Aprender IA é tão vital quanto idiomas para brasileiros, diz pesquisa do Google
Por Marcelo Fischer Salvatico • Editado por Bruno De Blasi | •

O domínio de assistentes de inteligência artificial (IA) se tornou uma prioridade na vida do brasileiro, tanto quanto aprender um novo idioma. É o que revela o estudo "Work: In Progress - Descobertas de como a IA está transformando o Trabalho", divulgado nesta quarta-feira (10) durante o Google Cloud Summit Brasil 2025, em São Paulo (SP).
- Google vai treinar 200 mil pessoas em IA de graça; veja como participar
- Google Cloud reforça processamento de IA em infra no Brasil com novo TPU
De acordo com a pesquisa do Google, há um empate técnico entre a utilização de assistentes de IA e aprendizado de idiomas. No Brasil, 34% consideram que aprender uma nova língua é prioridade, caindo para 32% em dois a cinco anos. Já o uso de IA é prioridade hoje para 27%, aumentando para 30% nos próximos anos.
A formação complementar, como cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, também ficaram para trás nas prioridades do brasileiro, sendo prioridade para apenas 12% dos entrevistados.
O estudo “Work: in Progress” entrevistou mais de 3,5 mil pessoas do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México entre abril e junho deste ano. Entre os selecionados, estão desde assistentes até executivos C-level de empresas de diversos setores que possuem entre 500 e 10 mil colaboradores.
Quase todo mundo usando IA, mas…
A pesquisa divulgada mostra também que praticamente 3 em cada 4 (74%) brasileiros já utilizam IA para as atividades profissionais. Mas, a maioria das soluções de IA utilizadas não são adequadas para o ambiente corporativo.
Quase metade dos brasileiros (47%) estão cientes que o uso de produtos de IA, como chatbots e agentes, que não são disponibilizados pela própria empresa, podem trazer riscos à segurança das organizações.
Além disso, 45% dos entrevistados dizem se sentir mais seguros usando seus assistentes pessoais do que os desenvolvidos pelas empresas em que trabalham.
“No estudo, podemos observar como a relação do brasileiro com os assistentes de IA têm sido positiva, provocando uma proatividade em usar essas tecnologias. Ao mesmo tempo, existe uma oportunidade que não está sendo aproveitada por parte das organizações que é promover essa adoção de forma segura e organizada em prol dos seus próprios negócios”, afirma o head de Google Workspace Brasil, Alberto Zafani.
Riscos de lado, a maior parte dos entrevistados classifica o uso dos assistentes pessoais como de IA como positivo. 54% consideram que a IA traz velocidade ao trabalho e 55% vêem mais qualidade na entrega.
Mas, ainda há oportunidades a serem exploradas pelas lideranças das empresas. 47% entendem que poderiam tirar mais proveito da inteligência artificial se suas respectivas companhias investissem mais na tecnologia.
E para que estão usando IA?
Seguindo o entendimento dos entrevistados de que a IA traz mais velocidade ao trabalho, 57% utilizam os assistentes para demandas que necessitam da análise de dados, sendo a prática mais comum.
Em seguida, vem a pesquisa por informações, com 55%, e depois as utilizações para escrita e revisão: 55% para revisão e tradução de textos e e-mails e 53% para criação, porém, com uma linguagem mais clara.
Leia mais:
- 10 cursos de IA online do nível básico à especialização
- 8 cursos gratuitos do Google sobre IA generativa
- Magalu lança 1º programa de trainee em Inteligência Artificial do Brasil
VÍDEO: A MELHOR IA PRA CRIAÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS? Conheça o Google Nano-Banana!
https://www.youtube.com/watch?v=KLtyLd9v7Qw