Apple compra startup que comprime vídeos com inteligência artificial
Por Giovana Pignati | Editado por Claudio Yuge | 28 de Março de 2023 às 18h20
![Unsplash/Hussam Abd](https://t.ctcdn.com.br/-pwXY37NpziKqZIsHJBmNpCJZvI=/640x360/smart/i665354.jpeg)
A Apple silenciosamente adquiriu uma startup que desenvolve algoritmos baseados em inteligência artificial para compressão de vídeos. A página da WaveOne, startup fundada em 2016, foi desativada e diversos ex-funcionários da empresa agora atuam no grupo de aprendizado em máquina da big tech.
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Há cerca de um mês, o ex-chefe de vendas e desenvolvimento de negócios da WaveOne, Bob Stankosh, anunciou a venda em um post no LinkedIn: “Iniciamos nossa jornada na WaveOne, percebendo que tecnologia de vídeo baseada em aprendizado de máquina/aprendizado profundo poderiam mudar o mundo. A Apple viu esse potencial e aproveitou a oportunidade para adicioná-lo ao seu portfólio de tecnologia.”
A tecnologia proposta pela WaveOne é o algoritmo de compressão e descompressão de vídeo “consciente do conteúdo” que pode ser executado nos aceleradores de IA já existentes, embutidos em celulares e PCs. Com a detecção de cena e objeto, a tecnologia é capaz de "entender" um quadro do vídeo para priorizar alguns elementos na hora de economizar a largura de banda.
Confira um exemplo, a seguir:
Segundo a WaveOne, sua tecnologia de compressão de vídeo também pode ser utilizada para interrupções repentinas na conectividade, pois a IA consegue fazer o "melhor palpite" com os bits disponíveis. Portanto, quando a conexão fosse restrita o vídeo não congelaria, apenas mostraria menos detalhes. A startup ainda afirma que, independentemente do hardware, sua abordagem consegue reduzir o tamanho de arquivos de vídeo pela metade.
Para a Apple, essas ferramentas podem ser aplicadas ao seu serviço de streaming, o Apple TV+, tornando-o mais eficiente. Conforme ressalta o TechCrunch, as pequenas melhorias na compactação dos vídeos podem economizar nos custos de largura de banda, oferecendo resoluções e taxas de quadros mais altas.
Fonte: TechCrunch