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Fabricantes de chips teriam retomado negócios com a Huawei

Por| 26 de Junho de 2019 às 11h59

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CNet
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Mesmo com o banimento imposto pelo governo de Donald Trump a Huawei, alguns dos principais nomes da indústria de chips dos Estados Unidos continuaram negociando com a fabricante chinesa. É o que afirma uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times, que cita negócios na casa dos milhões de dólares que estariam sido feitos entre a chinesa e companhias como Intel e Micron.

As relações teriam sido retomadas nas últimas três semanas, de forma sigilosa, e com uma produção de chips que aconteceria fora dos Estados Unidos. Pelo menos uma das companhias citadas, a Micron, confirmou a acionistas a retomada dos negócios com a Huawei, devido à revisão dos termos de banimento e também com a ideia de que nem todos os tipos de componentes se aplicam a ele.

O CEO da Micron, Sanjay Mehrotra, afirmou a investidores que retomou, em meados de junho, as vendas de “certos produtos” à Huawei, sem citar quais. A volta faria parte de um processo de negociação com as autoridades, na qual a Associação da Indústria de Semicondutores também estaria envolvida, e também de uma revisão interna dos termos da “lista de entidades”, relação de banimento na qual a Huawei e suas subsidiárias foram incluídas no final de maio.

John Neuffer, presidente da organização que representa os interesses dos fabricantes de chips, concorda com a afirmação e afirma que as regulações permitem a negociação de alguns itens com a Huawei. Entretanto, as leis são complexas e também envolvem termos que podem dificultar o trabalho de suporte, por exemplo, que pode ser essencial para esse trabalho. Por outro lado, o executivo acredita que, com o tempo, a suspensão deve ter alguns de seus elementos revogados, levando a um aumento na fabricação de componentes fora dos EUA por empresas americanas.

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Mesmo tendo minimizado o impacto do banimento em suas operações internas, apesar de os números indicarem um negócio de US$ 11 bilhões por ano, a Huawei também tomou atitudes para lidar com o problema. Boa parte de sua oferta de notebooks depende de processadores, modems e outros componentes americanos e que agora ela não pode adquirir. Isso levou à suspensão no lançamento de linhas de computadores e a uma revisão geral nos planos da fabricante neste setor.

Enquanto isso, a chinesa continua negando as alegações do governo americano de que teria conluio com o governo da China. A Huawei nega ser uma arma de espionagem do país e se propôs até mesmo a assinar um pacto de não-espionagem, de forma a acalmar os ânimos, caso a administração Trump inclua seu nome em acordos comerciais que possam possibilitar seu retorno às atividades em solo americano.

Fonte: The New York Times