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ARM vai transferir ações de filial chinesa ao SoftBank para acelerar IPO

Por| Editado por Claudio Yuge | 30 de Março de 2022 às 23h30

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Com planos de acelerar seu IPO (Oferta Públicas de Ações ou Initial Public Offerings, em inglês) nos EUA, a ARM planeja transferir as ações da sua joint venture (empresa conjunta) na China formada com a companhia chinesa de private equity Hopu Investments para o Softbank.

A decisão surge após uma tentativa de fusão da empresa com a Nvidia que acabou não sendo concretizada devido aos desafios regulatórios da transação. A fabricante de chips planeja fazer sua estreia pública antes de março de 2023.

Caso a transferência de ações seja bem sucedida, a joint venture ficará vinculada à sede da ARM, no Reino Unido, por meio de um acordo de licenciamento. A empresa britânica atualmente detém uma participação acionária de 47,3% na sua filial chinesa, após o processo, a empresa deterá menos de 20%.

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Segundo os relatos de algumas fontes para a Bloomberg, a ARM China será tratada como uma afiliada não controlada para fins contábeis e como qualquer outro cliente pagante de licença, em vez de uma subsidiária totalmente controlada.

A transferência de ações pode ajudar o SoftBank a lançar a sua empresa de chips em Wall Street no ano que vem. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, o conglomerado japonês solicitou uma linha de crédito como parte de seu compromisso para alguns bancos de investimento.

Com base em um relatório da Bloomberg, o SoftBank está em busca de um empréstimo no valor de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) para o IPO da ARM. Há boatos também que os nomes dos bancos que aceitaram a proposta incluem Goldman Sachs , JP Morgan e Mizuho, contudo nenhuma das instituições confirmou as especulações.

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O IPO pode mudar o cenário atual da filial chinesa da ARM que enfrenta problemas com seu o ex-presidente executivo, Allen Wu, que assumiu o controle do negócio depois que o SoftBank comprou a ARM por US$ 32 bilhões (R$ 160 bilhões) em 2016.

O conselho da ARM na China demitiu Wu em 2020 por conflitos de interesse, porém ele se recusou a sair e continua no comando da empresa diariamente com o apoio das autoridades de Shenzhen, na China.

Não está claro como ou quando o SoftBank pode resolver a disputa na China. Wu e ARM estão envolvidos em ações judiciais sobre os nomeados demitidos pelo ex-presidente da empresa, bem como uma tentativa dele reivindicar seu direito legal de continuar na sua antiga posição.

Com a futura transferência das ações, o SoftBank deterá cerca de 28% de participação na filial chinesa. Dessa forma, a gigante japonesa espera resolver a disputa em andamento com Wu, além de facilitar o processo do IPO da ARM. Por outro lado, a empresa ainda precisa avaliar os riscos potenciais que a sua filial chinesa pode representar, já que não será responsável pela auditoria das finanças da unidade.

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Apesar dos conflitos com Wu, a joint venture da empresa na China teve um bom desempenho, com aumento de receita e lucros, segundo o CEO da ARM, Rene Haas.

O fundador do Softbank, Masayoshi Son, disse aos investidores que a empresa “terá como objetivo o maior IPO da história dos semicondutores”. Isso apresenta uma oportunidade única para investidores no IPO da ARM.

No entanto, fontes próximas às empresas alertaram que diversos fatores, incluindo condições de mercado, podem influenciar a avaliação da fabricante de chips, que está estimada em US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões).

Fonte: Bloomberg,Investmentu