Financeiras poderão virar fintechs: o que muda para você?
Por Fernanda Santos |

A partir de setembro de 2025, as financeiras brasileiras poderão atuar também como fintechs de crédito e instituições de pagamento, segundo a nova resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e divulgada pelo Banco Central.
- 99Pay aposta em IA e superapp para crescer no mercado financeiro digital
- Como o MED combate os golpes no Pix e facilita a recuperação de dinheiro
Publicada na Resolução nº 5.118, a mudança não afeta apenas as instituições financeiras, ela também tem impacto direto para o consumidor.
O que muda para o consumidor?
Com a nova regra, financeiras tradicionais poderão oferecer serviços digitais com menos burocracia, parecidos com os das fintechs que você já conhece, como crédito via aplicativo, cartões com menos tarifas, emissão de boletos, pagamentos online e até câmbio digital.
Na prática, isso pode significar:
- Mais opções de crédito e serviços financeiros no mercado
- Menos taxas, já que a concorrência tende a aumentar
- Atendimento mais digital, direto pelo celular
- Mais agilidade para aprovar e liberar crédito
A mudança não afeta contas ou contratos existentes, mas deve influenciar o jeito como novas soluções financeiras chegam até você com mais inovação, integração e simplicidade.
O que muda na prática
Antes da mudança, as financeiras estavam restritas a atividades mais tradicionais e precisavam de autorização prévia do Banco Central para diversificar seus serviços. Com a nova norma, isso muda: as instituições passam a ter autonomia para incluir novas atividades, desde que sigam as regras estabelecidas.
Além disso, a adesão ao novo modelo será opcional. Ou seja, financeiras que preferirem manter sua atuação nos moldes atuais não serão obrigadas a mudar.
Objetivo é reduzir burocracia e incentivar inovação
A resolução faz parte da Agenda BC#, programa do Banco Central voltado à inovação e à modernização do sistema financeiro brasileiro.
“A medida permite o uso de novas tecnologias e modelos de negócio por essas instituições, incentivando a competitividade e o aumento da eficiência no Sistema Financeiro Nacional”, informou o Banco Central em nota oficial à Agência Brasil.
O novo modelo também reduz a necessidade de múltiplas autorizações e contribui para baixar custos operacionais, o que pode facilitar a entrada de novos players no mercado e beneficiar os consumidores.
Regra passou por consulta pública em 2024
A decisão foi construída a partir de uma consulta pública realizada em 2024, com ampla participação do mercado. Segundo o Banco Central, a iniciativa responde à necessidade de atualizar uma regulamentação considerada limitada diante do avanço das tecnologias financeiras e da transformação digital no setor.
A expectativa é que a norma incentive a concorrência, promova a inclusão financeira e torne o sistema mais alinhado com as demandas atuais da sociedade e dos consumidores.
Saiba mais:
- Banco Central libera saque automático dos valores a receber; saiba como pedir
- Pix por aproximação será lançado em 2025, prevê Banco Central
VÍDEO: Galaxy G Fold será lançado no final de 2025? O que sabemos do smartphone com três telas da Samsung?