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Gartner lista tendências para empresas e usuários de TI nos próximos anos

Por| Editado por Claudio Yuge | 31 de Outubro de 2022 às 20h10

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Reprodução/Freepik
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O futuro guarda muitas incógnitas sobre o impacto da transformação digital na vida das organizações e usuários de TI. Uma vez que a "incerteza traz tanto oportunidades quanto riscos", é importante reimaginar suposições enraizadas em um passado pré-digital e avaliar como o setores da indústria se desenvolverão. É o que diz Daryl Plummer, analista e vice-presidente do Gartner, empresa que listou previsões para os próximos anos no mercado tecnológico e demais áreas da sociedade.

Segundo Daryl, as previsões deste ano fornecem uma base para os gestores aproveitarem a incerteza, desafiarem o pensamento e mudarem as expectativas, mantendo o movimento para frente. Confira a lista de previsões estratégicas para 2023 e os próximos anos, a seguir;

Previsões estratégicas para mercado tecnológico

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Mercado de trabalho e investimentos

Espaços de trabalho totalmente virtuais até 2027: com o crescimento do modelo de trabalho remoto e cenários mais flexíveis, os ambientes do metaverso oferecerão suporte a novas experiências imersivas. Segundo a previsão do Gartner, os espaços de trabalho virtuais serão responsáveis por 30% do crescimento do investimento em tecnologias para reimaginar o ambiente de trabalho.

“Os fornecedores de soluções para reuniões precisarão oferecer tecnologias no metaverso que suportem um espaço de trabalho virtual. Caso contrário, arriscarão serem substituídos”, pontua Plummer.

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A volatilidade do trabalho fará com que 40% das organizações registrem perda material até 2025: o mercado de trabalho global enfrenta crises com o modelo de trabalho atual que desafiam líderes empresariais a encontrar, atrair, contratar e reter novos talentos. Com a falta de mão de obra, empresas serão incapazes de disponibilizar suporte a produtos ou lançar novos serviços.

“A volatilidade do trabalho tem uma correlação direta com os modelos de execução e entrega da organização que afetam o desempenho financeiro”, diz Daryl. A empresa diz que mudanças de estratégias serão necessárias, tornando o diálogo de resiliência em uma conversa do CEO e da diretoria, em vez de algo exclusivo do RH.

Organizações que corrigirem disparidades salariais entre homens e mulheres sofrerão menos com a escassez de talentos, até 2025: dados do Gartner apontam que a remuneração é um dos principais impulsionadores da atração e retenção de talentos, mas apenas 34% dos colaboradores acreditam que seu pagamento é justo. Segundo a empresa, as organizações que tiverem salários equivalentes, reduzirão o atrito entre profissionais em 30%.

Apesar de não existir uma metodologia para calcular a equidade salarial, se abre uma demanda no mercado por softwares que ofereçam avaliações de igualdade de pagamentos, com o surgimento de fornecedores especializados para analisar e modelar dados relacionados à remuneração equitativa.

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A aceitação de investimentos de alto risco dobrará, até 2025: líderes do setor passarão a aceitar aplicações em tecnologias de alto risco, denominados 'moonshots', com mais facilidade. “Adotar abordagens antifrágeis, como moonshots, permite que as organizações maximizem sua vantagem contra a disrupção, ajustando seu apetite ao risco e aumentando sua tolerância a falhas”, afirma o analista do Gartner.

Métricas de valorização dos colaboradores substituirão avaliações de retorno sobre o investimento (ROI): o Gartner aponta que investimentos em esforços como o bem-estar dos funcionários e na experiência do cliente podem substituir o ROI em 30% das decisões de investimento de crescimento bem-sucedidas. Apesar de tais métricas serem difíceis de quantificar no curto prazo, influenciam os resultados de longo prazo que impulsionam o valor da empresa.

“O uso de modelos tradicionais de ROI para tomar decisões de investimento pode descontar ou excluir completamente os benefícios não financeiros. As organizações que usam abordagens de avaliação mais expansivas mudarão seu foco para crescimento, disrupção e inovação de longo prazo”, fala Plummer.

Tecnologia e ecossistemas em nuvem

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Ecossistemas em nuvem irão compor 30% do cenário de fornecedores até 2025: grandes provedores de serviços em nuvem (CSPs) estão criando ecossistemas com os fornecedores de software independentes (ISVs), oferecendo uma variedade de serviços pré-integrados e compostos. Apesar do potencial de ganhos significativos de produtividade, à medida que os ecossistemas CSP amadurecerem, reduz-se a necessidade de ferramentas de terceiros — deixando os clientes com menos opções e menos controle sobre o destino de seu software.

Políticas sobre o uso de provedores de nuvem aumentarão a confiança nos sistemas, até 2024: com a globalização interconectando sociedades, regulamentações e legislações surgem para proteger os cidadãos. Governos e reguladores comerciais, em especial, trabalhando em políticas rígidas sobre o uso de provedores de nuvem não regionais para trabalhos essenciais ou confidenciais.

Segundo Plummer, o cenário geopolítico e o impacto direto que as sanções podem ter, demandam a evolução de soluções completas em nuvem. “Governos e reguladores que sancionam abordagens específicas de propriedade conjunta de provedores com parceiros locais podem atender a requisitos rígidos de soberania enquanto facilitam a globalização técnica contínua”, diz o analista.

A Inteligência Artificial (IA) consumirá mais energia do que a força de trabalho humana até 2025: cada vez mais difundida, a IA requer modelos de aprendizado de máquina complexos que consomem dados, recursos de computação e energia. Caso não sejam aplicadas práticas sustentáveis, esse gasto representará 3,5% do consumo global até 2030.

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“A Inteligência Artificial oferece enormes benefícios potenciais para otimizar a eficiência operacional e a sustentabilidade, superando muito sua própria pegada”, fala Plummer. “Desde que seja aplicada de forma mais abrangente e eficaz do que hoje, a Inteligência Artificial poderia reduzir as emissões globais de dióxido de carbono de 5% a 10%”, aponta o vice-presidente do Gartner.

Novo tipo de ataque de negação de serviço (DoS) se tornará mais frequente até 2026: os ataques DoS ocorrem quando um hacker tenta tornar os recursos de um sistema indisponíveis, bloqueando o seu acesso. O Gartner prevê uma nova modalidade ataques sendo realizados por cidadãos (cDOS) como uma forma de reivindicar o seu descontentamento com organizações, sejam elas governamentais ou não. A empresa aponta que, até 2024, espera-se que os cidadãos bloqueiem o sistema de atendimento ao cliente de grandes corporações através de um cDOS.

Os modelos de plataforma de mídia social mudarão de “cliente como produto” para “plataforma como cliente”, até 2027: Com a chegada da Web3, usuários terão acesso a novos padrões de identificação descentralizados, dando mais controle sobre quais dados serão compartilhados. O novo modelo eliminará a necessidade de provas de reconhecimento repetidas, oferecendo suporte a serviços de autenticação comuns — prevalecendo sobre o atual que, segundo Daryl, não é eficiente, escalável ou seguro.