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Amazon Prime Video ameaça cada vez mais a liderança do Netflix, aponta relatório

Por| 13 de Outubro de 2020 às 22h00

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Glenn Carstens-Peters
Glenn Carstens-Peters
Tudo sobre Netflix

Um levantamento da Reelgood, plataforma que agrega conteúdos de serviços de streaming, mostrou como anda a disputa por audiência dos principais serviços do gênero nos Estados Unidos. E um dos principais destaques é o fato do Prime Video, da Amazon, diminuir a cada trimestre a sua diferença em relação a Netflix, a líder desse mercado.

Segundo o relatório, a Netflix mantém sua liderança no terceiro trimestre deste ano, com 25% do marketshare (contra 32% no segundo trimestre). Já o Prime Video pulou de 20% para 21% de um trimestre para outro, com a diferença entre as plataformas diminuindo de forma sensível nos últimos meses.

O Hulu, por sua vez, mantém a terceira colocação, ainda que a sua participação tenha diminuído de 19% para 15% entre os dois últimos trimestres. No entanto, outro destaque do ranking fica por conta do crescimento do HBO Max, cujo marketshare saltou de 3% para 9% no último tri, ultrapassando ninguém menos que a Disney+.

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De acordo com a Reelgood, os ganhos aparentemente massivos da HBO Max em compartilhamento de streaming neste trimestre se devem, em parte, ao fato do serviço ter começado depois dos outros concorrentes — seu lançamento se deu no dia 27 de maio deste ano. Outro fator a considerar é que vários filmes e programas de TV da HBO Max, na verdade, foram classificados de forma consistente nas listas mensais mais assistidas da Reelgood de julho a setembro, como Coringa, Birds of Prey, Matrix, Game of Thrones, Rick e Morty, entre outros. Isso contribuiu para o aumento de audiência da plataforma da WarnerMedia.

Cadê o Apple TV+?

Outro fator que chama a atenção é a ausência do Apple TV+ da relação dos mais populares. Um dos fatores que podem explicar isso é que a plataforma da Maçã tem a estratégia de investir apenas em conteúdos originais. E isso é arriscado por alguns motivos. Primeiro, porque produzir esse material leva tempo e demanda um belo investimento em produção — para piorar a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) atrasou suas produções (e da concorrência também, sejamos justos). Segundo, porque sempre há o risco (que não é pequeno) do filme ou da série simplesmente não cair no gosto do público — o que significa que não atrairá novos assinantes. Além disso, a empresa precisará ter lançamentos constantes para manter o interesse da audiência, o que significa mais gastos.

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Menos mal que fluxo de caixa não é exatamente um problema para a Maçã, que pode se dar ao luxo de perder dinheiro no primeiro ou segundo ano do Apple TV+. Tanto isso é verdade que o baixo preço cobrado pelo serviço nos primeiros 12 meses mostra que a empresa está mais interessada em construir sua base de assinantes do que faturar.

Por outro lado, é razoável considerar também que a audiência da Apple TV+ não seja algo tão relevante assim para seus executivos. Mais importante para a empresa seria manter e fortalecer sua lucrativa divisão de serviços para manter os usuários no seu ecossistema e oferecer toda a sorte de produtos, de filmes e séries a games, músicas, livros, etc. Tanto que o preço do serviço é baixo: US$ 4,99 nos EUA e R$ 9,90 no Brasil.

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Trata-se de algo muito semelhante à estratégia praticada pela Amazon que, a partir do Amazon Prime, oferece uma série de serviços — entrega de produtos de seu e-commerce, músicas, games e o próprio Prime Vídeo — cobrando apenas US$ 12,99 nos EUA e R$ 9,90 no Brasil. Ou seja, sempre que alguém adere ao combo, a audiência do Prime sobe. E em tempos de pandemia do coronavírus, quando o volume de compras online da Amazon nos EUA aumentou consideravelmente, o número de pessoas que assinou o serviço também cresceu.

Com informações da CBR.com

Fonte: Reelgood