Chrome?

A venda do Chrome seria importante para combater o monopólio da empresa devido ao fato de que o navegador representa um local de acesso importante de consulta e pesquisa para diversas pessoas. “A conduta ilegal do Google criou um gigante econômico, um que causa estragos no mercado para garantir que – não importa o que aconteça – o Google sempre vença. Consumidores e empresas americanas sofrem com a conduta do Google.”, diz a declaração do DOJ.  

As autoridades  interpretam que a venda é importante para a publicação de anúncios pela empresa. Além de facilitar acesso ao buscador, a Big Tech teria acesso a dados sobre as atividades dos usuários e poderia ampliar o faturamento com vendas de anúncios personalizados.

E por que vender o Android?

Advogados do governo elaboraram em novembro de 2024, um plano de ações que reunia recomendações para afrouxar a força do Google no mercado de buscas no país. Esse documento foi enviado ao juiz Mehta também indicava a venda do Android, a qual seria uma ação que auxiliaria no processo de 'enfraquecer' o poder da empresa. 

O que diz o Google?

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O porta-voz do Google Peter Schottenfels declarou por e-mail ao site Wired que as propostas abrangentes do Departamento de Justiça (DOJ) "vão muito além da decisão judicial e prejudicariam os consumidores, a economia e a segurança nacional dos Estados Unidos."

A empresa também argumentou que seu sucesso em buscas decorre da empresa oferecer a melhor tecnologia de pesquisa. Assim como aponta que os consumidores tem a opção de mudar seu mecanismo de busca padrão, e que o Google enfrenta concorrência da Microsoft e outras empresas. 

Google desistiu de fazer com que Google venda divisões de IA

O DOJ retirou a demanda de venda de divisões de IA pelo Google. A decisão também foi comunicada na última sexta-feira (7) e fazia parte do documento inicial de recomendações emitidas pelos advogados do governo em novembro de 2024. Contudo, a empresa ainda seria obrigada a notificar a prévia de futuros investimentos em IA.

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Fonte: Wired

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