Associação proíbe pagar bets com cartão de crédito a partir de outubro
Por André Lourenti Magalhães | •
A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) decidiu proibir o uso de cartão de crédito para pagamentos em sites de apostas desde o dia 1º de outubro de 2024. A decisão estava prevista para entrar em vigor a partir de 2025 com a nova legislação sobre as bets, mas foi antecipada pela entidade após reunião extraordinária no começo da semana.
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A Abecs representa as principais bandeiras de cartões do mercado, incluindo American Express, Elo, MasterCard e Visa, além de outras instituições financeiras. Em nota, a associação diz que a medida foi tomada com base na “crescente preocupação do setor de cartões em relação à prevenção do superendividamento da população e ao crescimento das apostas online no país, que, entre outras consequências, pode gerar impactos significativos no endividamento e no consumo relacionado ao varejo e ao setor de serviços”.
A Abecs comenta que o uso de cartões de crédito no pagamento de apostas é “inexpressivo” e destaca a necessidade de vetar outras formas de pagar usando linhas de crédito, como é o caso do Pix parcelado. A estimativa é de que o Pix seja o meio mais usado nos depósitos de apostas — segundo o Banco Central do Brasil, mais de R$ 20 bilhões foram gastos no segmento a partir das transferências instantâneas.
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Governo divulgou lista de bets autorizadas
A Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, divulgou a lista de sites de apostas autorizados que podem operar no Brasil até o mês de dezembro.
Ao todo, são 193 bets de 89 empresas diferentes liberadas em todo o país — o número contempla apenas as plataformas que já existiam por aqui, mas o número vai aumentar a partir de 2025 com a chegada de novas empresas que já enviaram pedidos de regularização.
Confira a lista completa das empresas aprovadas. Vale lembrar que quem tem dinheiro em um site de apostas considerado irregular precisa resgatar o saldo até o dia 10 de outubro, antes do bloqueio destes serviços no Brasil.
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