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Google exibe protótipo de carro autônomo sem volante, freios e acelerador

Por| 28 de Maio de 2014 às 12h23

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Não é novidade que o Google está investindo pesado no aprimoramento de um sistema para carros que dispensa o motorista ao volante. Inclusive, a companhia divulgou recentemente que o mecanismo está muito mais preciso e que agora pode identificar diversos elementos no tráfego, como semáforos e ciclistas. Mas e depois? Qual será o próximo passo na indústria automotiva depois que veículos autônomos chegarem ao mercado?

Pensando no que virá a seguir, o Google divulgou nesta terça-feira (27) em seu blog oficial aquilo que a companhia imagina ser o carro do futuro: um automóvel compacto, sem freios, acelerador ou volante, e claro, que também dirige sozinho. O funcionamento é semelhante ao do Toyota Prius e do Lexus SUV, os veículos adaptados pela empresa que testam o sistema autônomo desde 2009. No lugar próximo ao encaixe dos cintos de segurança se localiza um botão que dá a partida no automóvel.

A máquina tem capacidade para transportar apenas dois passageiros, mas engana-se quem acredita que o veículo seja pequeno demais. De acordo com o primeiro vídeo promocional da novidade, o carro comporta confortavelmente duas pessoas e até mesmo um cachorro, já que não possui todo o equipamento frontal (volante, aparelho de som, porta-luvas, freios, aceleradores e painéis), lateral (espelhos retrovisores) e traseiro, todos estes presentes nos carros atuais.

"O projeto é sobre mudar o mundo para as pessoas que não têm acesso a um bom sistema de transporte hoje. Não existem bons serviços de transporte público em muitos lugares dos Estados Unidos", afirmou Sergey Brin durante a primeira edição da Code Coference, evento produzido pelo site Re/code e organizado pelos jornalistas Walt Mossberg e Kara Swisher.

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(Foto: Google/Divulgação)

Segundo o Google, o carro é inteiramente dirigido por um sistema de computador. Ele possui sensores que ampliam o campo de visão das câmeras instaladas para ver o que está acontecendo até uma distância de dois campos de futebol. Além disso, o veículo atinge velocidade máxima de 40 quilômetros por hora – a capacidade de locomoção deve ser ampliada para até 160 km/h quando o automóvel for equipado com todos os sistemas de segurança necessários.

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Falando nisso, a companhia considera a segurança o fator mais importante para o sucesso do protótipo, e reconhece que, assim como qualquer outro sistema, o carro pode falhar e, eventualmente, causar algum acidente. Por isso, Ron Medford, ex-administrador do Departamento de Transportes dos EUA e atual diretor de segurança do projeto, explica que o veículo possui dois sistemas distintos de travagem e de direção. Isso signfica que, se um dos mecanismos apresentar mau funcionamento, o outro entra em ação.

Outro detalhe decisivo para manter ainda mais a segurança do carro está em sua composição. O diretor afirma o veículo foi montado utilizando componentes menos pesados que os de um automóvel comum. A parte dianteira do carro, por exemplo, foi construída com espuma, e seu para-brisa é feito a partir de um material flexível. De acordo com Medford, isso reduz o dano que o carro pode causar caso atropele por acidente ciclistas, pedestres ou qualquer objeto na pista.

O carro sem motorista do Google ainda não tem uma data oficial para chegar ao mercado, mas Sergey Brin afima que a empresa começará a fazer testes com pessoas comuns em breve, pois o objetivo da companhia é "colocar esses carros nas ruas o mais rápido possível". A previsão é que os testes sejam iniciados até o final deste ano em Mountain View, na Califórnia, onde cerca de 100 protótipos deverão estar nas ruas da cidade norte-americana ao longo dos próximos dois anos.

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Enquanto isso, continuam os testes com o Toyota Prius e o Lexus SUV. Desde agosto de 2012, os carros rodaram 1,1 milhão de quilômetros pelas vias de Mountain View, nas quais se submeteram a diferentes situações, regras e objetos que se movimentam nas estradas e podem influenciar na condução do automóvel. Entre os principais avanços, o sistema do veículo agora identifica simultaneamente elementos presentes diariamente no trânsito, como pedestres, ônibus, semáforos, guardas de sinalização, gestos de ciclistas e lombadas.

Mesmo sem detalhar como funciona o sistema – sabe-se apenas que são dezenas de sensores, lasers e radares dentro do próprio veículo –, os engenheiros do Google explicam que a plataforma inteligente consegue processar muito mais informações ao mesmo tempo do que motoristas humanos, o que garante atenção e segurança durante todo o percurso, evitando batidas e outros acidentes. Ainda não há uma data específica para que os carros sem motorista do Google cheguem às ruas. Segundo Brin, a expectativa é que isso aconteça a partir de 2017.