Compras online de bebidas e alimentos dos brasileiros triplicam na pandemia
Por Dácio Castelo Branco | Editado por Claudio Yuge | 31 de Março de 2022 às 22h30
O ano passado marcou o segundo ano da pandemia da covid-19, e levantamentos começam a mostrar o verdadeiro impacto da situação em diferentes setores. Especificamente em vendas online de bebidas e alimentos, dados da Neotrust, empresa de monitoramento do e-commerce do Brasil, revelam que em 2021 esses produtos quase triplicaram em vendas em relação a 2019, contabilizando R$ 2,86 bilhões em faturamento.
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O levantamento da NeoTrust também mostra que as mulheres lideraram as compras de alimentos em 2021, responsáveis por 59,4% das transações referentes a esses produtos, enquanto os homens assumiram a ponta em aquisição de bebidas, realizando 63,7% das operações com esses itens.
Em 2021, os itens que mais geraram faturamento no e-commerce, em relação a alimentos, foram frios e laticínios; bomboniere; carnes, aves e pescados; condimentos, ervas e especiarias; e hortifrúti. Já as bebidas que geraram mais movimentação financeira no comércio eletrônico foram vinhos, whisky, cervejas e chope, refrigerantes, champanhes e espumantes.
“O setor contou com a entrada de muitos novos consumidores, que na pandemia criaram o hábito de comprar alimentos e bebidas online. O aumento do frete grátis foi um dos fatores que ajudou a fomentar esse hábito: enquanto em 2019 apenas 31% das compras online contaram com essa facilidade, em 2021 o frete grátis foi oferecido em 63% das compras”, destaca Paulina Dias, Head de Inteligência da Neotrust.
Dados regionais
Em 2021, a região Sudeste concentrou 72,3% dos pedidos relacionados a alimentos e bebidas - oito pontos a menos do que o registrado em 2020. Seguidas delas, estão as regiões Nordeste (13,1%), Sul (8,4%), Centro-Oeste (5%) e Norte (1,1%).
No mesmo período, a região Nordeste foi a que mais cresceu, ganhando 7,4%, seguida pela região Norte, que ganhou 0,7% Por fim, ainda no Norte, destacam-se as altas de 89% no faturamento e de 239% no número de pedidos entre 2020 e 2021.