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Chinesa Realme cresce mais de 400% no mercado indiano e já ameaça gigantes

Por| 12 de Novembro de 2019 às 11h52

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A Xiaomi vem se dando bem no crescente mercado indiano de smartphones, com a liderança de 27,1% e distribuição de mais de 12,6 milhões de telefones no final do terceiro trimestre deste ano. A Samsung aparece em segundo, com 8,8 milhões de unidades e 18,9% de fatia no mesmo período. Mas a disputa entre ambas pode ficar abalada nos próximos meses com a incrível ascensão de outra chinesa na Índia: a Realme.

A fabricante nasceu há um ano e meio como subsidiária da Oppo e desde o final de 2018 vem operando como uma companhia independente. Segundo levantamento feito pela IDC, a Realme está na quarta posição no ranking de vendas na Índia, atrás somente da Vivo (15,2%, 7,1 milhões de aparelhos) e à frente de sua própria empresa criadora (11,8%, 5,5 milhões).

Note na tabela acima que a Realme comercializou entre julho e outubro cerca de 6,7 milhões de smartphones e conta com 14,3% do setor — o crescimento na comparação ano a ano chega a 401,3%.

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Realme usa mesmas táticas da Xiaomi

Para conquistar essa fatia em tão pouco tempo, a fabricante usa estratégias que já deram certo com a Xiaomi. Em 2018, ela só vendeu seus produtos por meio de canais online, o que barateia bastante os custos com empregados e serviços. Na Índia, os aparelhos só começaram a aparecer nas prateleiras no último trimestre do ano — e deu muito certo, porque 66% das vendas foram nas lojas físicas.

Foram mais de uma dúzia de lançamentos com preços agressivos, entre US$ 80 e US$ 240, incluindo os modelos Realme C2, 3i e 3, que foram campeões de venda no terceiro trimestre, vendidos entre US$ 80 e US$ 110. Inclua nesse pacote um marketing que busca diferencial em nichos de consumidores jovens e na ala feminina.

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A exemplo da Xiaomi, a maioria dos aparelhos da Realme vem com uma boa relação custo-benefício no hardware: o Realme C2 de US$ 80, por exemplo, conta com processador MediaTek Helio P22, tela de 6 polegadas com resolução HD+, câmera dupla traseira (13 MP e 2 MP) e uma frontal (5 MP), 2 GB ou 3 GB de memória RAM, armazenamento interno de 16 GB a 32 GB (até 256 GB com microSD) e bateria de 4.000 mAh.

Ou seja, é uma opção bem acessível para quem gostaria de ter uma alternativa barata com funcionalidades que há três anos eram exclusividade de produtos premium.

Realme pode se tornar gigante nos próximos anos

A Realme atualmente opera em 18 países, incluindo o mercado doméstico, que abrange China, Indonésia, Malásia, Paquistão, Vietnã e Egito. Em maio, a fabricante chegou às lojas online europeias. Em recente relatório da firma de consultoria Counterpoint, a chinesa saiu da 47ª posição em número de smartphones distribuídos no terceiro trimestre de 2018 para a 7ª colocação ao final de setembro deste ano.

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Segundo a Counterpoint, a entrega de mais de 10 milhões de telefones significa um aumento global de 808% — a Índia e a Indonésia ficaram com mais de 80% desses aparelhos. “Esperamos que a Realme se torne uma séria concorrente no mercado do próximo ano, uma vez que o crescimento continuará nos mercados emergentes e nos canais online. A proposta de valor pelo dinheiro cobrado é também poderosa, principalmente em tempos de crescimento econômico globalmente estagnado”, preveem os analistas.

Fonte: Tech Crunch